Sem resoluções, que eu não gosto de listas nem acredito em vontades mais fortes a partir de 1 de Janeiro. Muita saúde, realização profissional, viagens, e amor se sobrar espaço. Este ano não é a minha prioridade. Este ano a minha prioridade sou eu.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Onde é que tinha a cabeça?
Acabei de aceitar um trabalho de tradução - bem pago é certo - mas que tem que estar pronto na segunda feira. Considerando que sábado vai ser dia de ressaca, acabei de condenar o meu primeiro Domingo do ano que vai ser passado em casa, ao computador! Bem, se isto significar entrar com o pé direito em muito trabalho e dinheiro a aumentar, então que seja muito bem vindo!
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
meu pai pediu-me para o colocar no facebook!
Ouviu falar os colegas do trabalho e também quer um perfil. O qual eu não me importo de o construir com todo o gosto, não fosse o meu pai um analfabeto informático de grande porte que, além de não perceber grande coisa, não retém a informação. Então é do género: o website do hotmail e do skype mudam de design e ele já não sabe onde fazer o login. Então telefona-me em desespero e pede para eu lhe por o site como estava antes. E não adianta explicar-lhe que não posso, que a mudança foi feita directamente no site e não depende de nenhuma configuração do computador,mas que é o meu pai que tem que se adaptar ao novo formato. Aí, ele jura que um técnico pode alterar aquilo e que quer porque quer as coisas como estavam antes porque assim não percebe nada. E porque é que os ficheiros do hotmail não descarregam como antes? E porque é que tens o teu nome na sessão, agora como é que inicio a minha? E porque é que o Skype chama mas não tem som? E porque é que agora aparece uma janela preta com uma silhueta, não gosto disto assim, muda como estava antes! Oh sim, estou ansiosa pra que ele tenha um perfil no facebook. Basta imaginar as perguntas que podem daí advir!
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Coco Mademoiselle
Crise é ...
...entrar num shopping é ver a horda de mulheres que se degladiam para apanhar um tamanho. É chegar ontem á Women´s Secrets e já não haver tamanhos. É ligar o telejornal e ver o Corte Inglês cheio de gente às compras. É ter notícias como esta, em que o volume de compras equipara-se a anos anteriores.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
O Natal foi frio como se quer. Foi glutão e guloso. Deu para os quilos a mais e agora é tempo de fechar a boca com determinação. Acabaram-se os chocolates, a aletria, os bolinhos, os sonhos. Foi também um Natal cheio de prendas. Mas foi um Natal demasiado rápido. Trabalhar durante a época natalícia é do pior e eu almejo o dia em que trabalhe num daqueles lugares que fecham nesta época. Ai almejo muito. Um dia!
sábado, 25 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Trabalho em véspera de Natal
Amanhã, apesar de ser véspera de Natal, eu trabalho. A empresa dá tolerância de meio dia, e eu escolhi a tarde de amanhã porque tenho de fazer a viagem até Viseu. A minha manager lembrou-se agora, esta tarde, de me dizer que eu não podia tirar a tarde porque o meu back-up está de férias. Ora eu tenho muita pena, mas se ela não viu os dias que cada um escolheu antes ( dias estes que já foram marcados no início de Dezembro) eu tenho muita pena mas amanhã, ás 14 horas eu hei-de estar no bus a caminho de casa para passar o Natal, nem que tenha que ter falta injustificada. Não se passa nada no trabalho, os telefones não tocam, há dois e-mails a cada 4 horas e eu tenho que perder o meu Natal porque o cliente não pode esperar até segunda feira até ser respondido? Yeah right!
Companheira de casa
A minha querida colega de casa foi ontem embora para a terrinha sem avisar e sem um único bilhete/postal/mensagem/post it ou aviso de bom Natal. O mínimo para quem tem que viver junto. Eu também não a gramo e ela já deu conta, da mesma maneira que ela não vai com a minha cara e eu também já notei. Mas pelo menos sou educada. Ai é assim?! A ver se te trago mais cházinho quando estiveres mal-disposta!
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Tenho uma colega de trabalho que está grávida. Andava já há bastante tempo a tentar engravidar e conseguiu agora pelo que é natural que esteja contente. Mas infelizmente vai ser daquelas grávidas chatas e exageradas. Senão, eis o exemplo: anda muito sensível porque esperava ter tratamento especial e mimos das colegas de trabalho a toda a hora. Fica chateada por não a tratarmos com pézinhos de lã. Eu lamento, mas ao que saiba gravidez não é doença. Está de uns 2 meses mas todos os dias se vem a queixar que dormir mal porque passa a vida na casa de banho...ora nesta altura aquilo não tem mais que o tamanho de um feijão, não vejo como lhe pode comprimir a bexiga de tal forma que a faça levantar tanta vez quanto ela diz. Depois é a estória da comida " que tem que comer de 2 em 2 horas e que só tem vontade de comer porcarias, é vê-la todos os dias consumir bolos, bolinhos e salgados, ou batatas fritas e pizza ao almoço. Não sei que livros é que ela anda a ler mas a criança precisa de ferro, e não de colesterol. E não precisa que se coma a dobrar, como é o caso. Ela anda muito orgulhosa da sua barriga, ansiosa para a ter ainda maior, mas lamento dizer, não é barriga de grávida, é de gorda! Ninguém tem uma barriga daquelas aos 2 meses e, à velocidade com que se alimenta, daqui a mais dois meses ela vai estar obesa e o bebé em risco.
Gambling...
Descobri que o Casino Lisboa é o lugar onde os chineses vão à noite. Já me havia questionado onde é que eles param, para além das suas lojas e restaurantes, já que raramente os vejo a frequentar mais lugar algum. A explicação é simples: depois de um dia inteiro nas lojas, à noite enfiam-se nos casinos, só pode. A julgar pela quantidade de jogadores que povoam as slot machines e as mesas de pôquer. Entrar ali é como entrar num filme sobre uma tríade do jogo. Muito surpresa fiquei também por encontrar a figura mais caricata e mais inusitada deste espaço :uma peixeira, literalmente! Ainda vestida com as roupas de praça; socas, avental, a típica mochilinha que se coloca à volta da cintura para guardar as moedas, e um ar alucinado e descontente com o jogo que estava a ter. Teria tirado uma foto se pudesse, para guardar aquela personagem naquele cenário improvável. Depois há o típico: os viciados, oa ansioso, os curiosos, os que já não devem ter dinheiro para apostar, os que têm muito para apostar mas que acima de tudo procuram uma das muitas mulheres que passeiam no espaço à caça de quem as leve para casa a troco de dinheiro .
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
5 dias para o Natal...o natal dos nossos dias
"O Natal não era suposto ser isto (vocês sabem, festas da empresa, amigos secretos, shoppings ao fim-de-semana, «até 20 euros», este ano não se dá presentes, o vazio instala-se, dá-se presentes outra vez, afinal é natal). Desde que o Natal foi apropriado pelos ateus que já não é Natal, é outra coisa qualquer. Estou a ser desonesto, eu sei. O Natal não foi «apropriado pelos ateus»: os ateus é que nasceram todos em famílias religiosas (não há quem não tenha uma avó católica, pelo menos) e têm vindo a seleccionar muito bem aquilo que é purgado. Isto é, deitaram fora o menino mas ficaram com a água do banho, que está quentinha. Mas sem o menino a água vai esfriar, é só uma questão de tempo."
Aqui!
Aqui!
A minha colega de casa é professora e eu invejo-lhe o emprego. Não porque eu tenha grande talento ou apetência para ensinar - muito pelo contrário - mas por causa dos horários. Ganha mais do que eu, que trabalho sempre o dia completo. Ela, levanta-se quase todos os dias ás 10h e ás 17h já está em casa. O único dia em que se levanta mais cedo do que eu é à quarta feira, que é também o dia mais longo. Tudo bem que supostamente têm de preparar as aulas, mas nunca a vi aflita com trabalho ou avaliações. E além deste horário privilegiado, está de férias hoje até dia 3 de Janeiro, porque os meninos também estão de férias. Que maravilha de vida! Não tenho nada contra os professores, e sou contra o facto de terem que ser deslocalizados para darem aulas - para mim faz muito mais sentido que um professor de Lisboa fique a dar aulas dentro do concelho de Lisboa - mas bem que acabam por ter certos privilégios que os restantes profissionais não têm acesso. Por isso quando fazem mais uma manifestação eu não os apoio. Sempre foi uma classe cheia de privilégios e concordo que se estandardize a coisa. Muito bonito os juízes e professores terem dois a três meses de férias de verão, mas não é justo para quem trabalha todos os dias.
Dívida pública portuguesa
Que bonito tem sido ver o nosso querido primeiro ministro e o ministro das finanças a desdobrarem-se em mil e uma viagens de negócios para firmarem negócio com a China ou a Líbia agora.
É louvável ver o empenho destas figuras em acabarem com a dívida pública nacional que estes países compram não por caridade, mas pela contrapartida política que vão ganhar em troca. Portugal vai a partir de agora ter de defender pontos de vista de regimes ditatoriais na Europa: vamos fazer parte do coro de vozes que condena o Nobel da Paz chinês, vamos defender silenciosamente a pena de morte absurda daquele governo que condena quem ousa falar contra, a maior abertura ao comércio com a China - para mim a entrada da China no mercado têxtil Europeu foi das piores coisinhas que podia ter acontecido, além de matar muita indústria têxtil nacional fez as Zaras deste país e da Europa, aliás as Zaras e todos as outras lojas do grupo Inditex e não só - até a Naf Naf, que costumava ser de boa qualidade - num monte de lojas de chinês de etiqueta europeia. A qualidade dos tecidos é péssima. E se há uns anos comprávamos com o mesmo dinheiro que agora peças que duravam muito mais tempo, acho inaceitável pagarmos o mesmo por roupa de qualidade horrível.
Não acho razoável compactuar com um regime destes a troco de dinheiro. Acho preferível o FMI a este pacto com o diabo. Sim, a expressão vender a alma ao diabo ganha aqui a o seu significado pleno. Claro que se chegássemos ao ponto de o FMI ter que intervir, Sócrates seria definitivamente destronado do seu lugar de poder e, os socialistas não podem suportar essa ideia. É o vale tudo pela conservação do poder político, inclusive vender a preço de chuva todos os valores que ainda nos tornavam parte da Europa.
Ouvido ontem no metro
"Ele vai ficar suando como um boi cansado com três palmos de língua de fora"
Dito por um adolescente do Nordeste brasileiro - pela pronúncia só podia ser. Adorei a metáfora!
Dito por um adolescente do Nordeste brasileiro - pela pronúncia só podia ser. Adorei a metáfora!
domingo, 19 de dezembro de 2010
Ontem tive um jantar de solteiras, por assim dizer. Num sítio muito agradável, como já não tinha faz tempo. A conversa estava boa e a comida também. A maior parte das pessoas com quem saio tem namorado/a e faz tempo que não falava do modo de vida e aspirações de uma mulher solteira. E, ao mesmo tempo que me vou recordando de como era, também fico abismada com o "mercado" actual. Relações ansiosas por amor, um amor que fabricam em duas semanas, mudam-se de armas e bagagens um para casa do outro, fazem filhos muitas vezes e, seis meses depois se dão conta que se precipitaram. As pessoas parecem ter um ideal romântico que querem concretizar à força. Não se apercebendo que, na maior parte das vezes, têm de ser abençoadas com encontrar a pessoa certa, mais do que alguém com quem passam um bom bocado e que já serve para o efeito.
A R., uma mulher linda, vistosa, elegante, está sozinha à quase uma década. Não por falta de pretendentes, mas porque ou não são interessantes ou são uns mulherengos do pior. E acho o ditado "melhor sozinha que mal acompanhada" uma verdade inolvidável. Depois a M. disse que só agora, quase um ano depois de ter terminado o último namoro (amor) a sério, está a recuperar da queda. E dei comigo a pensar "Meu Deus, será que só daqui a um ano vou poder dizer isto de mim mesma?!". Não me assusta estar sózinha, o que assusta é dar por mim a comparar, a nunca nada ser suficiente, nada chegar aos calcanhares do que já tive. O que assusta é poder passar muito tempo à procura de algo que pode não chegar mais. Afinal quantas vezes na vida podemos dizer que amamos alguém? Uma ,ou duas, com sorte? Este sentimento não é algo que se dê fácil e é raro, daí ser tão valioso e tão frágil. But one can only hope that better times are yet to come. I know I do.
A R., uma mulher linda, vistosa, elegante, está sozinha à quase uma década. Não por falta de pretendentes, mas porque ou não são interessantes ou são uns mulherengos do pior. E acho o ditado "melhor sozinha que mal acompanhada" uma verdade inolvidável. Depois a M. disse que só agora, quase um ano depois de ter terminado o último namoro (amor) a sério, está a recuperar da queda. E dei comigo a pensar "Meu Deus, será que só daqui a um ano vou poder dizer isto de mim mesma?!". Não me assusta estar sózinha, o que assusta é dar por mim a comparar, a nunca nada ser suficiente, nada chegar aos calcanhares do que já tive. O que assusta é poder passar muito tempo à procura de algo que pode não chegar mais. Afinal quantas vezes na vida podemos dizer que amamos alguém? Uma ,ou duas, com sorte? Este sentimento não é algo que se dê fácil e é raro, daí ser tão valioso e tão frágil. But one can only hope that better times are yet to come. I know I do.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Talvez ele não fosse para mim afinal. Quando o conheci não dava 6 meses. Era uma paixoneta, uma coisa que surgiu não sei muito bem de onde e que iria embora tão naturalmente como começou. Enganei-me, porque se transformou na minha paixão mais violenta e, com o tempo, no meu amor grande, a minha vida. Não era possível nós acabarmos nunca, porque não era possível duas pessoas completarem-se tanto e ser tão intenso a toda a hora. Era, achava eu, a pessoa com quem iria envelhecer, com quem coleccionaria uma estante de livros só nossos, a pessoa que ia olhar para trás comigo e recordar tudo lado a lado com o sorriso de quem sabe que foi feliz. Não era possível não ficarmos juntos, tínhamos sido feitos para ser...julguei, com a ingenuidade de qualquer amor a sério, que ia ser para sempre.
Sempre lhe conheci os defeitos, e ele os meus que tenho muitos. Mas amamos para lá dos defeitos, certo? E sempre soube que havia incompatibilidades de feitios, de carácter, mas quem não as têm? Era impossível ser perfeito, sem arestas. Nessa altura julgava que, nas coisas essenciais estaríamos sempre de acordo e, quando não estivéssemos saberíamos chegar a um meio termo. Mas não previ isto, aliás, se me perguntassem eu iria pôr a mão no fogo por algo que, afinal, não era verdade. A decepção é muito maior do que poderia supor. É como se fosse acordada à força de um mundo que se despedaçou à minha frente, perante os meus olhos, indiferente às minhas lágrimas, aos "por favor". Nunca quis isto e agora ele não pode dizer " mas eu estive sempre lá". É verdade, não lhe posso apontar nada. Mas o problema não é o que está no passado. Foi pelo que estava no passado que tentei lutar para que nada disto acontecesse. O problema é o presente, a aposta tão alta, tão arriscada que ele colocou, e sobretudo o futuro. Há decepções que mudam tudo. E hoje, meu amor, cinco anos depois, eu sei que nós, afinal, não éramos para ser.
Mais alguém acha isto o absurdo total?!
"A receita do governo para flexibilizar o mercado do trabalho é notável. À falta de melhor explicação, eis o que se passa: um trabalhador por conta de outrem que assine um contrato de trabalho, após a nova medida entrar em vigor, vai ter um salário mais baixo. Porquê? Porque a empresa que o contratar vai reflectir o novo custo - a contribuição para o fundo das compensações em caso de despedimento - na remuneração mensal do colaborador. Isto significa, na prática, que os cidadãos financiam uma espécie de imposto, disfarçado pelo nome "contribuição patronal", para cobrir parte dos custos do seu eventual despedimento. O "desconto", como a ministra Helena André disse, sai da massa salarial. Se os trabalhadores se reformarem, ou mudarem de emprego, a dita "contribuição patronal" - repercutida no salário - regressa à empresa. Genial, não é? "
por Carlos Ferreira Madeira, Publicado no I de hoje
por Carlos Ferreira Madeira, Publicado no I de hoje
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
The Definitive Depp
A Vanity Fair deste mês vem com um artigo bem quente para aquecer este Inverno. Johnny Depp em retrospectiva. Folheie-o na pausa do café e alegrou-me logo o dia chatérrimo que tive. Não é por acaso que este senhor é um consenso entre as mulheres!
Odeio falar de trabalho durante a hora de almoço . Odeio colegas que adoram fazer intrigas, falar mal deste e daquele e comentar tudo com uma segunda intenção. As alarmistas, as exageradas. As chatas. As maldosas. E onde eu trabalho só há gente desse género: 4 belas espécimes femininas no seu pior. Não podia estar mais ansiosa por Março!
Já irritam
As notícias e os alertas vermelhos e amarelos por causa do frio. Os termómetros vão baixar até aos 3 graus?! Uau! Não será normal visto estarmos em Dezembro!? Ode às hipérboles!
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Work
Eu entrei no meu trabalho actual um bocado por acidente. Concorri para uma vaga em comunicação, fiquei feliz da vida quando passei os testes todos mas, no final da avaliação, de facto, na última entrevista de todas quando me fizeram a típica pergunta de "onde se vê daqui a 5 anos"? - como eu odeio essa pergunta, mas por ser esperada já tenho uma resposta-tipo - e eu comecei a debitar previsões foi-me informado que a vaga para a qual eu pensava que estava a concorrer até ali já não estava disponível. Assim. E logo de seguida, sem dar tempo para pensar sequer perguntam " ainda está interessada?" pois, já que estou na entrevista final e passei a enormidade de provas que me fizeram, pois que remédio, estou interessada porque não tenho mais nada em vista, mas que rude golpe não ser na minha área! Bem vistas as coisas não tudo é mau claro! Pela primeira vez na vida tenho um contrato de trabalho, com seguro de saúde, subsídio de Natal, férias e ainda ganhei mais uma experiência internacional, o que é sempre bom para quem pretende voltar a trabalhar no estrangeiro. Mas isto não é, de todo, aquilo que quero fazer a vida inteira. Não sou uma pessoa de números, de detalhe e pormenor, de procedimentos. As minhas colegas dizem que vivo no mundo da lua, o que é verdade, porque o que gosto de fazer é criar, não seguir procedimentos e olhar aos mínimos detalhes que me passam ao lado.
Por isso vou esperar para completar um ano de trabalho - em Março - para começar a enviar Cvs, e entretanto tentar investir em mais formação relacionada com o que de facto gosto. Jornalismo é cada vez mais um sonho distante, especialmente da maneira como o experimentei no JN, onde fazia reportagem diária e os dias nunca eram iguais. Foi há tanto tempo já, mas sei que era boa no que fazia e era algo que me deixava feliz, e não posso dizer isso dos últimos trabalhos que tive. A verdade é que é muito difícil viver do Jornalismo, ainda para mais de imprensa, que é o que me faz vibrar. Mas se deixar cair este quase impossível sinto que perco por completo a minha identidade. And I can´t have that.
sábado, 11 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Como uma semana pode passar a voar
Cafés e conversas com amigos, caras conhecidas e afáveis que não via há demasiado tempo. Poder ter, finalmente, mais do que conversas de circunstância. A cidade fria a chamar o Natal. A lareira todas as noites, o sofá da sala. O alpendre. O meu quarto tão grande e tão cheio de mim, todos os meus livros, cd`s, roupas reunidas...a minha parede de postais de todos os sítios onde já passei. Sentir-me bem, em paz, sentir-me em casa. Ver filmes com tempo, não usar relógio. Deitar tarde, dormir até tarde. Afagar o meu gato, cozinhar com gosto porque não sou a única pessoa que vem para jantar. Ler. Ter tempo para escrever. Abrir baús com calma para me perder nas minhas recordações. Relembrar quem sou e o que quero. Ter tempo. Tempo para mim, para descobrir novas músicas e filmes, para me pensar, para me recuperar. Ouvir música. Cantar a plenos pulmões sem medo dos vizinhos. Comer uma tablete de chocolate inteira sozinha e sem remorso, só porque estou de férias e mereço e porque estou no sofá enrolada numa manta e desde Abril que não passo tempo num sofá. Dançar descalça no chão de madeira. Conduzir. Cantar junto com o rádio do carro enquanto carrego no acelerador. Fazer a árvore e lembrar-me que gosto desta época e não tenho porque não gostar este ano. Porque ainda sou eu aqui, inteira, plena e com todas aquelas coisas essenciais que me compõem. Lembrar-me de quem era e que não mudou assim tanto. Entrar de novo na minha própria rota e fazer as coisas apenas por mim. A partir de agora serei eu mais egoísta e individualista. Até estar forte como dantes. Forte como ninguém, ninguém, vai conseguir alterar.
Porque não senti falta do meu trabalho nem tenho a mínima vontade de regressar
Passei a semana inteira a receber sms e e-mails de uma colega a relatar as peripécias de trabalho durante esta semana. Muito zelosa a minha colega, certo? Mas primeiro que tudo, eu não perguntei nada quem quero saber das intrigas que por lá continuam, segundo não gosto de abrir a minha caixa de email e deparar-me com um mail diário a descrever as invejas, bocas e ataques pessoais daquela equipa. Não fosse por essas intromissões nem o trabalho nem as colegas me teriam passado uma única vez pela cabeça durante esta semana. Se saísse de lá hoje não olhava para trás. Ainda tenho esperança de um dia tirar prazer do meu ganha pão e, mais e igualmente importante, sentir falta das pessoas.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Finalmente cheira a Natal cá em casa
Este ano ando sem grande espírito natalício, que costume ser a minha época preferida do ano. Ainda não comprei um único presente, não tenho ideias nem vontade de ir atrás de presentes e para fazer a árvore este ano demorou mais do que o normal. Mas aqui está ela finalmente. E como sabe bem estar em casa!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
100 livros para ler antes de morrer
A lista foi roubada á Marianne, e não sei onde ela a foi buscar, mas até agora li 16 dos 100 livros e dos que li gostei de todos, uns mais do que outros, claro. Mas há livro que adorei e não está aqui e não sei se o Diário de Bridget Jones poderá ser considerado um dos 100 livros a ler antes de morrer. Mas as listas são sempre subjectivas.
1 Pride and Prejudice - Jane Austen
2 The Lord of the Rings - JRR Tolkien
3 Jane Eyre - Charlotte Bronte
4 Harry Potter series - JK Rowling
5 To Kill a Mockingbird - Harper Lee
6 The Bible
7 Wuthering Heights - Emily Bronte
8 Nineteen Eighty Four - George Orwell
9 His Dark Materials - Philip Pullman
10 Great Expectations - Charles Dickens
11 Little Women - Louisa M Alcott
12 Tess of the D’Urbervilles - Thomas Hardy
13 Catch 22 - Joseph Heller
14 Complete Works of Shakespeare
15 Rebecca - Daphne Du Maurier
16 The Hobbit - JRR Tolkien
17 Birdsong - Sebastian Faulk
18 Catcher in the Rye - JD Salinger
19 The Time Traveler’s Wife - Audrey Niffenegger
20 Middlemarch - George Eliot
21 Gone With The Wind - Margaret Mitchell
22 The Great Gatsby - F Scott Fitzgerald
24 War and Peace - Leo Tolstoy
25 The Hitch Hiker’s Guide to the Galaxy - Douglas Adams
27 Crime and Punishment - Fyodor Dostoyevsky
28 Grapes of Wrath - John Steinbeck
29 Alice in Wonderland - Lewis Carroll
30 The Wind in the Willows - Kenneth Grahame
31 Anna Karenina - Leo Tolstoy
32 David Copperfield - Charles Dickens
33 Chronicles of Narnia - CS Lewis
34 Emma -Jane Austen
35 Persuasion - Jane Austen
36 The Lion, The Witch and the Wardrobe - CS Lewis
37 The Kite Runner - Khaled Hosseini
38 Captain Corelli’s Mandolin - Louis De Bernieres
39 Memoirs of a Geisha - Arthur Golden
40 Winnie the Pooh - A.A. Milne
41 Animal Farm - George Orwell
42 The Da Vinci Code - Dan Brown
43 One Hundred Years of Solitude - Gabriel Garcia Marquez
44 A Prayer for Owen Meaney - John Irving
45 The Woman in White - Wilkie Collins
46 Anne of Green Gables - LM Montgomery
47 Far From The Madding Crowd - Thomas Hardy
48 The Handmaid’s Tale - Margaret Atwood
49 Lord of the Flies - William Golding
50 Atonement - Ian McEwan
51 Life of Pi - Yann Martel
52 Dune - Frank Herbert
53 Cold Comfort Farm - Stella Gibbons
54 Sense and Sensibility - Jane Austen
55 A Suitable Boy - Vikram Seth
56 The Shadow of the Wind - Carlos Ruiz Zafon
57 A Tale Of Two Cities - Charles Dickens
58 Brave New World - Aldous Huxley
59 The Curious Incident of the Dog in the Night-time - Mark Haddon
60 Love In The Time Of Cholera - Gabriel Garcia Marquez
61 Of Mice and Men - John Steinbeck
62 Lolita - Vladimir Nabokov
63 The Secret History - Donna Tartt
64 The Lovely Bones - Alice Sebold
65 Count of Monte Cristo - Alexandre Dumas
66 On The Road - Jack Kerouac
67 Jude the Obscure - Thomas Hardy
68 Bridget Jones’s Diary - Helen Fielding
69 Midnight’s Children - Salman Rushdie
70 Moby Dick - Herman Melville
71 Oliver Twist - Charles Dickens
72 Dracula - Bram Stoker
73 The Secret Garden - Frances Hodgson Burnett
74 Notes From A Small Island - Bill Bryson
75 Ulysses - James Joyce
76 The Inferno - Dante
77 Swallows and Amazons - Arthur Ransome
78 Germinal - Emile Zola
79 Vanity Fair - William Makepeace Thackeray
80 Possession - AS Byatt
81 A Christmas Carol - Charles Dickens
82 Cloud Atlas - David Mitchell
83 The Color Purple - Alice Walker
84 The Remains of the Day - Kazuo Ishiguro
85 Madame Bovary - Gustave Flaubert
86 A Fine Balance - Rohinton Mistry
87 Charlotte’s Web - E.B. White
88 The Five People You Meet In Heaven - Mitch Albom
89 Adventures of Sherlock Holmes - Sir Arthur Conan Doyle
90 The Faraway Tree Collection - Enid Blyton
91 Heart of Darkness - Joseph Conrad
92 The Little Prince - Antoine De Saint-Exupery
93 The Wasp Factory - Iain Banks
94 Watership Down - Richard Adams
95 A Confederacy of Dunces - John Kennedy Toole
96 A Town Like Alice - Nevil Shute
97 The Three Musketeers - Alexandre Dumas
98 Hamlet - William Shakespeare
99 Charlie and the Chocolate Factory - Roald Dahl
100 Les Miserables - Victor Hugo
Hoje fiz uma boa acção
Não por minha própria iniciativa mas mais por ter sido apanhada na inevitabilidade de não poder recusar uma amiga, que foi mãe há 3 meses, que me pediu por favor para a acompanhar à primeira sessão de massagens para bebés e ginástica pós-parto. Achou ela que, estando eu de férias, e só por não ter nada marcado para hoje, não devia ter melhor coisa que fazer e era um grande favor que lhe fazia a ela. Então vá, toca a desperdiçar uma tarde inteira numa sala com mais 3 bebés aos prantos. Não sei quantas vezes hoje reclamei entre dentes e olhei o relógio. Aquilo pode ser muito giro pras mamãs e pra quem gosta e tem paciência pra bebés, o que não é o meu caso. E definitivamente não me vejo, nem a médio nem a longo prazo a entrar no clube. A tarde de hoje chegou-me bem para os próximos 5 anos. Gosto muito da minha amiga, mas cuidar de bebés não é definitivamente pra mim.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
1º Mandamento
Não voltar nunca a gostar mais de alguém do que aquilo que gosto de mim mesma. Colocar-me sempre a mim acima de todas as coisas. Não deixar que a compreensão para com outrém seja maior do que o mal que isso me possa provocar a mim mesma.
Wish this wasn´t so very true
It's not a silly little moment
It's not the storm before the calm.
This is the deep and dying breath of
This love that we've been working on.
Can't seem to hold you like I want to
So I can feel you in my arms.
Nobody's gonna come and save you,
We pulled too many false alarms.
We're going down,
And you can see it too.
We're going down,
And you know that we're doomed.
My dear,
We're slow dancing in a burning room.
I was the one you always dreamed of,
You were the one I tried to draw.
How dare you say it's nothing to me?
Baby, you're the only light I ever saw.
I'll make the most of all the sadness,
You'll be a bitch because you can.
You try to hit me just to hurt me
So you leave me feeling dirty
Because you can't understand.
We're going down,
And you can see it too.
We're going down,
And you know that we're doomed.
My dear,
We're slow dancing in a burning room.
Don't you think we oughta know by now?
Don't you think we shoulda learned somehow?
It's not the storm before the calm.
This is the deep and dying breath of
This love that we've been working on.
Can't seem to hold you like I want to
So I can feel you in my arms.
Nobody's gonna come and save you,
We pulled too many false alarms.
We're going down,
And you can see it too.
We're going down,
And you know that we're doomed.
My dear,
We're slow dancing in a burning room.
I was the one you always dreamed of,
You were the one I tried to draw.
How dare you say it's nothing to me?
Baby, you're the only light I ever saw.
I'll make the most of all the sadness,
You'll be a bitch because you can.
You try to hit me just to hurt me
So you leave me feeling dirty
Because you can't understand.
We're going down,
And you can see it too.
We're going down,
And you know that we're doomed.
My dear,
We're slow dancing in a burning room.
Don't you think we oughta know by now?
Don't you think we shoulda learned somehow?
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Post a secret
Tenho tanto rancor e tanta decepção a crescerem-me no peito, tanta raiva contra o mundo e as pessoas que me viraram a vida do avesso, que não temo por elas mas por mim, de tão negra que me estou a tornar.
Férias!
Finalmente e durante uma semana. Este vai ser o primeiro ano desde há muito tempo que não vou ter férias de Natal. Aliás, este vai ser o primeiro ano desde à muito tempo que não tenho várias coisas que antes apenas estavam lá e faziam a época ter sentido. Neste momento, quase nada faz sentido na minha vida, desde o meu trabalho à cidade onde vivo, ás pessoas que perdi. Estou a precisar de regressar a casa e organizar-me, redefinir objectivos, encontrar um caminho por onde possa ir. Neste momento sinto-me encurralada nas circunstâncias. A vida que tenho hoje é resultado do caminho que comecei a perseguir à um ano atrás e que deixou de ter qualquer razão de ser desde que imprevistos vários entraram de permeio. Sei que me sinto a sufocar aqui e que se ficar nisto demasiado tempo, especialmente sem um objectivo de fundo, sem uma porta de saída, irei apenas definhar
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Princípe da Pérsia
Confesso: vi este filme e gostei. Bom entertainment. Ainda que pensado para as massas e a premissa que é demasiado mística, o filme está bem conseguido, com momentos de tensão, romance e comédia nos sítios certos. Depois, os protagonistas também foram bem escolhidos, especialmente os abdominais do Jake Gyllenhaal!
E sim, a menina que aparece na segunda foto é a morenaça do filme!
E sim, a menina que aparece na segunda foto é a morenaça do filme!
Já aqui falei do ambiente no trabalho, que não é dos melhores. Ora eu faço parceria com a Miss perfeição. Ontem fui trabalhar e ela tendo, tendo eu ficado encarregue de tratar dos assuntos pendentes dela. Hoje, quando chegou ficou do outro lado da mesa a perguntar, uma a uma o estado das coisas. O que até não teria mal, não fosse o tom inquisitivo. Como não consegui encontrar nada que estivesse mal, e porque tinha que implicar apenas, pegou num telefonema que não fiz a um dos clientes, porque a meu ver não tinha que o fazer, na óptica dela e pela maneira como ela trata o cliente, tinha que o ter feito. Naquele tom autoritário de quem gosta de mandar nos outros.
Nisto, a colega do lado, que se apercebeu, começou a comentar comigo pelo instant messenger da empresa, o feitio da menina e não foi difícil pormos-nos de acordo sobre a personalidade da dita. Só que, distraída como sou, e como a boca muitas vezes - e o inconsciente - nos fogem para a verdade enganei-me e enviei mensagem directa para a dita cuja. Não é tarde nem é cedo. Caugh in the act, admiti que sim, estava a falar dela, como ela muitas vezes fazia o mesmo com a amiga do peito, com a única diferença que ainda não tinha caído no mesmo lapso que eu. E expliquei-lhe o porquê. Ao que ela deixou de argumentar e se recusou a falar ao vivo - isto foi tudo passado por escrito. - quando se lembrou de mandar uma boca e eu lhe sugeri que se tinha qualquer coisa a dizer não era ali, era depois do trabalho. Uma mulher de 29 anos a comportar-se como uma criança. É claro que o ambiente agora ainda está pior porque foi está declarado, mas a partir de agora também não tenho que me conter quando quiser dar a resposta que acho que ela deve ouvir. Até aqui não o fiz muita vez por não querer piorar as coisas, agora já não há essa necessidade nem eu preciso de fingir uma simpatia aparente. Às vezes acho que não devia ter nascido mulher, porque não tenho perfil para elas novelas das 7h.
Sobre o wikileaks
Um dia depois da suposta fuga de informações reveladas no site, a notícia deixou de ser menos sobre essas informações mas mais sobre as questões da liberdade de informação na internet. Começo a achar que tudo isto não foi mais do que uma manobra para vir a ser possível censurar os conteúdos da internet. A CIA não iria desvendar informação se não quisesse, por muito bom que seja este pirata informático australiano que anda agora " em parte incerta" porque procurado pela polícia. Pois, pois...
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
"The moon was lusciously ripe and full"
Li esta frase e pensei que nunca li a lua descrita de uma tal maneira. Madura! Luxuriante e madura. Ora que bela expressão! Sublinhei a frase como faço sempre que gosto de uma passagem - sim, eu sou daquelas que são capazes de riscar os livros de alto a baixo, gosto de viver nele, apropriar-me dele enquanto o leio. Depois comentei com entusiasmo esta expressão com outra pessoa que, como a generalidade das pessoas, não se deixa levar com facilidade por uma frase nem vê qual a maravilha naquilo. Não sei se por ter estudado semântica ou ter estado sempre ligada às letras, mas de cada vez que as palavras se me abrem num caminho antes desconhecido com novas possibilidades, sou capaz de coisas destas, ridículas aos olhos dos outros, que é ser capaz de ir comentar maravilhada o facto de a lua poder ser madura e eu nunca me ter apercebido.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Estou abismada!
Então a Comissão Europeia agora vem dizer que Portugal, de modo a combater a crise, tem de rever os despedimentos por justa causa e baixar as indemnizações pagas nesses casos. Pois, está certo, a crise deve-se totalmente aos pagamentos derivados dos despedimentos por justa causa, faz todo o sentido. Não sei onde a velha Europa - a do Estado Social - vai parar com políticas destas.
Um dia destes
acho que me passo da marmita com a minha colega de casa.
Além de implicante, na sexta-feira irrompeu-me pela casa de banho adentro depois de um "posso entrar?" ao qual ainda não tinha tido tempo de dar resposta de tão súbita que foi a entrada.
Depois, além de querer tudo à maneira dela - inclusive perguntou-me hoje quando estávamos na cozinha, se queria a água para lavar a loiça "assim quente". Ora pois, se a estou a usar assim é porque é exactamente assim, e porque raio é que ela tem que se meter?
Dividimos os líquidos de limpeza da casa. Da última vez comprei eu, desta comprou ela. Quando foi a minha vez faltou de me dar uns 60 cêntimos, ao qual não me importei. Desta vez, colocou-me o talão e sublinhou que faltavam 30 cêntimos. Não lhos dei como é óbvio!
Dividimos os líquidos de limpeza da casa. Da última vez comprei eu, desta comprou ela. Quando foi a minha vez faltou de me dar uns 60 cêntimos, ao qual não me importei. Desta vez, colocou-me o talão e sublinhou que faltavam 30 cêntimos. Não lhos dei como é óbvio!
Além disso agora, encharca-me o ar da casa inteiro com incenso. Incenso desde que chega até que se deita e se espalha por todo o lado! Ela até me perguntou se me importava, mas quando me perguntou o que estava a usar era fraquinho, e a minha resposta consistiu em dizer "desde que não tenha um odor muito forte". E esta semana vai e muda para um super forte. Ora, se não é para me encher a paciência não sei porque será.
domingo, 28 de novembro de 2010
Ajuda-me a esquecer-te
Hoje andei a passear aqui.Que apesar de já ter terminado, ainda me faz voltar lá a rever textos. Mais um texto despudorado, verdadeiro. Que me assenta hoje e agora, porque é o que eu quero também e ele não deixa. Se continuar do outro lado a apelar ao impossível, ao irreal, ao optimismo ingénuo da criança que ainda parece ser. É uma ingenuidade cruel até, ser deixada sozinha perante a crueza e a loucura de tudo. Enquanto que ele ali está, como se vivesse num outro mundo, a dizer que tudo é possível. Não é. E sim, é tarde de mais.
"Preciso que me ajudes a esquecer-te, que ponhas mãos à obra, que faças qualquer coisa que se veja. Preciso que pegues no batente, que te esforces um bocadinho, que dês à manivela, que carregues no botão, porque é imperioso esquecer-te. Diz-me que sou feia, que estou velha, que sou tola; diz-me que é ridículo, este amor enganado, impossível, desnecessário, incómodo, que já dura muito para lá do que é aceitável. Atira-me com todo o desprezo que tens à cara, toma balanço, como se uma tarte de natas num filme mudo; deita-me a língua de fora, vira-me as costas, escarnece. Por favor, escarnece. Diz-me que sou absurda, desmesurada, desregulada, que não tens paciência, que estou doida. Encolhe os ombros com enfado, isso, assim. Repete que não me queres ver, ri-te, com pena, encharca-me de pena, olha-me como se eu um cachorro abandonado, que é o que sou. Enxota-me, repete, paternalmente, com asquerosa condescendência, que já não tenho idade, que são coisas de miúda, que devia ter juízo, que não tens tempo nem condições para atentares nos meus desejos vãos de louca varrida. Manda-me passear, bugiar, dar uma volta ao bilhar grande, ver se estás na esquina, que me dás um tiro. Diz-me que te maço, que não me queres por perto, que talvez uma providência cautelar. Manda-me correr para a esquina, que eu irei. Manda-me, que eu irei. Ajuda-me a esquecer-te, que não estou de todo preparada para te amar até ao fim dos meus dias, que grande chatice me foste arranjar, agora, resolve-a, faz qualquer coisa, ajuda-me a esquecer-te."
"Preciso que me ajudes a esquecer-te, que ponhas mãos à obra, que faças qualquer coisa que se veja. Preciso que pegues no batente, que te esforces um bocadinho, que dês à manivela, que carregues no botão, porque é imperioso esquecer-te. Diz-me que sou feia, que estou velha, que sou tola; diz-me que é ridículo, este amor enganado, impossível, desnecessário, incómodo, que já dura muito para lá do que é aceitável. Atira-me com todo o desprezo que tens à cara, toma balanço, como se uma tarte de natas num filme mudo; deita-me a língua de fora, vira-me as costas, escarnece. Por favor, escarnece. Diz-me que sou absurda, desmesurada, desregulada, que não tens paciência, que estou doida. Encolhe os ombros com enfado, isso, assim. Repete que não me queres ver, ri-te, com pena, encharca-me de pena, olha-me como se eu um cachorro abandonado, que é o que sou. Enxota-me, repete, paternalmente, com asquerosa condescendência, que já não tenho idade, que são coisas de miúda, que devia ter juízo, que não tens tempo nem condições para atentares nos meus desejos vãos de louca varrida. Manda-me passear, bugiar, dar uma volta ao bilhar grande, ver se estás na esquina, que me dás um tiro. Diz-me que te maço, que não me queres por perto, que talvez uma providência cautelar. Manda-me correr para a esquina, que eu irei. Manda-me, que eu irei. Ajuda-me a esquecer-te, que não estou de todo preparada para te amar até ao fim dos meus dias, que grande chatice me foste arranjar, agora, resolve-a, faz qualquer coisa, ajuda-me a esquecer-te."
Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo
tu és ainda o meu relógio de vento
a minha máquina aceleradora de sangue
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato no telhado?
- Isabel Meyrelles -
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo
tu és ainda o meu relógio de vento
a minha máquina aceleradora de sangue
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato no telhado?
- Isabel Meyrelles -
sábado, 27 de novembro de 2010
Não pensei vir a gostar tanto deste livro e rever-me nele
"I can see where cultivating a measure of intelligent detachment in your life can be a valuable instrument of peace. I got to thinking about how much time I spend in my life crashing around like a great gasping fish, either squirming away from some uncomfortable distress or flopping hungrily toward ever more pleasure. And I wondered whether it might serve me - and those who are burdened with the task of loving me - if I could learn to stay still and endure a bit more without always getting dragged along on the potholed road of circumstance"
In Eat, Pray, Love
In Eat, Pray, Love
Exausta
É como me sinto depois de 3 semanas com um só dia de descanso. Hoje acabei a formação que estava a fazer e estou feliz por voltar a ter os fins-de-semana completos para dormir até tarde, passear e fazer nada, basicamente. Agora só tenho que aguentar mais uma semana de trabalho e depois...férias :) uma pequena semana de férias de toda esta rotina.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio da noite vazia
Numa boémia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
Onde anda você.
Vinícius de Moraes
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio da noite vazia
Numa boémia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
Onde anda você.
Vinícius de Moraes
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Harry Potter
Não acredito que vou ter de esperar 8 meses para saber o final! Não li o livro para poder ficar neste suspense masoquista. Este filme é negro, pesado, mas está muito bem conseguido e, mais uma vez a fotografia de Eduardo Serra consegue fazer milagres e transportar-nos ainda mais para dentro daquele universo mágico.
E os miúdos, como cresceram! Nem acredito que já se passaram 10 anos!
Já não há pessoas boas
Ao longo da minha vida fui tendo a sorte de encontrar pessoas boas, generosas. Pessoas que, uma ou outra excepção à parte, contribuíam para o melhor mais do que para o pior.
Tanto estranho incrivelmente gentil - nunca mais esqueço o casal que me levou a mim e à M. numa corrida tresloucada de Gaia a Campanhã, só para que duas miúdas de Coimbra - que não lhes eram nada e que só partilhavam um gosto musical - não perdessem o último comboio após o concerto do Tim Booth no Hard Club de Gaia.
Bem, isto até há uns anos atrás, pelo menos. Talvez desde que acabei a faculdade. Desde aí a tendência inverteu-se e parece que a maior parte das pessoas que se vão cruzando comigo são sobretudo de tendência negativa. Será que fui eu que fiz algo para atrair isso, destino, karma? Ou, a causa mais provável é por ter entrado no "mundo adulto", ter perdido inocência ou alterado a forma como via as coisas ao meu redor? Acho que isto piorou desde há uns 3 anos para cá, com pessoas mesquinhas, capazes de tudo para te pisar, só porque sim. Só porque lhes dá prazer, ainda que não retirem nenhum benefício disso. Este aspecto é o que me faz confusão.
As minhas acções normalmente são derivadas e guiadas por um determinado motivo. Mas há pessoas cujo único motivo é ver os outros mal. É enganar, mentir, apenas pelo prazer mórbido que isso lhes traz. Muito amigas numa dada altura mas que vão por trás das tuas costas à primeira chance que tenham.
As minhas acções normalmente são derivadas e guiadas por um determinado motivo. Mas há pessoas cujo único motivo é ver os outros mal. É enganar, mentir, apenas pelo prazer mórbido que isso lhes traz. Muito amigas numa dada altura mas que vão por trás das tuas costas à primeira chance que tenham.
Tenho cada vez menos paciência para este tipo de pessoas, para as intrigas do trabalho, para a colega que fica a contabilizar os minutos da hora de almoço que chegamos atrasadas, a que dá graxa à manager, a que envia e-mails à amiga só para criticar. E normalmente, num ambiente destes, fica de fora quem não entra nestes joguinhos, nas tramas, quem não arranja "aliados", como se tudo fosse uma guerra ou um enredo de espionagem. É que não tenho paciência! Irrita-me cada vez mais e sei que acabo isolada porque normalmente toda a gente se deixa influenciar e toma partidos.
É curioso mas não é muito diferente do liceu. Há a miúda gira que flirta com todos, compete pela melhor roupa e fala mal de quem ela acha que vem mal vestida. Há a melhor amiga da gira, que no fundo queria ser como ela e que de vez em quando se vem queixar porque a amiguinha a despeitou ou respondeu torto. Há a gordinha que se acha mais inteligente que os outros todos e que só baixa a bolinha depois de ser sucessivamente metida no seu lugar com umas verdades bem ditas. E há aquela que está sempre à espera de lixar os outros, sempre à cuca de matéria para trabalhar.
Quando me queixo com indignação as minhas amigas dizem-me que no sítio onde trabalham é igual. Não sei se antes era eu que não me apercebia destas coisas, se se foram intensificando à medida que crescia. Sei que me fazem mais desconfiada e uma pessoa pior também. A minha generosidade para com esta malta quando ela precisa é praticamente zero depois. O que por sua vez não contribui em nada ao trabalho de equipa. Mas não podemos dar a mão a quem nos arranca o braço, ou podemos?
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Sexta-feira não podia ter começado pior. Depois de uma noite cheia de dores, quando me levantei não me conseguia mexer. A dor era insuportável. E como me doía ao fundo das costas, ao lado da coluna e tinha os movimentos presos e uma dor lancinante como nunca até hoje, comecei logo a fazer uns belos filmes. Pensei que encontrar um táxi no meio da Av. D. João II fosse tarefa hercúlea, mas no meio do azar tive sorte e consegui logo um no instante que perguntei ao polícia. No hospital armei-me em forte e recusei o paracetamol intravenoso. Estúpida porque andei cheia de dores o dia inteiro e ainda tive que ir trabalhar. Lá ao meio da tarde os comprimidos começaram a fazer efeito e começava-me a sentir melhor quando cometi uma gaffe gigantesca em frente à chefe. É o ideal em véspera de avaliação e quando se avizinha o prazo de efectivação, ou não, na empresa. Oh yeah, o final deste ano não poderia estar a correr melhor!
Entretanto fui revistada duas vezes hoje, não tenho consigo carregar com o peso dos sacos das compras e não tenho quase nada em casa. Além disso está um homem estranhíssimo desde manhã a rondar o prédio. Vi-o quando voltei do hospital, quando vim almoçar e agora que regressei a casa. Alto, careca, forte, estilo tropa seal americana, estão a ver! Isso, ou é um terrorista, porque não me ocorre o que andará ele a guardar aqui no prédio, não me parece que esteja aí instalado alguém de destaque.
Entretanto fui revistada duas vezes hoje, não tenho consigo carregar com o peso dos sacos das compras e não tenho quase nada em casa. Além disso está um homem estranhíssimo desde manhã a rondar o prédio. Vi-o quando voltei do hospital, quando vim almoçar e agora que regressei a casa. Alto, careca, forte, estilo tropa seal americana, estão a ver! Isso, ou é um terrorista, porque não me ocorre o que andará ele a guardar aqui no prédio, não me parece que esteja aí instalado alguém de destaque.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
A minha nova colega de casa é simpática, não incomoda muito mas é um bocadinho control freak. Gosta de ter a casa como se ninguém lá morasse, o que me irrita um bocadinho porque há coisas que não adianta por dentro dos armários - como por exemplo o esfregão e o pano da loiça, que só vai para o armário ganhar bactérias porque não seca devidamente. A moça nem sequer lava loiça, sou eu normalmente quem lava, mas ela vai por trás, pega nos esfregões encharcados e coloca-os sempre e sistematicamente dentro do armário, só para que tenha que os tirar de lá passado uma hora. E andámos neste jogo, eu tiro, ela põe. Da mesma maneira que poderia aplicar-se á ordem que ela acha que as coisas tem de estar na casa, ao facto de não fazer reciclagem por não gostar de ter lá os diferentes recipientes espalhados, ao eu ter a certeza que a irrita profundamente eu ter os meus cremes e produtos para o cabelo em cima do lavatório do WC e não dentro do armário, como ela tem os dela. Mas estou agora , desde ontem e até domingo, com a casa só para mim. Fazia já um ano que não estava habituada a dividir casa com outra pessoa, e o bom que é poder chegar e deixar os sapatos no corredor, colocar a minha música no volume que eu quiser, poder fazer o que quiser, quando quiser, é impagável. Pergunto-me quando é que terei um salário suficientemente confortável para poder pagar o meu próprio T1, sem ter que o dividir com mais ninguém. Pergunto-me se isso algum dia acontecerá ficando em Portugal ou quantos anos mais terão que passar.
Por vezes nem me sinto a viver em Lisboa, raras são as vezes que tenho de ir ao centro. Hoje tive de ir até à zona do Marquês e, no regresso, não sei porquê dei por mim na paragem do autocarro, quando tinha que apanhar o metro. Talvez porque há um ano atrás era o percurso que fazia mas acima de tudo porque queria ir para casa, aquela casa. Não penso nela muita vez nem nunca mais voltei aquela zona da cidade. Mas hoje foi como se, por um milésimo de segundo pudesse apenas entrar naquele autocarro, fazer um percurso tão familiar, sair na minha antiga paragem e meter a chave à porta. E encontrar lá dentro tudo aquilo que tinha à um ano atrás. Acho que nunca meti a chave nesta casa com metade da ânsia e felicidade da outra casa, não tem metade do aconchego, do desejo. Mas abanei a cabeça, como se acordasse de um dejá vu longínquo e segui para o metro.
Cimeira da Nato
Estou a morar bem perto do perímetro de segurança da Cimeira da Nato. Desde sábado passado que o aparato policial tem vindo a crescer gradualmente cada dia. Ainda não me pararam para revista, mas todos os dias sou olhada dos pés à cabeça pelo batalhão - literalmente - que está ali na rotunda do palácio da justiça. Somos aconselhados a não andar com grandes malas ou mochilas atrás e quem tem carro fica ainda muito mais condicionado. Mas a verdade também é que ainda não vi ninguém ser revistado. Á noite fica difícil dormir com o helicóptero que sobrevoa a zona. Amanhã quando o Obama chegar é que isto deve virar um festim de polícia e segurança, com snipers nos telhados. Mas o giro é ver comentários destes, do nosso primeiro ministro. "O encontro representa a centralidade do prestígio que Portugal tem na cena internacional”. O português tem mesmo uma pequenez gigantesca e os nossos políticos adoram alimentar isso.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Exemplo do jornalismo de excelência que se faz no nosso país.
Já não me recordo que artigos lia eu há uns anos atrás que me deixaram com vontade de ser jornalista, mas não eram estes, com certeza! Até porque este tem outro nome e não é jornalismo. Entristece-me ver ao ponto a que isto chega, a má qualidade, o sensacionalismo, a inutilidade e o alarmismo. Odeio marketing! e odeio coisas mal escritas, ridículas de sentido, tipo esta perolazinha aqui:
"Esta reportagem não é um guia para fazer um engenho explosivo e por isso vários pormenores não serão divulgados - embora o Google indique o caminho. Fica o essencial: o centro comercial oferece todas as condições para se fazerem cocktails molotov, bombas de fumo e, mais preocupante, um explosivo químico chamado triperóxido de triacetona ou TATP, muito popular entre os militantes do Hamas e da Al-Qaeda."
Além da política agora também o jornalismo contribui para a estupidificação do português.Será tudo parte do mesmo complô?!
domingo, 14 de novembro de 2010
Slow Dancing in a Burning Room
Podia ser conquistada por este guitarra. O moço, ao contrário da opinião dominante do público feminino, não me diz muito. Não o acho particularmente bonito nem um cantor por aí além, mas tem algumas músicas muito bem escritas e esta é uma daquelas que coloco em repeat, sobretudo por causa dos acordes desta música. Acho que por pior que fosse o rapazinho que me tocasse isto assim tão bem, eu derretia-me, confesso.
sábado, 13 de novembro de 2010
Sábado à noite
Dia de dormir cedo! Hoje pelo menos,estou exausta! Depois de um dia de formação um bocado aquém das minhas expectativas, cheguei a casa e tive o programa que andei a ansiar a semana toda: banho, jantar na cama, ver um filme, deitar antes da meia-noite...nada me saberia melhor esta noite do que a simplicidade destas coisas.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Passe a publicidade
...sinto falta de ter um pingo doce por perto. Gosto da qualidade da marca e dos preços que, acabam por ganhar aos do Continente e ao SuperCor, que é caríssimo e são os únicos aqui ao pé de casa. Mas ando mesmo viciada, além do pão de alho, dos petit-gateau de chocolate e das pizzas, no molho inglês. Comprei uma garrafinha para experimentar e oh my lord! Meto-o em todo o lado, nas saladas, na carne, nos cozinhados, até já nas batatas fritas!
Foi o título que me levou a este blogue
...é assim que vou muitas vezes dar a blogues novos, pelo título. E este captou-me imediatamente a atenção por isso mesmo, atraiu-me nele. E nos últimos tempos, mais do que o habitual, as palavras dedicadas na crónica "Meu amor" tocam-me mais fundo. Como estas aqui, por exemplo.
"Estou aqui. Do outro lado do mundo, à tua espera.
Para lá de mares e de terras, de rios e de florestas, de gentes estranhas… à tua espera.
Anseia nos meus dedos, enquanto te aguardo, a saudade do toque dos teus. Conto por eles as horas para saber de ti, os dias para te [re]ver. Para me voltar a aninhar nos teus braços e o tempo parar. Como nos livros. Tu [Meu Amor] és o meu segredo."
Daqui
"Estou aqui. Do outro lado do mundo, à tua espera.
Para lá de mares e de terras, de rios e de florestas, de gentes estranhas… à tua espera.
Anseia nos meus dedos, enquanto te aguardo, a saudade do toque dos teus. Conto por eles as horas para saber de ti, os dias para te [re]ver. Para me voltar a aninhar nos teus braços e o tempo parar. Como nos livros. Tu [Meu Amor] és o meu segredo."
Daqui
Da chegada e da partida
Fez ontem uma semana que te fui receber ao aeroporto. Nunca tinha estado nas chegadas de um aeroporto. Muitas vezes a minha mãe dizia-me que não se importava de esperar por mim no aeroporto porque adorava ficar a ver as reacções dos amigos e familiares que recebiam alguém nos braços. Até agora fui sempre eu a chegar, a ter alguém para me receber. Mas, na minha primeira vez na porta das chegadas, não estava feliz ou a sorrir expectante como todos os outros lá àquela hora. Aliás, devia ser a única que tinha os olhos marejados.
Recebi-te e, quatro horas depois fui-te levar às partidas. Nunca vi o aeroporto tão vazio, nunca me senti tão incerta sobre o que dizer: até amanhã, até breve, até sempre, até talvez nunca mais...Mais um abraço, e finalmente aí vais tu. Não olhaste para trás, a parede interpôs-se no caminho quando o ias fazer. Não voltei a cruzar os meus olhos nos teus. Os meus olhos ainda marejados. Respirei fundo e parei um instante no meio daquele não-lugar vazio e silencioso. Depois dirigi-me à saída, apanhei um táxi. Quando olhei os aviões pela janela do carro já não tinha os olhos molhados. E, estranhamente, uma sensação predominante que nunca pensei sequer que pudesse lá estar : alívio. Um estranho mas libertador alívio.
Sexta-feira
Esta semana passou a correr mas estou exausta. Tenho dormido pouco e mal, comido ás pressas, esquecido o tempo de lazer ou de relaxe apenas. Ainda para mais agora meti-me numa formação aos sábados, que me vai ocupar todos os sábados do mês e obrigar-me a levantar ainda mais cedo do que num dia normal de trabalho. Faço-o porque é gratuita e fico com um certificado que pode vir ( ou não) a ser útil para a minha área. Mas vou chegar a Dezembro de rastos. Ao menos vou andar ocupada, sem grande tempo para pensar, ou sentir.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Se há coisa para a qual não tenho talento é para ficar sentada o dia inteiro, dias sucessivos agora desde há pelo menos umas duas semanas, sem nada para fazer. Mas absolutamente nada!
Há colegas que lêem os procedimentos vezes sem conta, há outras que organizam o arquivo o dia inteiro. Eu, depois de fazer isso na segunda-feira, por exemplo, não consigo voltar a fazer na terça, quarta e por aí fora. Não consigo fingir que trabalho ou não ter cara de entediada quando estou de facto. Por isso já não me importo que os chefes passem e eu tenha as páginas da internet abertas.
Se este ritmo de pasmaceira se mantiver acho que dou em maluquinha. Ainda para mais temos um sistema de picar o ponto que não permite nem um minuto a menos nas 8 horas diária que temos que cumprir. Sinto-me parte do grande processo de estandardização de Ford! Temos clientes, nos países do Norte da Europa, que entram ás 8h da manhã mas saem ás 15 horas. Países com muito mais produtividade que Portugal. Não será este um factor importante? Aliás porque é que em França a mesma empresa tem uma política de 7 horas de trabalho, e aqui é uma hora a mais? Não me importo de ficar mais tempo quando o trabalho o justifica, mas quando o volume é quase inexistente, agradecia que me deixassem ir embora pois sinto-me a cumprir uma pena. Para piorar, o ambiente em Lisboa é bem pior que em Paris, não há a mesma camaradagem nem pausas para café de antes. Tens mesmo de ficar caladinha na secretária a fingir estar ocupada com algo. E eu tenho uma vocação péssima para esse tipo de trabalho. Que é também o tipo de trabalho que te deixa com atrofios musculares da horas agarrada ao rato.
sábado, 6 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
4 de Novembro de 2010
Hoje é o dia que traça os nossos destinos:o final de tudo ou o começo de uma nova fase. Não há meio termo. Eu sou uma pessoa de preto ou branco e sei que, desta vez, não há intermédios. Se somar as probabilidades está tudo irremediavelmente contra nós. Ainda que saiba que não é a primeira nem a segunda vez que batemos as probabilidades. Mas desta vez porque é que o meu coração está tão mais inclinado para a primeira hipótese? Intuição, pressentimento, realismo ou pessimismo. Vou ter que esperar para saber, mas desta vez queria apenas poder fazer fast forward.
Bublé
Foi do caraças! O concerto! Além da voz dele ser aquilo que se ouve nos cd´s, límpida e segura, saí de lá a achá-lo um tipo que deve ser porreiro a sério, sem falsos vedetismos ou tiques de estrela. É um entertainer, como ele próprio se denominou, na mais pura ascensão da palavra. Fala imenso com o público, acho que nunca estive num concerto onde o artista conversasse tanto com a audiência. Quase que faz stand-up comedy e provoca a gargalhada fácil num pavilhão Atlântico repleto até ao tecto. É giro, tem aquele sorriso desarmante e um charme nos deslizares sucessivos que vai dando pelo palco. Tem uma voz que se pode ouvir horas a fio, seja a cantar ou a falar. Diz " I promise you" this or that a lot! Distribuii beijos, simpatia, elogios ao público. Muitos! Lisboa foi o final de uma tour de 93 concertos em 37 países e quando disse o típico "Foram o melhor público até agora", acredita-se que sim. Pela maneira como o repetiu muitas vezes e porque já estive em concertos em outros países da Europa e um público estático e paradinho é o que mais há para aí. Prometeu que quer voltar em breve, não no próximo álbum como lhe disse calmamente o produtor quando ele lhe telefonou eufórico mas bem antes disso, no próximo Verão. Confessou que não sabia nada de Portugal, nem onde ficava, desculpou-se por isso dizendo "Come on, I am canadian", ainda que apetecesse responder que somos portugueses mas sabemos onde fica o Canadá, não temos é culpa da péssima geografia dos americanos e canadianos em geral. Diz que ficou fã da cidade e dos shoppings!
Cantou os grandes hits e imitou até Michael Jackson de mão na virilha e tudo, mas faltaram muito mais músicas. O palco fazia lembrar os concertos dos anos 40 ou 50. E o ponto alto, para mim, foi aquela música final, em que aparece ele no palco com as cortinas corridas e canta à capela, sem microfone, sem instrumentos, apenas a voz dele nua num Atlântico silencioso e reverencial. Se ele voltar em breve, como promised, eu vou lá estar. Nos lugares da frente desta vez. Caros, mas há coisas que são uma vez na vida, e poder dar um beijo ou apertar a mão ao MB vale a pena.
Ontem á noite enquanto via o telejornal, dei por mim a pensar na surreal classe política que nos governa. As sessões na Assembleia da República são dignas de um grupo de adolescentes sem argumentação credível. Então o TGV é necessário porque nos vai ligar à Europa, senhor primeiro ministro? Mas será que espera que alguém acredite nisso? Com tudo o que se está a fazer para piorar condições da classe médica, alguém acha necessário que o TGV possa trazer algum benefício, mais do que acabar de esvaziar os cofres em benefício apenas da empresa com quem se fez o contrato?!
Depois é ver os partidos da oposição, cada um a puxar a brasa á sua sardinha conforme lhe convém, sempre a atacarem-se sem nunca colaborarem em nada que possa ser um plano concreto e útil para tirarem o país da miséria onde anda arrastado aos anos. Enche o saco vê-los atacarem-se como beatas em praça pública. Não era suposto estarem aí para fazer algo mais do que andar aos insultos de forma eloquente?! Isso aprende-se na retórica e na semântica e parece-me a única coisa que estes senhores andam ali a fazer, a treinar a arte do insulto público.
Tiram fotografias de telemóvel ao orçamento assinado e o Ministro das Finanças diz que só tem pena de não ter uma foto oficial daquele momento. Dá vontade de chorar quando se ouve e vê a seriedade com que dizem estas barbaridades! Se o PSD aprova o orçamento está a dar a vitória ao PS acusam os militantes! Poderiam ser mais transparentes?! Ao menos disfarcem a sede de poder e em como se estão nas tintas para Portugal. Se bem que, para quê mesmo?! Já fazem quase tudo ás claras, debatem os argumentos mais absurdos e ninguém faz nada. Não há nenhum movimento que venha acabar com este circo?! Estão a gozar com o povo e o povo a deixar-se ir serenamente. Reclama nas conversas de café, debate na mesa do jantar, mas continua o dia-a-dia sem fazer mais do que até agora. Depois vem o PR dizer que está preocupado com a impaciência que vê no povo. Oh senhor Cavaco, quem cá dera graus gigantescos de impaciência e revolta popular!
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Amanhã
Os bilhetes foram comprados em Abril, depois do primeiro dia do concerto ter esgotado em poucas horas. Era para o ir ver com ele. Afinal foi ele quem me ofereceu tantos cd´s, que me dedicou tantas músicas. Mas ele não vai poder estar, aliás, vai estar do outro lado do telefone a ouvir um espectáculo que sei que queria muito ver. O próximo é para vermos juntos. Nem que seja em Nova Iorque, promise. Este, transmito-o por telemóvel e talvez aproveite que vou sem companhia masculina para me derreter pelo crooner mais apetecível dos últimos anos.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Nova cidade, novo cabeçalho
Faz hoje um mês que regressei de Paris. Há sete meses atrás, quando deixei Lisboa tinha uma vida boa aqui, feliz. Fui com vontade de regressar e retomar tudo a partir do ponto onde tinha deixado e não questionei se as coisas que deixei estariam aqui ou não. A verdade é que em seis meses muito pode mudar e o meu regresso foi tudo menos feliz. Nada, absolutamente nada está no lugar em que deixei quando parti.
A casa que tinha decorado e onde me sentia bem. O grupo de amigos que entretanto parece ter dispersado um pouco por todo o lado. Toda a gente partiu, em seis meses toda agente parece ter mudado de vida, à minha excepção que voltei a uma cidade onde não tenho grande coisa agora, à qual não me sinto pertencer mais. É uma solidão pesada. Além disso sinto-me como se ainda estivesse a morar naquele quarto de apart-hotel, sinto falta de casa, ou da sensação de aconchego que andei seis meses a desejar e que agora não encontro aqui também. As pessoas são a chave de tudo e as minhas pessoas andam espalhadas pelo mundo.
Tudo isto, a par com um trabalho que não me dá particular prazer, leva-me a questionar, a duvidar de mim e da pessoa que me tornei ou quero vir a ser. Bem sei que é normalmente precisa uma grande queda, um grande rombo, antes de uma reinvenção, e talvez seja isso que preciso, de me redescobrir. Só desejava que a vida não me tivesse tirado tudo de uma só vez, como um penso rápido que se arranca. Pode ser que venha a passar mais rápido depois, mas agora o choque é tão grande que todos os dias, naqueles primeiro minutos da manhã entre o sono e a realidade, penso sempre que nada disto é real, que estou num não-lugar a caminho de casa e que estou quase a chegar, estou mesmo quase a chegar...quanto mais não fosse porque acho que já merecia.
A casa que tinha decorado e onde me sentia bem. O grupo de amigos que entretanto parece ter dispersado um pouco por todo o lado. Toda a gente partiu, em seis meses toda agente parece ter mudado de vida, à minha excepção que voltei a uma cidade onde não tenho grande coisa agora, à qual não me sinto pertencer mais. É uma solidão pesada. Além disso sinto-me como se ainda estivesse a morar naquele quarto de apart-hotel, sinto falta de casa, ou da sensação de aconchego que andei seis meses a desejar e que agora não encontro aqui também. As pessoas são a chave de tudo e as minhas pessoas andam espalhadas pelo mundo.
Tudo isto, a par com um trabalho que não me dá particular prazer, leva-me a questionar, a duvidar de mim e da pessoa que me tornei ou quero vir a ser. Bem sei que é normalmente precisa uma grande queda, um grande rombo, antes de uma reinvenção, e talvez seja isso que preciso, de me redescobrir. Só desejava que a vida não me tivesse tirado tudo de uma só vez, como um penso rápido que se arranca. Pode ser que venha a passar mais rápido depois, mas agora o choque é tão grande que todos os dias, naqueles primeiro minutos da manhã entre o sono e a realidade, penso sempre que nada disto é real, que estou num não-lugar a caminho de casa e que estou quase a chegar, estou mesmo quase a chegar...quanto mais não fosse porque acho que já merecia.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Não, ele não me traiu, não me enganou, não acabou...não o posso odiar assim fácil, não é um sacana a quem aponte uma montanha de defeitos e por orgulho me refaça mais facilmente. É o meu amor de sempre, o único, o maior, o irrepetível. Que vai embora. Que me disse que vai embora no dia em que eu regressei. Não vai para Paris, não vai para um sítio fácil e económico de chegar, nem vai por seis meses, vai por tempo indeterminado.
Por ego, por medo, por ambição profissional decidiu apenas que não quer esperar por um país que estes meses todos não lhe deu emprego na área em que estudou e calhou de a primeira oportunidade concreta ser no Brasil. Não quis saber que eu estava a regressar, não quis saber que estamos mais fragilizados que nunca. E talvez por isso eu não o perdoe nunca. Entendo parte da atitude mas a parte emocional não engole o resto. Vai e disse-me " vem comigo", quando eu acabei de chegar, de começar um trabalho aqui, quando não tenho nada no Brasil, quando não quero morar lá. Não é justo. Tomares a tua decisão sabendo que provavelmente nos condena e depois passares parte da responsabilidade em resultar para mim.
Já fizemos isto demasiadas vezes, relações á distância, quero dizer. Primeiro Brasil em Erasmus, depois Luxemburgo, depois Paris. Mas nunca nada assim, Paris - Rio de Janeiro sem prazo para voltar. Eu já parti duas vezes, ele esperou por mim, é certo. Mas desta vez, tão longe, por um tempo que pode ser de meses a anos....Está gasto, cansado, despido. E eu não consigo mais. É impossível, para mim agora é impossível. Como é que se vive quando acaba mas não por o amor acabar?
Por ego, por medo, por ambição profissional decidiu apenas que não quer esperar por um país que estes meses todos não lhe deu emprego na área em que estudou e calhou de a primeira oportunidade concreta ser no Brasil. Não quis saber que eu estava a regressar, não quis saber que estamos mais fragilizados que nunca. E talvez por isso eu não o perdoe nunca. Entendo parte da atitude mas a parte emocional não engole o resto. Vai e disse-me " vem comigo", quando eu acabei de chegar, de começar um trabalho aqui, quando não tenho nada no Brasil, quando não quero morar lá. Não é justo. Tomares a tua decisão sabendo que provavelmente nos condena e depois passares parte da responsabilidade em resultar para mim.
Já fizemos isto demasiadas vezes, relações á distância, quero dizer. Primeiro Brasil em Erasmus, depois Luxemburgo, depois Paris. Mas nunca nada assim, Paris - Rio de Janeiro sem prazo para voltar. Eu já parti duas vezes, ele esperou por mim, é certo. Mas desta vez, tão longe, por um tempo que pode ser de meses a anos....Está gasto, cansado, despido. E eu não consigo mais. É impossível, para mim agora é impossível. Como é que se vive quando acaba mas não por o amor acabar?
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Tenho este aperto no peito desde o início do mês. Desde exactamente dia 1. Desde o momento em que pisei Lisboa de novo. Quero fechar os olhos e regressar a Paris, ou a qualquer sítio bem longe, ou apenas qualquer sítio diferente daqui. Mas tenho de acordar e convencer-me de uma vez. Tenho de crescer. Sim, é isso, crescemos pela dor não é verdade? E talvez eu fosse ingénua ao achar que nunca me iria magoar assim. Se investimos muito corremos o risco de ter grandes perdas. Eu, mais do que nunca, devia saber disso. Não vai doer menos, não importa fazer de conta ou rezar por um resultado diferente. Vai doer exactamente o que tem de doer, vai magoar, macerar a ferida, em profundidade...e depois vai começar a ganhar uma crosta sensível, até ir cicatrizando, pouco a pouco. O que não posso fazer é recuperar uma esperança perdida, que não tem razão de ser, motivo pelo qual se alimentar. No final, vai tudo dar ao mesmo resultado e já não há mais nada que eu possa fazer. Eu já não vou olhar para trás e arrepender-me pelo que não fiz porque já pedi, já implorei, já lutei. Perdi. Por mais que doa admitir a forma óbvia e vexante como perdi. Agora, tenho de pensar em mim, resguardar-me, proteger-me, porque no final, não haverá ninguém que o faça por mim.
Por antecipação, doí-me já o tempo que sei que vai levar a curar. Tenho medo que seja muito tempo, demasiado tempo. Sei que tudo isto vai mudar a minha forma de ser e não quero ficar amarga ou perder a capacidade de acreditar. Mas no fundo sei que, mais do que destino, a vida somos nós que a fazemos e os sentimentos podemos aprender a controlar. Mesmo que isso nos torne seres humanos mais frios. E mais do que tudo eu quero viver, sem esperas, sem angústias, quero viver com tudo aquilo a que os meus 27 anos têm direito. Não vou ser jovem para sempre. E não espero mais por ninguém. Por ninguém. A minha felicidade, a partir de agora, sou eu que a faço. Não vou ficar em casa a carpir as mágoas. Sobretudo quando as mágoas nos são deixadas por alguém que pôde escolher.
domingo, 24 de outubro de 2010
Como morfina para a alma
Passei na Fnac, comprei ao par e vim ler para a beira rio. A versão inglesa do "Comer, Orar, Amar" para tirar teimas e ver what all the fuss is about! E este "Os olhos amarelos do Crocodilo", sucesso de vendas aqui e em França, do qual já ouvi várias coisas boas e quero saber por mim. Além do mais passa-se em Paris e eu já lhe sinto a falta. Emergir-me noutras vidas e esquecer um pouco a minha que anda impossível de aturar.
Malas e sapatos
Ontem na baixa de Lisboa, numa tentativa muito à gaja de me tentar animar, comprei uma mala e uns sapatos ( não os das fotos, mas parecidos ainda assim). Quando estava a pagar os sapatos o senhor do balcão diz-me " é a rapariga mais triste a comprar uns sapatos. Senão gosta deles não os devia levar, um par de sapatos novos deve deixá-la a sorrir". Fiquei desconcertada com a frase e com a perspicácia. Baixei os olhos porque não queria mostrar os olhos vermelhos, recebi o troco e saí sem dizer nada. Se fosse tão simples quanto gostar ou não de um par de sapatos. Acho que me podiam levar a comprar diamantes e mesmo assim não iria sorrir.
Sinto-me como se tivesse estado num acidente de carro descomunal, como se todos os meus órgãos por dentro doessem, o peito apertado e com dificuldade em respirar. Acordar de manhã e, naqueles breves segundos pensar que tudo não é mais do que um sonho mau, mas dar-me logo conta que as dores atrozes vão andar comigo mais um dia. E eu pergunto-me, até quando? Ou até onde é que se pode suportar? Pela primeira vez na vida não me sinto suficientemente forte.
sábado, 23 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Má notícia da semana
Cárie no dente do siso inferior direito.Inacessível. Solução única: remoção. Só me vem à cabeça a quantidade de sangue e o que custou quando tirei um siso superior já há uns dois anos. Desta vez, nem a gravidade vai ajudar. Não quero passar por isto outra vez! Sem mimos desta vez, sopa da mãe ou alguém por perto. Posso amuar? Acho que a minha vida tem andado má suficiente para eu poder amuar. Haverá alguma semana deste mês que passe sem uma má notícia?!
Rapazes
Não é pelo status do facebook ter mudado ( se sabia não tinha mexido naquilo em primeiro lugar- isto de por os nossos dados on-line realmente não é boa ideia) que eu passei a estar disponível para sair com qualquer alminha. Isto não é um carro que vagou e podem apenas levar para uma voltinha, ok? O que me desconcerta é a quantidade de machos sem noção que se faz ao piso, mesmo pessoas com as quais mal troquei duas palavras. Ah, e as minhas recusas nunca tem que ver com o facto do rapaz em questão ser desprovido de qualquer interesse! Claro que não! Para os moçoilos tem apenas que ver com estar frustrada com os homens e precisar de um a sério! Enxerguem-se, sim!
terça-feira, 19 de outubro de 2010
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