domingo, 16 de dezembro de 2012

Um dia o sol há-de voltar a brilhar

Até lá vemo-nos por aí....

Já devem ter dado conta que o blog tem andado meio ao abandono ultimamente e talvez este fosse um desfecho esperado. Nada dura para sempre, e sinto que chegou a hora de terminar este espaço. A minha vida parece também ter chegado ao fim de um ciclo e as palavras não me saem nem me apetecem. Preciso de tempo, preciso de um espaço em branco, e acima de tudo preciso de renovações, de um restart completo. Porque este blog está demasiado ligado à vida que eu tinha e que não volta, porque preciso de libertar o passado para poder seguir em frente, despeço-me do blog e de vocês, que me leram, me aconselharam ao longo destes três anos. Obrigada pela atenção, pelo carinho que há em pessoas que não conhecemos mas seguimos e achamos saber um pedaço da história. Sem dúvida que o blog me trouxe coisas boas, muito boas, incluindo novos amigos. Trouxe-me também conforto, descompressão e aprendizagem...ao relê-lo aprendo com o passado, a minha história que, lida uns meses depois, nem parece ser minha.

Aprendi que há naufrágios que não se controlam e que nos atiram borda fora, aprendi que há coisas que, por mais que queiramos ou por mais que nos esforçamos, não resultam, não dão certo. Aprendi que as pessoas se avaliam melhor pela maneira como saem da nossa vida, mais do que pela maneira como entraram, aprendi que nunca conhecemos realmente ninguém e aprendi que o coração pode, literalmente ficar em pedacinhos com a desilusão. Aprendi que a lealdade não pode ser a todo o custo e aprendi que há coisas e pessoas pelas quais não adianta correr atrás, não quando elas não querem ser perseguidas.

Este final de ano foi duro, está a ser duro. Depois de um início em que tinha a esperança e o optimismo renovado em que tudo ia correr bem, quase 12 meses depois afinal tudo deu errado. A vantagem é que depois de tudo arrasado não há mais desculpas nem refúgios: resta apenas apanhar os cacos e recomeçar. Não há mais fundo para onde cair, só caminho ascendente agora. Vantagem também é saber que se deu tudo, que se lutou até ao fim, até as feridas serem insuportáveis, mas que se esteve lá e que se acaba de pé, ensanguentado mas de pé! Porque o coração, apesar de partido está finalmente livre porque sabe que não havia mais nada que pudesse fazer. E olhar para trás e saber isso vai fazer com que a minha consciência esteja em paz.

No meio do caos, aprendi também que quem tem amigos como os meus não enlouquece, que é graças a eles que passo os dias e que me sinto abençoada por os ter na minha vida, ao longo do caminho. Por mais longe, por mais tempo, amigo a sério está lá e não abandona nunca. Não devo estar a fazer tudo errado para ter amigos destes, afinal os amigos também se merecem e cativam! E aprendi finalmente que sou muito mais forte do que julgava  e que, um dia, como diz a música, vou estar em casa de novo. Porque sei que não vou desistir sem lutar, porque eu nunca, nunca desisto sem lutar e isso também aprendi este ano. E não vou desistir de tentar ser feliz.