segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Se há coisa para a qual não tenho talento é para ficar sentada o dia inteiro, dias sucessivos agora desde há pelo menos umas duas semanas, sem nada para fazer. Mas absolutamente nada!
Há colegas que lêem os procedimentos vezes sem conta, há outras que organizam o arquivo o dia inteiro. Eu, depois de fazer isso na segunda-feira, por exemplo, não consigo voltar a fazer na terça, quarta e por aí fora. Não consigo fingir que trabalho ou não ter cara de entediada quando estou de facto. Por isso já não me importo que os chefes passem e eu tenha as páginas da internet abertas.

Se este ritmo de pasmaceira se mantiver acho que dou em maluquinha.
Ainda para mais temos um sistema de picar o ponto que não permite nem um minuto a menos nas 8 horas diária que temos que cumprir. Sinto-me parte do grande processo de estandardização de Ford! Temos clientes, nos países do Norte da Europa, que entram ás 8h da manhã mas saem ás 15 horas. Países com muito mais produtividade que Portugal. Não será este um factor importante? Aliás porque é que em França a mesma empresa tem uma política de 7 horas de trabalho, e aqui é uma hora a mais? Não me importo de ficar mais tempo quando o trabalho o justifica, mas quando o volume é quase inexistente, agradecia que me deixassem ir embora pois sinto-me a cumprir uma pena. Para piorar, o ambiente em Lisboa é bem pior que em Paris, não há a mesma camaradagem nem pausas para café de antes. Tens mesmo de ficar caladinha na secretária a fingir estar ocupada com algo. E eu tenho uma vocação péssima para esse tipo de trabalho. Que é também o tipo de trabalho que te deixa com atrofios musculares da horas agarrada ao rato.

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