segunda-feira, 28 de maio de 2012

Meu querido Tó

Foram quase 8 anos carregados de bons momentos e companheirismo. Contigo dei os primeiro passos numa ciência quase desconhecida para mim até então. Ensinaste-me muito, ainda que muitas vezes me apetecesse bater-te. Acontecia quando ficavas preguiçoso ou quando afinal era eu não te entendia. 

Levei-te comigo para Coimbra, depois o Porto, Luxemburgo, Lisboa e Paris. Estiveste sempre lá, a partilhar as imagens, os vídeos, a ligar-me ao mundo e a diminuir-me as saudades. Foi contigo que aprendi pirataria a sério e desde então o dinheiro mensal gasto em séries e filmes baixou drasticamente. Foste também tu o culpado em certa forma por ter deixado de comprar cd´s e de os coleccionar (o que até foi bom porque já não tinha mais espaço nas prateleiras lá de casa e já bastam aqueles quinhentos cd´s que nunca tenho tempo de ouvir).
Sofremos os dois juntos quando em Paris aquele maldito vírus te atacou e não queria sair nem por nada. Mas com engenho e sabedoria conseguimos expulsar o sacaninha e ensinaste-me a desmontar peças com uma chave de fendas como um menino grande! Ainda hoje, apesar da velhice, o teu som é invejado pelas aparelhagens, apesar de teres metade do tamanho delas e do peso. Foste um companheiro fiel e leal todos estes anos. Mas, meu caro amigo, chegou a hora de te substituir. 

Tudo nesta vida tem um fim e a tua velhice já te apanhou, os scripts são uma constante, estás mais lento nos movimentos e nos reflexos e fazes-me a vida negra quando quero ver um filme ou abrir várias páginas da internet. Já andas assim há mais de meio ano e andei sempre adiar mas não podia fugir mais, tive de tomar esta decisão! Comprei uma versão mais nova de ti, Tó! Lamento! Continuas a ser o satélite da minha constelação, mas agora já vais na versão L755 e ainda que o teu design não fosse dos que mais me apelava, sei que a beleza não é tudo e tens outras qualidades muito para além do aspecto físico nas quais tão bem confio. Que a tua nova versão seja tão resistente e fiel como tu foste Tózinho.  Vais ágora ter um merecido descanso e passar a tua velhice no meu quarto de infância, aquele quarto onde sempre regresso e voltarei a ti de todas as vezes que estiver de visita. Irás continuar a ouvir música e a servir-me de tela de cinema, apenas mais esporadicamente. Um até sempre e um bem haja,

a tua Merenwen

terça-feira, 22 de maio de 2012

Fofinha

Quando um homem nos diz que somos fofinhas, isso é suposto querer dizer o quê? Podia ser és gira, ou és bonita, linda, engraçada, até boa..mas fofinha?!!! A mim faz-me lembrar meninas de 8 anos com bochechas rosadas!

Maré de azar

Na semana passada torci um ligamento num pé que vai demorar 5 semanas a curar. Hoje consegui, sozinha, pisar a parte de cima da mão direita que está inchada e a caminho do negro...mais alguma coisa para eu estragar ou já chega?!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Who will love you? Who will fight? Who will fall far behind?

And I...

I told you to be patient
I told you to be fine
I told you to be balanced
I told you to be kind
In the morning I'll be with you
But it will be a different "kind"
I'll be holding all the tickets
And you'll be owning all the fines

 Não sei de qual gosto mais. Se do original, se deste passarinho...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Qual a probabilidade de , no mesmo dia, à mesma hora, para o mesmo médico, ter uma pessoa com o exacto mesmo nome que eu?! Pois, pelo visto era alta. Só não ganho o euromilhões! Já se imagina a confusão que foi e impagável cara da miúda ( tinha uns 13 anos) quando eu me apresento a reclamar o mesmo nome!

Oferecem-se abraços

E hoje ganhei um, de um moço muito simpático que infelizmente era gay!

RFM

A rádio das MESMAS músicas de sempre!!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Era uma tristeza diferente. Mais profunda, mais encravada. Não aquele tipo que nos mete ao chão mas depois nos deixa recuperar forças e voltar a tentar, a lutar. Aquela tristeza era um sentimento de lágrimas a cair tranquilas, sem o fervor dos soluços e da respiração alterada porque reconheceu finalmente que nada mais havia a fazer a não ser aceitá-la. Não ia passar, não ia a lugar algum. Veio para ficar, instalada no coração como uma condição inerente depois de tudo o que acontecera. Aceitar a perda, aprender a perder é isso também: parár de lutar contra as coisas que não controlamos, apesar da vontade férrea em que fosse de outra maneira. Uma pessoa não pode mover o mundo e, ainda que saibamos que esse mundo podia facilmente desenhar-se de outra maneira, somos ainda assim impotentes. Aceitar as lágrimas, aceitar o vazio, aceitar o coração esmigalhado e respirar devagarinho. Para que a tristeza cumpra o seu percurso até ao fim e, um dia, te venha dizer baixinho: podes mover-te agora e recomeçar o teu caminho.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Primeira fila

Não esperava que alguém fosse tão fã como eu e quisesse pagar os 70 euros do bilhete, por isso vou sozinha e desta vez fico bem em frente do palco! Ouço-a desde o tão doce Come Away with me, por introdução da Mariana ( ou foi o teu irmão que primeiro a descobriu?!). Ouvi o cd contigo no Porto da primeira vez e nunca mais deixei de a seguir ou voltar às músicas antigas. Seguiu-me depois para Coimbra, Lisboa, Luxemburgo, Paris...era impensável não ir. E, para uma plateia vip, 70 euros não é tão mau assim (Michael Bublé era 250!!). Por isso, quem comprar lugar junto ao 15 da primeira fila e vir alguém a vibrar sozinha, não estranhem, é um fá acérrima que tem a certeza que o dinheiro irá valer bem a pena.

Simples assim...

E depois ele disse: " És orgulhosa, não és? Não gostas de perder. Tens de saber perder, e sobretudo tens de aceitar que perdeste". E nesse instante, com essa constatação que ainda não me havia cruzado o pensamento, as coisas encaixaram .

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Os meus vizinhos...parte III

Tenho um estupor de um garoto (espero bem que seja um garoto) no prédio do lado que me atormenta com um laser vermelho. Da janela dele vê a minha janela da cozinha e anda ali a apontar o raça da luzinha para onde lhe apetece. Hoje foi para dentro do frigorífico assim que o abri.  Da primeira vez só pensei que era a luz duma daquelas armas que se vê nos filmes a apontar para o peito do gajo antes de o matarem e a primeira reacção foi baixar-me na hora (too many movies I know!) Não o consigo ver porque o estuporzinho esconde-se atrás da cortina. Tenho que correr as minhas cortinas para lhe vedar o acesso, mas com o calor a chegar torna-se impossível. Um dia destes ainda compro um laser igual a ver se o puto gosta!

terça-feira, 8 de maio de 2012

I am not giving up, I am just given in



O vídeo é demasiado gótico para o meu gosto, mas a música vale por si mesma! E a frase do título, o meu novo "moto".

So you think you can dance

Se há coisa que eu gostava de ter sido era bailarina...gostava de ter andado no ballet e ter tido todo o tipo de aulas de dança...adoro dançar, ainda que só o faça em casa porque aulas tive zero ( minto, tive uma aula de salsa em que o professor quase dava em maluco porque gosto pouco que me conduzam!).  Poder expressar sentimentos através de movimentos, poder levar o corpo onde o comum dos mortais não consegue e ter aquela sensação de liberdade quando se dança.
Este programa enchia-me as medidas portanto. Acabou agora a oitava temporada no Fox Life e aquela malta, muitos deles amadores e sem grande formação, é absolutamente incríveis. Gosto tanto que enquanto não começa a próxima season vou vendo em repeat os vídeos no youtube. Tipo este, ou este. Ou ainda este! ( a rapariga é boa que se farta, mas a um homem que dança assim perdoa-se tudo!).E, tentando abstrair-se da música da Bonnie Tyler, vejam só este salto ao minuto 1.18!

Para o Menino da mamã

Não me lembro do teu email e não consigo entrar no teu blog sem convite... I want to be in the VIP, please?!Adicionas-me?! Obrigada :)
A melhor parte do dia da mãe foi ver a cara de garota da minha mãe quando viu que lhe tinha oferecido uma massagem! :)

quinta-feira, 3 de maio de 2012



Norah Jones, 22 de Setembro, Campo Pequeno

Dos sacanas...

No feriado desta terça-feira cruzei-me com um colega de trabalho. Ele ia acompanhado da namorada e enterrou a cara no chão quando me viu. Ok, no hard felings, já é costume passar por malta semi conhecida e acontecer o mesmo. Hoje no entanto, tem a lata de vir falar comigo, desculpar-se e justificar-se com um  "a minha namorada podia ficar com ciúmes por ver que trabalho com miúdas tão giras".!! Dude, seriously?!
"Tu sabes que quando acabar o nosso tempo, significa que acabou o nosso mundo."

Aqui! :)

terça-feira, 1 de maio de 2012

Há palavras que nos assentam tão bem. Que lemos nas palavras de outrem e nos surpreende que naquele momento, naquele dia, o que foi escrito por outra pessoa que não conhecemos parece ser o que nós próprios iríamos dizer sobre nós acaso escrevêssemos assim. O pior de tudo é o desamparo de que a que Maria Inês fala, o desamparo de não poder mudar certas situações, certas pessoas a que fosse como nós tanto queremos. A dificuldade em aceitar e em não conseguir mudar o que nos entristece. Apenas aceitar, conformar que é assim e não muda. Aquele pedaço de vida já passou e não volta mais. É como arrancarem-me a pele ter que pensar que nada do que se faça vai algum dia mudar isso. Especialmente quando não somos de desistir, de baixar os braços, quando se coloca o coração à frente do resto. Já fui mais forte, mais desapegada, mais práticas nos assuntos mundanos...a idade tem vindo a amolecer-me...ou talvez seja só a falta, a falta de sentir o coração dentro do peito o que me quebrou. A certeza de que há momentos na vida em que nos cruzamos com alguém e nada nunca poderá vir a ser como antes. A certeza de que há sentimentos que nenhum tempo, nenhuma distância apagam. E a aprendizagem em aceitar tudo isso. Aceitar sem entristecer. Será essa a derradeira aprendizagem?

"Quando estou triste, mas assim mesmo triste, só me apetece ouvir música que me faça companhia nessa tristeza e que não ambicione fazer-me abandonar o estado em que me encontro. Triste porque não posso mudar o que me entristece, o que é uma constatação que me deixa num verdadeiro desamparo. Depois, depois tento lembrar-me do que não é triste, porque na verdade me sinto culpabilizada por esta tristeza quando há tanto que não me entristece. Difícil que é aceitarmos que não podemos mudar certas realidades, certas pessoas, certos momentos, certas distâncias. Difícil aceitarmos que o outro não vai ser aquilo que nós tanto queríamos. Que eu queria, que eu quero mas não posso ou não devo querer, sob o risco de nunca me libertar desta tristeza. A desilusão caminha lado a lado com a mágoa. Aquela mágoa que não estando presente em todos os momentos, nunca nos deixa totalmente, porque a Vida também é isto, apesar de eu ter tanta dificuldade de aceitação. Gosto tanto de ti. Magoas-me tanto. Nunca to disse assim, da forma mais simples de que sou capaz, mas gosto tanto de ti que dói e às vezes apenas anseio que desapareças para logo a seguir não suportar a ideia de um mundo sem ti. Gosto tanto de ti e magoas-me tanto que hoje não me resta senão carregar esta tristeza, esperando que amanhã ela já tenha partido."