quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Por vezes nem me sinto a viver em Lisboa, raras são as vezes que tenho de ir ao centro. Hoje tive de ir até à zona do Marquês e, no regresso, não sei porquê dei por mim na paragem do autocarro, quando tinha que apanhar o metro. Talvez porque há um ano atrás era o percurso que fazia mas acima de tudo porque queria ir para casa, aquela casa. Não penso nela muita vez nem nunca mais voltei aquela zona da cidade. Mas hoje foi como se, por um milésimo de segundo pudesse apenas entrar naquele autocarro, fazer um percurso tão familiar, sair na minha antiga paragem e meter a chave à porta. E encontrar lá dentro tudo aquilo que tinha à um ano atrás. Acho que nunca meti a chave nesta casa com metade da ânsia e felicidade da outra casa, não tem metade do aconchego, do desejo. Mas abanei a cabeça, como se acordasse de um dejá vu longínquo e segui para o metro.

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