Eu entrei no meu trabalho actual um bocado por acidente. Concorri para uma vaga em comunicação, fiquei feliz da vida quando passei os testes todos mas, no final da avaliação, de facto, na última entrevista de todas quando me fizeram a típica pergunta de "onde se vê daqui a 5 anos"? - como eu odeio essa pergunta, mas por ser esperada já tenho uma resposta-tipo - e eu comecei a debitar previsões foi-me informado que a vaga para a qual eu pensava que estava a concorrer até ali já não estava disponível. Assim. E logo de seguida, sem dar tempo para pensar sequer perguntam " ainda está interessada?" pois, já que estou na entrevista final e passei a enormidade de provas que me fizeram, pois que remédio, estou interessada porque não tenho mais nada em vista, mas que rude golpe não ser na minha área! Bem vistas as coisas não tudo é mau claro! Pela primeira vez na vida tenho um contrato de trabalho, com seguro de saúde, subsídio de Natal, férias e ainda ganhei mais uma experiência internacional, o que é sempre bom para quem pretende voltar a trabalhar no estrangeiro. Mas isto não é, de todo, aquilo que quero fazer a vida inteira. Não sou uma pessoa de números, de detalhe e pormenor, de procedimentos. As minhas colegas dizem que vivo no mundo da lua, o que é verdade, porque o que gosto de fazer é criar, não seguir procedimentos e olhar aos mínimos detalhes que me passam ao lado.
Por isso vou esperar para completar um ano de trabalho - em Março - para começar a enviar Cvs, e entretanto tentar investir em mais formação relacionada com o que de facto gosto. Jornalismo é cada vez mais um sonho distante, especialmente da maneira como o experimentei no JN, onde fazia reportagem diária e os dias nunca eram iguais. Foi há tanto tempo já, mas sei que era boa no que fazia e era algo que me deixava feliz, e não posso dizer isso dos últimos trabalhos que tive. A verdade é que é muito difícil viver do Jornalismo, ainda para mais de imprensa, que é o que me faz vibrar. Mas se deixar cair este quase impossível sinto que perco por completo a minha identidade. And I can´t have that.
Acho que fazes muito bem. Não percas o sonho de vista,merece sempre a pena continuar a lutar pelo que se gosta.
ResponderEliminarForça nisso!