sexta-feira, 30 de julho de 2010

Esta actriz




Está no rol das minhas preferidas. Depois de Piaf, Public Enemies e Nine, agora foi a vez de Inception, onde está fabulosa mais uma vez. E além disso é linda, linda. Apaixonava-me por ela se não fosse uma mulher.

Este filme...


fez-me sair da sala de cinema como há muito nenhum filme fazia. A pensar, com um mundo novo de ideias para explorar. Já alguém o comparou ao Matrix em termos de revolução na percepção da realidade. Eu não iria tão longe, mas é muito bom mesmo. Dizem que o argumento levou 10 anos a ser escrito! Pudera, quem se terá lembrado duma premissa tão intrincada?! E ainda que o final tenha sido tão criticado por um certo crítico pretensioso do jornal Público ( mas que filmes, além dos do Manuel Oliveira e os supostamente menos mainstreamé que aquela malta acha ser de qualidade?!), eu achei que era o melhor desfecho possível. Ou deixar uma sala de cinema inteira suspensa numa pião e a suspirar um "Oh" conjunto, não será coisa de um bom realizador?!

Lembrem-me...

de não voltar a apanhar o comboio á sexta-feira depois do trabalho. Ou sigo do boulot directamente para a maison, ou saio até de manhã, ou volto de táxi...Toda a santa sexta-feira alguém se decide atirar à linha do RER E e ficam-se horas à espera sem alternativa possível. Em três semanas é a segunda sexta-feira que acontece. Mas porquê é que alguém se decide matar a uma sexta feira?! Se ainda fosse a uma segunda entendia melhor!E acabar com a vida numa linha de comboio, porquê?! Por ser rápido? Também deve ser doloroso e despedaçante, literalmente. As estatísticas do suícidio português estão muito aquém das francesas realmente, e ainda bem! Pelo menos não se atrasam os planos inteiros do fim-de-semana auma montanha de gente que fica sem transportes.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sabem aquelas colegas de trabalho que implicam com os outros até à exaustão, só para arranjar conflitos? Pois bem, eu tenho uma dessas lá do lado. A bitch andava desde segunda-feira a ver se me tirava do sério. Sempre a mandar bitaites, a atirar bocas....eu caladinha, nem sim nem sopas. O que a devia estar a deixar louca, porque hoje foi um bombardeamento desde manhã. Ao fim de almoço deve ter ficado feliz porque me tirou do sério e ouviu o que não queria. Pelo menos calou-se e nem ousou responder de volta. Deve acalmá-la uns tempos!

A piorar o dia soubemos quem volta connosco para Portugal. Posso dizer que os colegas que ficam em Paris esboçaram um sorriso quando ouviram o seu nome, e nós ficamos com uma sombra de preocupação. Era a pessoa que ninguém gostava de viesse. Além disso o regresso vai ser antecipado um dia. Sexta-feira, dia 1 de Outubro, depois do trabalho. Ou seja, carregar malas com seis meses de vida para o escritório, ir trabalhar a sexta-feira inteira e voltar a Lisboa - onde não tenho casa- já de noite. Não há mais nada para correr mal, mais nenhuma má notícia aí à espera?!Lei de Murphy mesmo. Putain....

So true


Melhor acabar quando se vai a tempo de só restarem pedacinhos, certo? Não consigo estar numa relação que é tão menos do que aquilo que já foi, tão notoriamante menor...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Começa por um vazio ténue e indecifrável. Por vezes não se dá por nada. A rotina dos dias que passa camufla a falta de palavras, a indiferença que mal se nota ainda. Ela chega a casa e pousa as chaves e não pensa nele. Aquele abraço que quase se institucionalizou como um dos hábitos quotidianos. Á falta de vontade atribiu-se o cansaço, amanhã será melhor. Nem ela nem ele caminham mais sobre o ar e são pessoas diferentes. O tempo muda, mas a falta de amor muda mais. A distância aguça tudo. Deixa a descoberto sob a luz mais crua todas as falhas, toda a infelicidade que pensavam escapar. Da sua perspectiva olham para trás, pesam tudo, o que passou e onde pensavam vir a chegar, onde queriam estar naquele momento. Insatisfação. Crescente. Um cansaço gigantesco. Começam a falar línguas diferentes. Depois vêm as acusações, as recriminações, aquilo que ele raramente diz mas que pensa. Inimigos de cada um dos lados da linha de fogo. Não sobra muito mais. O que está para trás é valioso e guarda-se possessivamente. Cada um com as suas memórias. Aqueles dois são agora personagens de uma estória sem dono. Cada um com os seus problemas, as suas vidas distintas. Até que se torna inescapável. Quando a estrada se divide não dá para ir e ficar em simultâneo. Fica-se com um coração partido e um ponto zero para começar. Para recomeçar quando se puder.


The Catcher in the Rye

I was trying to feel some kind of goodbye. I mean, I have left schools and places I did not even know I was leaving them. I hate that. I don't care if it's a sad goodbye or a bad goodbye, but when I leave a place I like to know I 'm leaving it. If you don't, you feel even worse.

The Catcher in the Rye, J.D. Salinger
Desde que estou a morar em Paris tenho os lábios numa desgraça, cheios de cieiro, a descamarem e doridos, independentemente do batom que esteja a usar. Já vou na 5a marca diferente de bálsamo labial e não há nada que resolva o problema. Não sei se é do ar ou da poluição, sei que tal nunca me aconteceu em Portugal. Alguém sabe de algum batom milagroso?

domingo, 25 de julho de 2010

Chantilly







Ando tão viciada nisto....


Por mais teen que possa ser. Tem suspense que me agarra de um episódio para o outro e tem dois vampiros pelos quais não me importava nada de ser mordida.

Rapazes

Qual a necessidade irresistível e premente de irem na rua, de mão dada com a namorada e terem de lhe passar a mão no rabo?! Vão muito bem a caminhar, a conversar ou em silêncio e, volta e meia lá vai, uma palmadinha no rabiosque da parceira. E não adianta serem discretos no gesto porque quem vai a caminhar atrás tem que ver a cena toda. Porque não uma palmada nas costas, no ombro, uma carícia no braço, sei lá! Agora no rabo, sempre achei que fica tão mal...

sábado, 24 de julho de 2010

Os meses irão passar e não hei-de ter escrito uma única carta de amor. As palavras gastam-se e é difícil usá-las quando se perde o enamoramento, quando deixa de haver encanto ou quando deixámos de saber as razões porque ainda estamos ali. Quando já não se consegue escrever, há palavras que já estão vedadas, gastas. As palavras para mim são tudo. Começou com e pelas palavras, é justo que acabe pela ausência delas, pela sua falta de significação. Não há mais ecos na casa de Alba.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Este Blogue

Não aderiu nem vai aderir ao acordo ortográfico. Ler o Jornal Expresso agora é ver um monte de erros a cada frase. Para mim não faz sentido nenhum nem se enquadra numa evolução natural da língua portuguesa, como a justificam os seus defensores. Economicista sim. E implementada contra a vontade da maior parte dos portugueses, que era quem deveria decidir da sua utilização.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

I`m you`re man

Adoro esta música, na versão deste senhor a quem vou ver em Novembro. O senhor Cohen escrevia letras excelentes - e esta é das minhas preferidas, um amor assim submisso e forte em simultâneo, quem desdenha? Eu não, era dizerem-me algo parecido e eu derretia-me no «instante, mas toda a gente sabe que eu sou uma sucker por palavras bem escritas.

If you want a lover
I'll do anything you ask me to
And if you want another kind of love
I'll wear a mask for you
If you want a partner
Take my hand
Or if you want to strike me down in anger
Here I stand
I'm your man

If you want a boxer
I will step into the ring for you
And if you want a doctor
I'll examine every inch of you
If you want a driver
Climb inside
Or if you want to take me for a ride
You know you can
I'm your man

Ah, the moon's too bright
The chain's too tight
The beast won't go to sleep
I've been running through these promises to you
That I made and I could not keep
Ah but a man never got a woman back
Not by begging on his knees
Or I'd crawl to you baby
And I'd fall at your feet
And I'd howl at your beauty
Like a dog in heat
And I'd claw at your heart
And I'd tear at your sheet
I'd say please, please
I'm your man

And if you've got to sleep
A moment on the road
I will steer for you
And if you want to work the street alone
I'll disappear for you
If you want a father for your child
Or only want to walk with me a while
Across the sand
I'm your man

Insólitos

Policía inglesa apanha gatuno de estendais depois de meses de procura. Quem era o ladrão? Um gato, pois então!

Por outro lado, não consigo achar piadinha nenhuma a isto...não havia imaginação para mais?! Meia hora de agonia daquele animal. Era tão bem feito se as mentes brilhantes que se lembraram disto fossem dentro e cumprissem os dois anos de pena!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Uma das grandes desvantagens de estar longe é que a vida das pessoas que deixamos para trás continua e nós quase não damos por ela. Quando vamos a ver já houve nascimentos, mortes, divórcios na família ou conhecidos, e a nós tudo chega como uma novidade súbita, sem tempo de ajustamento a tanta mudança. Quando regressamos perdemos uma data de coisas e já as pessoas se distanciaram de nós. Tanta amizade que já ficou pela metade desde que ando a entrar e a sair do país, tanta gente a quem perdi o contacto, família a quem não vejo os anos passar.

O tempo é cruel e o passar do tempo vai esbatendo acontecimentos e afastanto quem antes nos era próximo. E nos dias em que só queremos casa, colo, olha-se à volta e não há ninguém. Nos dias em que o telefone não chega, aliás há dias em que se odeia o telefone, o ritual de falar, de procurar palavras, de derrubar saudades. Saudades das coisas banais. Fastio deste dia-a-dia a quem já tão bem conheço as rotinas. É impossível escapar a elas durante a semana. Fastio das mesmas conversas dia após dia, das pessoas que vejo todos os dias, que são as mesmas pessoas com quem trabalho, com quem vivo e com quem saio. É como um big brother em maior escala. Tantas saudades, tanta saudade de trabalhar em algo que me dê prazer. Já não me lembro da última vez que isso aconteceu. De gostar realmente do que faço, de me levantar de manhã e não ser um sacrifício ou apenas mais um dia. Saudades de mim quando ainda achava que tudo era possível.

sábado, 17 de julho de 2010

Um mau pressentimento engasgado na garganta. A sensação de que algo mau está para acontecer. Afinal de contas estamos a chegar a Agosto. O meu mês. O mês dos meus anos, mas também o mês que, de há uns anos para cá, me tem corrido tão mal. O do ano passado então foi para esquecer. Demasiado mau para lembrar.

A avaliação no trabalho não me correu da melhor das formas e tenho medo de vir para casa não tarda nada. Depois de toda a formação que estão a investir em nós supunha-se que não fossem rápidos a despedir as pessoas, certo? Pois, nem por isso. Têm estado a despedir alguns e a pressionar muitos para serem eles a despedirem-se de modo a ganharem a indemnização. E a mim a coisa não me está a correr muito bem, infelizmente. Tenho tudo pendurado, as férias, os voos por marcar. Não dá para investir ou programar nada até saber o que me acontece no final do mês. E entretanto a minha vida vai entrando num limbo, em que não vivo mas espero, em que suspendo tudo até ver... suspendo tudo como tantas outras vezes, demasiadas vezes.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

The Straight Story



Quando comecei a ver este filme fiquei aborrecida e pensei em apagá-lo ainda antes dos primeiros 10 minutos terem decorrido. Ainda bem que não o fiz. É maravilhoso, desde as interpretações, à realização (David Linch), à banda sonora (angelo Badalamenti, o compositor fetiche de Lynch, que também compôs a ost da Mulholand Drive) . E melhor, baseado numa estória verídica.

Um homem no final da vida, meio cego e com dificuldades de locomoção, decide-se a ir visitar o irmão doente, com o qual não fala há mais de 10 anos, atravessando o estado do Wisconsin e Iowa num cortador de relva. Sim, um cortador de Relva!

Tenho uma queda por filmes que retratam viagens como metáforas de vida, mas este é delicioso e tocante, especialmente por ter sido uma estória real. E o actor principal, como é possível que não tenha ouvido falar dele!!Richard Farnsworth, de uns olhos azuis que puxam através do ecrã e uma interpretação de deixar lágrimas no canto do olho. Este vai para a minha lista de filmes de sempre.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sim M, são mesmo fotos à blog! :)


Obrigada pela vossa visita! Foi inspiradora

E isto também...fiquei fã destes meninos!

Por aqui ouve-se...e dança-se...

Neste momento vou à janela do quarto e tenho 3 frentes de fogo de artíficio e um cheiro a pólvora que não se pode

E uma dúvida. Porque è que os franceses aplaudem e assobiam quando o fogo começar a rebentar?!!

Amanhã é feriado em França mas, como de costume, trabalho. Hoje fogo de artíficio sobre o Marne e bal de pompiers, ao que parece cheio de homens em fardas. Há festa em Paris inteira. :( Mas eu estou em semana de avalições, levanto cedo e o melhor é não haver fanfarra para ninguém. Oh, mas como eu queria!!Bon courage!

domingo, 11 de julho de 2010

Sonhar a Europa num comboio

Ela e ela estão aqui por Paris este fim-de-semana.De mochila às costas e bilhete de comboio de um mês para viajarem na Europa. Inter-rail, o mesmo projecto que eu e a M. planeámos ainda na faculdade mas que nunca levamos em frente, fosse pelas circunstância, por falta de fundos ou daquele impulso motivador do "agora é que é"! Na altura chegámos a comprar as mochilas e os sacos camas mas a coisa ficou por aí. Agora, passados estes anos todos, tenho essa mesma mochila aqui no meu quarto, à espera de partir para Avignon, Roma, Praga, Viena, Berlim, Amsterdão...

Eu recebi-as com uma pontinha de inveja (da boa) e vontade de me meter num comboio com elas, mas acima de tudo com a nostalgia de me fazerem lembrar sonhos antigos que eu deixei na gaveta, mas que elas levaram em frente. Fizeram-me lembrar que, na altura, eu ainda achava que nunca se devia desistir de um plano desejado. Não sei se com a idade e a vida fui perdendo vontade ou resistência, mas a verdade é que me acomodei mais e tranquei certos projectos no baú, que deixei para outra vida talvez.

Na altura o lema era "CarpeDiem", e esqueço-me que ainda deveria ser. Boa viagem meninas!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Hoje estou assim...

Any remote chance ...

de alguém que passe por aqui sabe calcular o TUQ e o TFC, dependendo do tipo de corporate event?! Seria, verdadeiramente, um life saver!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Como é possível...

que num país europeu, civilizado como a França, os transportes públicos, nomeadamente o metro e o comboio, não tenham ar condicionado?! Quando está um calor abrasador e centenas de pessoas os utilizam diariamente? Há coisas que me escapam...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eclipse

Fui ver hoje ao cinema. Vim do cinema directa para casa e não sei se vim tão assoberbada pelo Edward ou pelo Jacob que me tranquei do lado de fora do quarto. Chaves, telemóvel, dinheiro, tudo, dentro do quarto. Sem hipótese de arrombar a fechadura ou chamar os bombeiros. Tive que telefonar para o número de urgência do apart-hotel para me virem abrir a porta. Preço?! 60 euros. Estou aqui que nem posso!Para já o hotel deveria ter recepção 24 horas por dia, mas a culpa foi mesmo da p... da minha distração. Com isto tudo já não guardo nada da sensacção boa que fiquei quando saí do filme.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Praia, sol, café na esplanada, vestidinhos de alças e sandálias no pé. Beijos molhados. Cama grande. Dormir profundamente, tranquila. Casa que me pareceu gigante. Gavetas! (aqui não tenho uma única gaveta, por incrível que seja). Entrar porta dentro e sentir-me de facto em casa. Divisões. Mimos. Feijão preto com arroz. Cortar o cabelo sem gastar uma fortuna. Ganhar uma hora a mais.

Mesmo assim, o fim-de-semana foi como um chupa-chupa dado para a mão de uma criança e retirado logo em seguida. Fiquei ainda com vontade de mais.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Amanhã vou estar a voar para casa...


Bon weekend Paris, a lundi!