quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ano Novo


Sem resoluções, que eu não gosto de listas nem acredito em vontades mais fortes a partir de 1 de Janeiro. Muita saúde, realização profissional, viagens, e amor se sobrar espaço. Este ano não é a minha prioridade. Este ano a minha prioridade sou eu.

Onde é que tinha a cabeça?

Acabei de aceitar um trabalho de tradução - bem pago é certo - mas que tem que estar pronto na segunda feira. Considerando que sábado vai ser dia de ressaca, acabei de condenar o meu primeiro Domingo do ano que vai ser passado em casa, ao computador! Bem, se isto significar entrar com o pé direito em muito trabalho e dinheiro a aumentar, então que seja muito bem vindo!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

meu pai pediu-me para o colocar no facebook!

Ouviu falar os colegas do trabalho e também quer um perfil. O qual eu não me importo de o construir com todo o gosto, não fosse o meu pai um analfabeto informático de grande porte que, além de não perceber grande coisa, não retém a informação. Então é do género: o website do hotmail e do skype mudam de design e ele já não sabe onde fazer o login. Então telefona-me em desespero e pede para eu lhe por o site como estava antes. E não adianta explicar-lhe que não posso, que a mudança foi feita directamente no site e não depende de nenhuma configuração do computador,mas que é o meu pai que tem que se adaptar ao novo formato. Aí, ele jura que um técnico pode alterar aquilo e que quer porque quer as coisas como estavam antes porque assim não percebe nada. E porque é que os ficheiros do hotmail não descarregam como antes? E porque é que tens o teu nome na sessão, agora como é que inicio a minha? E porque é que o Skype chama mas não tem som? E porque é que agora aparece uma janela preta com uma silhueta, não gosto disto assim, muda como estava antes! Oh sim, estou ansiosa pra que ele tenha um perfil no facebook. Basta imaginar as perguntas que podem daí advir!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Como (não) testar o seu marido

Isto há mulheres com ideias mirabolantes!

Coco Mademoiselle


Finalmente é meu. E, confesso que, para meu grande desgosto, não fica na pele quase tempo nenhum nem cheira tão bem quanto eu achava. Oh desilusão!

Crise é ...

...entrar num shopping é ver a horda de mulheres que se degladiam para apanhar um tamanho. É chegar ontem á Women´s Secrets e já não haver tamanhos. É ligar o telejornal e ver o Corte Inglês cheio de gente às compras. É ter notícias como esta, em que o volume de compras equipara-se a anos anteriores.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O Natal foi frio como se quer. Foi glutão e guloso. Deu para os quilos a mais e agora é tempo de fechar a boca com determinação. Acabaram-se os chocolates, a aletria, os bolinhos, os sonhos. Foi também um Natal cheio de prendas. Mas foi um Natal demasiado rápido. Trabalhar durante a época natalícia é do pior e eu almejo o dia em que trabalhe num daqueles lugares que fecham nesta época. Ai almejo muito. Um dia!

sábado, 25 de dezembro de 2010

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Trabalho em véspera de Natal

Amanhã, apesar de ser véspera de Natal, eu trabalho. A empresa dá tolerância de meio dia, e eu escolhi a tarde de amanhã porque tenho de fazer a viagem até Viseu. A minha manager lembrou-se agora, esta tarde, de me dizer que eu não podia tirar a tarde porque o meu back-up está de férias. Ora eu tenho muita pena, mas se ela não viu os dias que cada um escolheu antes ( dias estes que já foram marcados no início de Dezembro) eu tenho muita pena mas amanhã, ás 14 horas eu hei-de estar no bus a caminho de casa para passar o Natal, nem que tenha que ter falta injustificada. Não se passa nada no trabalho, os telefones não tocam, há dois e-mails a cada 4 horas e eu tenho que perder o meu Natal porque o cliente não pode esperar até segunda feira até ser respondido? Yeah right!

Companheira de casa

A minha querida colega de casa foi ontem embora para a terrinha sem avisar e sem um único bilhete/postal/mensagem/post it ou aviso de bom Natal. O mínimo para quem tem que viver junto. Eu também não a gramo e ela já deu conta, da mesma maneira que ela não vai com a minha cara e eu também já notei. Mas pelo menos sou educada. Ai é assim?! A ver se te trago mais cházinho quando estiveres mal-disposta!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tenho uma colega de trabalho que está grávida. Andava já há bastante tempo a tentar engravidar e conseguiu agora pelo que é natural que esteja contente. Mas infelizmente vai ser daquelas grávidas chatas e exageradas. Senão, eis o exemplo: anda muito sensível porque esperava ter tratamento especial e mimos das colegas de trabalho a toda a hora. Fica chateada por não a tratarmos com pézinhos de lã. Eu lamento, mas ao que saiba gravidez não é doença. Está de uns 2 meses mas todos os dias se vem a queixar que dormir mal porque passa a vida na casa de banho...ora nesta altura aquilo não tem mais que o tamanho de um feijão, não vejo como lhe pode comprimir a bexiga de tal forma que a faça levantar tanta vez quanto ela diz. Depois é a estória da comida " que tem que comer de 2 em 2 horas e que só tem vontade de comer porcarias, é vê-la todos os dias consumir bolos, bolinhos e salgados, ou batatas fritas e pizza ao almoço. Não sei que livros é que ela anda a ler mas a criança precisa de ferro, e não de colesterol. E não precisa que se coma a dobrar, como é o caso. Ela anda muito orgulhosa da sua barriga, ansiosa para a ter ainda maior, mas lamento dizer, não é barriga de grávida, é de gorda! Ninguém tem uma barriga daquelas aos 2 meses e, à velocidade com que se alimenta, daqui a mais dois meses ela vai estar obesa e o bebé em risco.

Gambling...

Descobri que o Casino Lisboa é o lugar onde os chineses vão à noite. Já me havia questionado onde é que eles param, para além das suas lojas e restaurantes, já que raramente os vejo a frequentar mais lugar algum. A explicação é simples: depois de um dia inteiro nas lojas, à noite enfiam-se nos casinos, só pode. A julgar pela quantidade de jogadores que povoam as slot machines e as mesas de pôquer. Entrar ali é como entrar num filme sobre uma tríade do jogo. Muito surpresa fiquei também por encontrar a figura mais caricata e mais inusitada deste espaço :uma peixeira, literalmente! Ainda vestida com as roupas de praça; socas, avental, a típica mochilinha que se coloca à volta da cintura para guardar as moedas, e um ar alucinado e descontente com o jogo que estava a ter. Teria tirado uma foto se pudesse, para guardar aquela personagem naquele cenário improvável. Depois há o típico: os viciados, oa ansioso, os curiosos, os que já não devem ter dinheiro para apostar, os que têm muito para apostar mas que acima de tudo procuram uma das muitas mulheres que passeiam no espaço à caça de quem as leve para casa a troco de dinheiro .

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

5 dias para o Natal...o natal dos nossos dias

"O Natal não era suposto ser isto (vocês sabem, festas da empresa, amigos secretos, shoppings ao fim-de-semana, «até 20 euros», este ano não se dá presentes, o vazio instala-se, dá-se presentes outra vez, afinal é natal). Desde que o Natal foi apropriado pelos ateus que já não é Natal, é outra coisa qualquer. Estou a ser desonesto, eu sei. O Natal não foi «apropriado pelos ateus»: os ateus é que nasceram todos em famílias religiosas (não há quem não tenha uma avó católica, pelo menos) e têm vindo a seleccionar muito bem aquilo que é purgado. Isto é, deitaram fora o menino mas ficaram com a água do banho, que está quentinha. Mas sem o menino a água vai esfriar, é só uma questão de tempo."

Aqui!
A minha colega de casa é professora e eu invejo-lhe o emprego. Não porque eu tenha grande talento ou apetência para ensinar - muito pelo contrário - mas por causa dos horários. Ganha mais do que eu, que trabalho sempre o dia completo. Ela, levanta-se quase todos os dias ás 10h e ás 17h já está em casa. O único dia em que se levanta mais cedo do que eu é à quarta feira, que é também o dia mais longo. Tudo bem que supostamente têm de preparar as aulas, mas nunca a vi aflita com trabalho ou avaliações. E além deste horário privilegiado, está de férias hoje até dia 3 de Janeiro, porque os meninos também estão de férias. Que maravilha de vida! Não tenho nada contra os professores, e sou contra o facto de terem que ser deslocalizados para darem aulas - para mim faz muito mais sentido que um professor de Lisboa fique a dar aulas dentro do concelho de Lisboa - mas bem que acabam por ter certos privilégios que os restantes profissionais não têm acesso. Por isso quando fazem mais uma manifestação eu não os apoio. Sempre foi uma classe cheia de privilégios e concordo que se estandardize a coisa. Muito bonito os juízes e professores terem dois a três meses de férias de verão, mas não é justo para quem trabalha todos os dias.

Dívida pública portuguesa

Que bonito tem sido ver o nosso querido primeiro ministro e o ministro das finanças a desdobrarem-se em mil e uma viagens de negócios para firmarem negócio com a China ou a Líbia agora.

É louvável ver o empenho destas figuras em acabarem com a dívida pública nacional que estes países compram não por caridade, mas pela contrapartida política que vão ganhar em troca. Portugal vai a partir de agora ter de defender pontos de vista de regimes ditatoriais na Europa: vamos fazer parte do coro de vozes que condena o Nobel da Paz chinês, vamos defender silenciosamente a pena de morte absurda daquele governo que condena quem ousa falar contra, a maior abertura ao comércio com a China - para mim a entrada da China no mercado têxtil Europeu foi das piores coisinhas que podia ter acontecido, além de matar muita indústria têxtil nacional fez as Zaras deste país e da Europa, aliás as Zaras e todos as outras lojas do grupo Inditex e não só - até a Naf Naf, que costumava ser de boa qualidade - num monte de lojas de chinês de etiqueta europeia. A qualidade dos tecidos é péssima. E se há uns anos comprávamos com o mesmo dinheiro que agora peças que duravam muito mais tempo, acho inaceitável pagarmos o mesmo por roupa de qualidade horrível.

Não acho razoável compactuar com um regime destes a troco de dinheiro. Acho preferível o FMI a este pacto com o diabo. Sim, a expressão vender a alma ao diabo ganha aqui a o seu significado pleno. Claro que se chegássemos ao ponto de o FMI ter que intervir, Sócrates seria definitivamente destronado do seu lugar de poder e, os socialistas não podem suportar essa ideia. É o vale tudo pela conservação do poder político, inclusive vender a preço de chuva todos os valores que ainda nos tornavam parte da Europa.
Esta notícia ( se é que assim lhe podemos chamar) é o cúmulo da tristeza, a meu ver.

Ouvido ontem no metro

"Ele vai ficar suando como um boi cansado com três palmos de língua de fora"

Dito por um adolescente do Nordeste brasileiro - pela pronúncia só podia ser. Adorei a metáfora!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Ontem tive um jantar de solteiras, por assim dizer. Num sítio muito agradável, como já não tinha faz tempo. A conversa estava boa e a comida também. A maior parte das pessoas com quem saio tem namorado/a e faz tempo que não falava do modo de vida e aspirações de uma mulher solteira. E, ao mesmo tempo que me vou recordando de como era, também fico abismada com o "mercado" actual. Relações ansiosas por amor, um amor que fabricam em duas semanas, mudam-se de armas e bagagens um para casa do outro, fazem filhos muitas vezes e, seis meses depois se dão conta que se precipitaram. As pessoas parecem ter um ideal romântico que querem concretizar à força. Não se apercebendo que, na maior parte das vezes, têm de ser abençoadas com encontrar a pessoa certa, mais do que alguém com quem passam um bom bocado e que já serve para o efeito.

A R., uma mulher linda, vistosa, elegante, está sozinha à quase uma década. Não por falta de pretendentes, mas porque ou não são interessantes ou são uns mulherengos do pior. E acho o ditado "melhor sozinha que mal acompanhada" uma verdade inolvidável. Depois a M. disse que só agora, quase um ano depois de ter terminado o último namoro (amor) a sério, está a recuperar da queda. E dei comigo a pensar "Meu Deus, será que só daqui a um ano vou poder dizer isto de mim mesma?!". Não me assusta estar sózinha, o que assusta é dar por mim a comparar, a nunca nada ser suficiente, nada chegar aos calcanhares do que já tive. O que assusta é poder passar muito tempo à procura de algo que pode não chegar mais. Afinal quantas vezes na vida podemos dizer que amamos alguém? Uma ,ou duas, com sorte? Este sentimento não é algo que se dê fácil e é raro, daí ser tão valioso e tão frágil. But one can only hope that better times are yet to come. I know I do.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Talvez ele não fosse para mim afinal. Quando o conheci não dava 6 meses. Era uma paixoneta, uma coisa que surgiu não sei muito bem de onde e que iria embora tão naturalmente como começou. Enganei-me, porque se transformou na minha paixão mais violenta e, com o tempo, no meu amor grande, a minha vida. Não era possível nós acabarmos nunca, porque não era possível duas pessoas completarem-se tanto e ser tão intenso a toda a hora. Era, achava eu, a pessoa com quem iria envelhecer, com quem coleccionaria uma estante de livros só nossos, a pessoa que ia olhar para trás comigo e recordar tudo lado a lado com o sorriso de quem sabe que foi feliz. Não era possível não ficarmos juntos, tínhamos sido feitos para ser...julguei, com a ingenuidade de qualquer amor a sério, que ia ser para sempre.

Sempre lhe conheci os defeitos, e ele os meus que tenho muitos. Mas amamos para lá dos defeitos, certo? E sempre soube que havia incompatibilidades de feitios, de carácter, mas quem não as têm? Era impossível ser perfeito, sem arestas. Nessa altura julgava que, nas coisas essenciais estaríamos sempre de acordo e, quando não estivéssemos saberíamos chegar a um meio termo. Mas não previ isto, aliás, se me perguntassem eu iria pôr a mão no fogo por algo que, afinal, não era verdade. A decepção é muito maior do que poderia supor. É como se fosse acordada à força de um mundo que se despedaçou à minha frente, perante os meus olhos, indiferente às minhas lágrimas, aos "por favor". Nunca quis isto e agora ele não pode dizer " mas eu estive sempre lá". É verdade, não lhe posso apontar nada. Mas o problema não é o que está no passado. Foi pelo que estava no passado que tentei lutar para que nada disto acontecesse. O problema é o presente, a aposta tão alta, tão arriscada que ele colocou, e sobretudo o futuro. Há decepções que mudam tudo. E hoje, meu amor, cinco anos depois, eu sei que nós, afinal, não éramos para ser.

Mais alguém acha isto o absurdo total?!

"A receita do governo para flexibilizar o mercado do trabalho é notável. À falta de melhor explicação, eis o que se passa: um trabalhador por conta de outrem que assine um contrato de trabalho, após a nova medida entrar em vigor, vai ter um salário mais baixo. Porquê? Porque a empresa que o contratar vai reflectir o novo custo - a contribuição para o fundo das compensações em caso de despedimento - na remuneração mensal do colaborador. Isto significa, na prática, que os cidadãos financiam uma espécie de imposto, disfarçado pelo nome "contribuição patronal", para cobrir parte dos custos do seu eventual despedimento. O "desconto", como a ministra Helena André disse, sai da massa salarial. Se os trabalhadores se reformarem, ou mudarem de emprego, a dita "contribuição patronal" - repercutida no salário - regressa à empresa. Genial, não é? "
por Carlos Ferreira Madeira, Publicado no I de hoje

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

The Definitive Depp


A Vanity Fair deste mês vem com um artigo bem quente para aquecer este Inverno. Johnny Depp em retrospectiva. Folheie-o na pausa do café e alegrou-me logo o dia chatérrimo que tive. Não é por acaso que este senhor é um consenso entre as mulheres!
Odeio falar de trabalho durante a hora de almoço . Odeio colegas que adoram fazer intrigas, falar mal deste e daquele e comentar tudo com uma segunda intenção. As alarmistas, as exageradas. As chatas. As maldosas. E onde eu trabalho só há gente desse género: 4 belas espécimes femininas no seu pior. Não podia estar mais ansiosa por Março!

Já irritam

As notícias e os alertas vermelhos e amarelos por causa do frio. Os termómetros vão baixar até aos 3 graus?! Uau! Não será normal visto estarmos em Dezembro!? Ode às hipérboles!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Work

Eu entrei no meu trabalho actual um bocado por acidente. Concorri para uma vaga em comunicação, fiquei feliz da vida quando passei os testes todos mas, no final da avaliação, de facto, na última entrevista de todas quando me fizeram a típica pergunta de "onde se vê daqui a 5 anos"? - como eu odeio essa pergunta, mas por ser esperada já tenho uma resposta-tipo - e eu comecei a debitar previsões foi-me informado que a vaga para a qual eu pensava que estava a concorrer até ali já não estava disponível. Assim. E logo de seguida, sem dar tempo para pensar sequer perguntam " ainda está interessada?" pois, já que estou na entrevista final e passei a enormidade de provas que me fizeram, pois que remédio, estou interessada porque não tenho mais nada em vista, mas que rude golpe não ser na minha área! Bem vistas as coisas não tudo é mau claro! Pela primeira vez na vida tenho um contrato de trabalho, com seguro de saúde, subsídio de Natal, férias e ainda ganhei mais uma experiência internacional, o que é sempre bom para quem pretende voltar a trabalhar no estrangeiro. Mas isto não é, de todo, aquilo que quero fazer a vida inteira. Não sou uma pessoa de números, de detalhe e pormenor, de procedimentos. As minhas colegas dizem que vivo no mundo da lua, o que é verdade, porque o que gosto de fazer é criar, não seguir procedimentos e olhar aos mínimos detalhes que me passam ao lado.

Por isso vou esperar para completar um ano de trabalho - em Março - para começar a enviar Cvs, e entretanto tentar investir em mais formação relacionada com o que de facto gosto. Jornalismo é cada vez mais um sonho distante, especialmente da maneira como o experimentei no JN, onde fazia reportagem diária e os dias nunca eram iguais. Foi há tanto tempo já, mas sei que era boa no que fazia e era algo que me deixava feliz, e não posso dizer isso dos últimos trabalhos que tive. A verdade é que é muito difícil viver do Jornalismo, ainda para mais de imprensa, que é o que me faz vibrar. Mas se deixar cair este quase impossível sinto que perco por completo a minha identidade. And I can´t have that.

sábado, 11 de dezembro de 2010

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Como uma semana pode passar a voar


Cafés e conversas com amigos, caras conhecidas e afáveis que não via há demasiado tempo. Poder ter, finalmente, mais do que conversas de circunstância. A cidade fria a chamar o Natal. A lareira todas as noites, o sofá da sala. O alpendre. O meu quarto tão grande e tão cheio de mim, todos os meus livros, cd`s, roupas reunidas...a minha parede de postais de todos os sítios onde já passei. Sentir-me bem, em paz, sentir-me em casa. Ver filmes com tempo, não usar relógio. Deitar tarde, dormir até tarde. Afagar o meu gato, cozinhar com gosto porque não sou a única pessoa que vem para jantar. Ler. Ter tempo para escrever. Abrir baús com calma para me perder nas minhas recordações. Relembrar quem sou e o que quero. Ter tempo. Tempo para mim, para descobrir novas músicas e filmes, para me pensar, para me recuperar. Ouvir música. Cantar a plenos pulmões sem medo dos vizinhos. Comer uma tablete de chocolate inteira sozinha e sem remorso, só porque estou de férias e mereço e porque estou no sofá enrolada numa manta e desde Abril que não passo tempo num sofá. Dançar descalça no chão de madeira. Conduzir. Cantar junto com o rádio do carro enquanto carrego no acelerador. Fazer a árvore e lembrar-me que gosto desta época e não tenho porque não gostar este ano. Porque ainda sou eu aqui, inteira, plena e com todas aquelas coisas essenciais que me compõem. Lembrar-me de quem era e que não mudou assim tanto. Entrar de novo na minha própria rota e fazer as coisas apenas por mim. A partir de agora serei eu mais egoísta e individualista. Até estar forte como dantes. Forte como ninguém, ninguém, vai conseguir alterar.

Porque não senti falta do meu trabalho nem tenho a mínima vontade de regressar

Passei a semana inteira a receber sms e e-mails de uma colega a relatar as peripécias de trabalho durante esta semana. Muito zelosa a minha colega, certo? Mas primeiro que tudo, eu não perguntei nada quem quero saber das intrigas que por lá continuam, segundo não gosto de abrir a minha caixa de email e deparar-me com um mail diário a descrever as invejas, bocas e ataques pessoais daquela equipa. Não fosse por essas intromissões nem o trabalho nem as colegas me teriam passado uma única vez pela cabeça durante esta semana. Se saísse de lá hoje não olhava para trás. Ainda tenho esperança de um dia tirar prazer do meu ganha pão e, mais e igualmente importante, sentir falta das pessoas.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Finalmente cheira a Natal cá em casa




















Este ano ando sem grande espírito natalício, que costume ser a minha época preferida do ano. Ainda não comprei um único presente, não tenho ideias nem vontade de ir atrás de presentes e para fazer a árvore este ano demorou mais do que o normal. Mas aqui está ela finalmente. E como sabe bem estar em casa!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Just how much is enough?!

100 livros para ler antes de morrer

A lista foi roubada á Marianne, e não sei onde ela a foi buscar, mas até agora li 16 dos 100 livros e dos que li gostei de todos, uns mais do que outros, claro. Mas há livro que adorei e não está aqui e não sei se o Diário de Bridget Jones poderá ser considerado um dos 100 livros a ler antes de morrer. Mas as listas são sempre subjectivas.

1 Pride and Prejudice - Jane Austen
2 The Lord of the Rings - JRR Tolkien
3 Jane Eyre - Charlotte Bronte
4 Harry Potter series - JK Rowling
5 To Kill a Mockingbird - Harper Lee
6 The Bible
7 Wuthering Heights - Emily Bronte
8 Nineteen Eighty Four - George Orwell
9 His Dark Materials - Philip Pullman
10 Great Expectations - Charles Dickens
11 Little Women - Louisa M Alcott
12 Tess of the D’Urbervilles - Thomas Hardy
13 Catch 22 - Joseph Heller
14 Complete Works of Shakespeare
15 Rebecca - Daphne Du Maurier
16 The Hobbit - JRR Tolkien
17 Birdsong - Sebastian Faulk
18 Catcher in the Rye - JD Salinger
19 The Time Traveler’s Wife - Audrey Niffenegger
20 Middlemarch - George Eliot
21 Gone With The Wind - Margaret Mitchell
22 The Great Gatsby - F Scott Fitzgerald
24 War and Peace - Leo Tolstoy
25 The Hitch Hiker’s Guide to the Galaxy - Douglas Adams
27 Crime and Punishment - Fyodor Dostoyevsky
28 Grapes of Wrath - John Steinbeck
29 Alice in Wonderland - Lewis Carroll
30 The Wind in the Willows - Kenneth Grahame
31 Anna Karenina - Leo Tolstoy
32 David Copperfield - Charles Dickens
33 Chronicles of Narnia - CS Lewis
34 Emma -Jane Austen
35 Persuasion - Jane Austen
36 The Lion, The Witch and the Wardrobe - CS Lewis
37 The Kite Runner - Khaled Hosseini
38 Captain Corelli’s Mandolin - Louis De Bernieres
39 Memoirs of a Geisha - Arthur Golden
40 Winnie the Pooh - A.A. Milne
41 Animal Farm - George Orwell
42 The Da Vinci Code - Dan Brown
43 One Hundred Years of Solitude - Gabriel Garcia Marquez
44 A Prayer for Owen Meaney - John Irving
45 The Woman in White - Wilkie Collins
46 Anne of Green Gables - LM Montgomery
47 Far From The Madding Crowd - Thomas Hardy
48 The Handmaid’s Tale - Margaret Atwood
49 Lord of the Flies - William Golding
50 Atonement - Ian McEwan
51 Life of Pi - Yann Martel
52 Dune - Frank Herbert
53 Cold Comfort Farm - Stella Gibbons
54 Sense and Sensibility - Jane Austen
55 A Suitable Boy - Vikram Seth
56 The Shadow of the Wind - Carlos Ruiz Zafon
57 A Tale Of Two Cities - Charles Dickens
58 Brave New World - Aldous Huxley
59 The Curious Incident of the Dog in the Night-time - Mark Haddon
60 Love In The Time Of Cholera - Gabriel Garcia Marquez
61 Of Mice and Men - John Steinbeck
62 Lolita - Vladimir Nabokov
63 The Secret History - Donna Tartt
64 The Lovely Bones - Alice Sebold
65 Count of Monte Cristo - Alexandre Dumas
66 On The Road - Jack Kerouac
67 Jude the Obscure - Thomas Hardy
68 Bridget Jones’s Diary - Helen Fielding
69 Midnight’s Children - Salman Rushdie
70 Moby Dick - Herman Melville
71 Oliver Twist - Charles Dickens
72 Dracula - Bram Stoker
73 The Secret Garden - Frances Hodgson Burnett
74 Notes From A Small Island - Bill Bryson
75 Ulysses - James Joyce
76 The Inferno - Dante
77 Swallows and Amazons - Arthur Ransome
78 Germinal - Emile Zola
79 Vanity Fair - William Makepeace Thackeray
80 Possession - AS Byatt
81 A Christmas Carol - Charles Dickens
82 Cloud Atlas - David Mitchell
83 The Color Purple - Alice Walker
84 The Remains of the Day - Kazuo Ishiguro
85 Madame Bovary - Gustave Flaubert
86 A Fine Balance - Rohinton Mistry
87 Charlotte’s Web - E.B. White
88 The Five People You Meet In Heaven - Mitch Albom
89 Adventures of Sherlock Holmes - Sir Arthur Conan Doyle
90 The Faraway Tree Collection - Enid Blyton
91 Heart of Darkness - Joseph Conrad
92 The Little Prince - Antoine De Saint-Exupery
93 The Wasp Factory - Iain Banks
94 Watership Down - Richard Adams
95 A Confederacy of Dunces - John Kennedy Toole
96 A Town Like Alice - Nevil Shute
97 The Three Musketeers - Alexandre Dumas
98 Hamlet - William Shakespeare
99 Charlie and the Chocolate Factory - Roald Dahl
100 Les Miserables - Victor Hugo

Hoje fiz uma boa acção

Não por minha própria iniciativa mas mais por ter sido apanhada na inevitabilidade de não poder recusar uma amiga, que foi mãe há 3 meses, que me pediu por favor para a acompanhar à primeira sessão de massagens para bebés e ginástica pós-parto. Achou ela que, estando eu de férias, e só por não ter nada marcado para hoje, não devia ter melhor coisa que fazer e era um grande favor que lhe fazia a ela. Então vá, toca a desperdiçar uma tarde inteira numa sala com mais 3 bebés aos prantos. Não sei quantas vezes hoje reclamei entre dentes e olhei o relógio. Aquilo pode ser muito giro pras mamãs e pra quem gosta e tem paciência pra bebés, o que não é o meu caso. E definitivamente não me vejo, nem a médio nem a longo prazo a entrar no clube. A tarde de hoje chegou-me bem para os próximos 5 anos. Gosto muito da minha amiga, mas cuidar de bebés não é definitivamente pra mim.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

1º Mandamento

Não voltar nunca a gostar mais de alguém do que aquilo que gosto de mim mesma. Colocar-me sempre a mim acima de todas as coisas. Não deixar que a compreensão para com outrém seja maior do que o mal que isso me possa provocar a mim mesma.

Wish this wasn´t so very true

It's not a silly little moment
It's not the storm before the calm.
This is the deep and dying breath of
This love that we've been working on.

Can't seem to hold you like I want to
So I can feel you in my arms.
Nobody's gonna come and save you,
We pulled too many false alarms.

We're going down,
And you can see it too.
We're going down,
And you know that we're doomed.
My dear,
We're slow dancing in a burning room.

I was the one you always dreamed of,
You were the one I tried to draw.
How dare you say it's nothing to me?
Baby, you're the only light I ever saw.

I'll make the most of all the sadness,
You'll be a bitch because you can.
You try to hit me just to hurt me
So you leave me feeling dirty
Because you can't understand.

We're going down,
And you can see it too.
We're going down,
And you know that we're doomed.
My dear,
We're slow dancing in a burning room.

Don't you think we oughta know by now?
Don't you think we shoulda learned somehow?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Post a secret

Tenho tanto rancor e tanta decepção a crescerem-me no peito, tanta raiva contra o mundo e as pessoas que me viraram a vida do avesso, que não temo por elas mas por mim, de tão negra que me estou a tornar.

Férias!

Finalmente e durante uma semana. Este vai ser o primeiro ano desde há muito tempo que não vou ter férias de Natal. Aliás, este vai ser o primeiro ano desde à muito tempo que não tenho várias coisas que antes apenas estavam lá e faziam a época ter sentido. Neste momento, quase nada faz sentido na minha vida, desde o meu trabalho à cidade onde vivo, ás pessoas que perdi. Estou a precisar de regressar a casa e organizar-me, redefinir objectivos, encontrar um caminho por onde possa ir. Neste momento sinto-me encurralada nas circunstâncias. A vida que tenho hoje é resultado do caminho que comecei a perseguir à um ano atrás e que deixou de ter qualquer razão de ser desde que imprevistos vários entraram de permeio. Sei que me sinto a sufocar aqui e que se ficar nisto demasiado tempo, especialmente sem um objectivo de fundo, sem uma porta de saída, irei apenas definhar

Mais alguém acha isto vergonhoso?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Princípe da Pérsia



Confesso: vi este filme e gostei. Bom entertainment. Ainda que pensado para as massas e a premissa que é demasiado mística, o filme está bem conseguido, com momentos de tensão, romance e comédia nos sítios certos. Depois, os protagonistas também foram bem escolhidos, especialmente os abdominais do Jake Gyllenhaal!
E sim, a menina que aparece na segunda foto é a morenaça do filme!

Já aqui falei do ambiente no trabalho, que não é dos melhores. Ora eu faço parceria com a Miss perfeição. Ontem fui trabalhar e ela tendo, tendo eu ficado encarregue de tratar dos assuntos pendentes dela. Hoje, quando chegou ficou do outro lado da mesa a perguntar, uma a uma o estado das coisas. O que até não teria mal, não fosse o tom inquisitivo. Como não consegui encontrar nada que estivesse mal, e porque tinha que implicar apenas, pegou num telefonema que não fiz a um dos clientes, porque a meu ver não tinha que o fazer, na óptica dela e pela maneira como ela trata o cliente, tinha que o ter feito. Naquele tom autoritário de quem gosta de mandar nos outros.

Nisto, a colega do lado, que se apercebeu, começou a comentar comigo pelo instant messenger da empresa, o feitio da menina e não foi difícil pormos-nos de acordo sobre a personalidade da dita. Só que, distraída como sou, e como a boca muitas vezes - e o inconsciente - nos fogem para a verdade enganei-me e enviei mensagem directa para a dita cuja. Não é tarde nem é cedo. Caugh in the act, admiti que sim, estava a falar dela, como ela muitas vezes fazia o mesmo com a amiga do peito, com a única diferença que ainda não tinha caído no mesmo lapso que eu. E expliquei-lhe o porquê. Ao que ela deixou de argumentar e se recusou a falar ao vivo - isto foi tudo passado por escrito. - quando se lembrou de mandar uma boca e eu lhe sugeri que se tinha qualquer coisa a dizer não era ali, era depois do trabalho. Uma mulher de 29 anos a comportar-se como uma criança. É claro que o ambiente agora ainda está pior porque foi está declarado, mas a partir de agora também não tenho que me conter quando quiser dar a resposta que acho que ela deve ouvir. Até aqui não o fiz muita vez por não querer piorar as coisas, agora já não há essa necessidade nem eu preciso de fingir uma simpatia aparente. Às vezes acho que não devia ter nascido mulher, porque não tenho perfil para elas novelas das 7h.

Sobre o wikileaks

Um dia depois da suposta fuga de informações reveladas no site, a notícia deixou de ser menos sobre essas informações mas mais sobre as questões da liberdade de informação na internet. Começo a achar que tudo isto não foi mais do que uma manobra para vir a ser possível censurar os conteúdos da internet. A CIA não iria desvendar informação se não quisesse, por muito bom que seja este pirata informático australiano que anda agora " em parte incerta" porque procurado pela polícia. Pois, pois...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"The moon was lusciously ripe and full"

Li esta frase e pensei que nunca li a lua descrita de uma tal maneira. Madura! Luxuriante e madura. Ora que bela expressão! Sublinhei a frase como faço sempre que gosto de uma passagem - sim, eu sou daquelas que são capazes de riscar os livros de alto a baixo, gosto de viver nele, apropriar-me dele enquanto o leio. Depois comentei com entusiasmo esta expressão com outra pessoa que, como a generalidade das pessoas, não se deixa levar com facilidade por uma frase nem vê qual a maravilha naquilo. Não sei se por ter estudado semântica ou ter estado sempre ligada às letras, mas de cada vez que as palavras se me abrem num caminho antes desconhecido com novas possibilidades, sou capaz de coisas destas, ridículas aos olhos dos outros, que é ser capaz de ir comentar maravilhada o facto de a lua poder ser madura e eu nunca me ter apercebido.