sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Alguém me explica porque é que fazem sondagens fora da época eleitoral?! Se ainda agora o PSD chegou ao governo, porque é que andam a desperdiçar tempo, dinheiro e espaço de imprensas nestas tretas?! Terá alguma utilidade que não causar mais discussão política e alimentar as empresas de sondagens?! Comecem a cortar aí, que tal?

Sobre o Ryan Gosling







Alguns factos encontrados no IMBD.


Is an accomplished jazz guitarist and a fan of Chet Baker; started a band with his friend Zach Shields called Dead Man's Bones.

Built the kitchen table featured in The Notebook (2004) in preparation for his role as Noah.

Was named one of People Magazine's 50 Hottest Bachelors [2004]

Purchased the Jeep Cherokee driven by Ben Chaplin in Murder by Numbers (2002) from the set of the movie.

Favorite movie is East of Eden (1955)

In school, his nickname was Trouble.

Took his mother and his sister to the Oscars in 2007.

Traveled to Chad in 2005 to make a documentary on the Darfur refugees living there.

O homem toca guitarra, canta, gosta de jazz, é capaz de ser carpinteiro, é um rapaz de família, um humanista, um pedaço de mau caminho. E um Romântico. Vejam lá esta citação:

"I mean, God bless The Notebook (2004), it introduced me to one of the great loves (Rachel McAdams) of my life. But, people do Rachel and me a disservice by assuming we were anything like the people in that movie. Rachel and my love story is a hell of a lot more romantic than that."

Mas porque é que homens como este não crescem nas árvores? Aliás, porque é que nos meus 28 anos de vida ainda não encontrei um espécimen assim tão, vá, completo!!

Qual Brad Pitt ou Clooney, eu por este ia a Hollywood e virava stalker

Crazy Stupid Love


Fui ver este filme com alguém que estava à espera de uma completely feel good comedy, e não com uma comédia romântica a puxar o melancólico e que te deixa a pensar. A outra pessoa em questão gostou, eu gostei muito!! Porque me fez sorrir, me divertiu, mas sobretudo porque me fez pensar.

Algumas constatações:
O Kevin Bacon está velho.
O que faz o Kevin Bacon num papel tão secundário?!
O Steve Carrel pode ser sexy se bem vestido.
A roupa e apresentação, junto com uma boa dose de confiança faz toda a diferença num homem.
A Emma Stone tem uns olhos azuis que enchem o ecrã. Linda que só ela, bitch!
O miúdo de 13 anos é delicioso .
Mas sobretudo, sobretudo, Ryan Gosling, meu Deus! Onde o homem entra rouba a cena por norma. Mas neste filme, eu posso dizer que se me aparecesse um tipo daqueles num bar e me dissesse " let´s get out of here" eu ia, e ia sem pensar duas vezes e com a sensação , como lhe diz a personagem do Steve Carrel, de achar que era a maior sortuda do mundo por dormir com um homem daqueles!

Quanto ás almas gémeas, não estou tão certo que existam, mas concordo que quando é um grande amor se deve lutar por ele até ao fim. Ide ver, recomenda-se.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Podia ser o homem ideal

É médico e ofereceu-se para me passar a roupa a ferro. Diz aliás que gosta de passar a ferro! É só pena não ser o meu tipo. É nestas alturas que eu gostava de ser menos exigente, mas acho que já não vou lá.

domingo, 25 de setembro de 2011

One day

Não li o livro que todos falam. Mas fui ver o filme impulsionada pelo trailer e pelos actores que gosto. Gostei mas achei tão triste caramba! A prova de que quando duas pessoas gostam uma da outra podem, ainda assim, andar a vida toda desencontrados. Ficou-me esta frase na cabeça " Eu Amo-te. Mas já não gosto mais de ti". Há um ano atrás talvez isto não fizesse sentido nenhum, hoje percebo-a de imediato.

Lisboa






sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Outono








Começa hoje. A estação das folhas multicolores, das castanhas assadas, dos primeiros casacos de malha sobre a pele, das tardes de sábado passadas a beber chá ou chocolate quentes. Scones quentinhos com manteiga, pastéis de Belém com cariocas de limão. Mantas no sofá e um filme de domingo à tarde. As primeiras chuvas e o périplo pelas lojas para encontrar mais umas botas que goste. Um novo casaco.

Nunca nenhum Outono ( sim, o nome das estações do ano para mim vai ser sempre escrito em maiúscula, não me venham falar do acordo ortográfico) me soube melhor do que aquele que passei no Luxemburgo, em que visitei Saarbrucken no pico do Outono, Metz, Trier. As cores lá são mais intensas, cheira mais a terra húmida e o espectáculo das árvores lá nada tem que ver com aqui. Nunca nenhum Outono me soube tão bem como aquele dia em que corremos no parque em Metz, o chão coberto de folhas, nós a tirar fotos com as estátuas, encasacados, felizes. Ou a tarde passada em Saarbrucken, o esplendor daquele parque imenso, as cores que nos entravam alma adentro, o autocarro em que viajámos à borla só porque sabíamos falar francês numa terra em que todos falam alemão e o condutor pode conversar um pouco enquanto nos levava. O apple struddel com cappucino que nos aqueceu o corpo faminto.

Depois disso o Outono em Lisboa, na casa em Alvalade, as tardes no sofá com guloseimas, o jardim do Campo Grande a mudar e nós sentados nos bancos a ler o jornal ao domingo. Os domingos na esplanada do CCB a aproveitar um sol mais débil. O cheesecake do starbucks. O teu casaco preto, comprar-te cachecóis só para to pedir emprestado quando eu deixava o meu em casa. O bafo de fim do dia quando o frio se cola à respiração e se trocam beijos de nariz enregelado. Os Outonos são épocas felizes, só o de 2010 não foi. E, ainda que este ano me custe despedir do verão que me soube tão a pouco, este equinócio que hoje começa e que dá origem a mais um recomeço há-de ser feliz de novo. Com as memórias passadas guardadas no sítio onde as memórias pertencem. Eu nunca vou deixar de me sentir "abençoada" pela história que foi. Não é o passado que lamento. Agora, sobretudo quero poder olhar em frente e acreditar, conseguir viver com o mesmo entusiasmo de quando a vida era mais fácil, ou parecia mais simples. Porque no fim de contas, as árvores, os doces, as cores, continuam lá. E eu só preciso de querer ser feliz.

É nestas alturas que me dou conta que é mesmo verdade

As mulheres conseguem ser umas verdadeiras cabras umas para as outras. Mas mesmo! E muitas nunca saem do liceu, tenham a idade que tenham, continuam a pensar como se tivessem 15 anos e andassem em competição pelo gajo giro da turma. E hoje foi um balde de água fria. Não tenho nenhum grande amigo homem, mas queria!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Hoje é o dia europeu sem carros. Diz que Lisboa também aderiu.
Eu não dei por nada, continuam centenas de carros a passar aqui ao lado.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ando numa de citações

«É um erro o luto por aquilo que não foi. Melhor é chorar o que poderia ter sido. Temos de viver já.»

Miguel Esteves Cardoso, no Público

Este tipo parece meio palhaço mas bem que percebe da coisa

Não percebo porque é que "amo-te" se escreve desta forma: amo-te! Quando deveria ser desta: amote. Amo-te não deveria ter hífen ou tracinho, como se costuma dizer. O amote de que falo, este, não deveria ter espaço, para que nenhuma letra respirasse, para que ficassem ali as letras apertadinhas de forma a não caber mais nenhuma. Porque a verdade é que, quando se ama alguém, não cabe mais ninguém ali. Porque não há espaço. Porque as letras estão literalmente sufocadas por essa palavra que se deveria escrever apenas e só assim: Amote. Daqui!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive. "

Fernando Pessoa

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Odeio morar em apartamentos

Especialmente em dias como este, 22h20 e uma vontade gritante de poder escutar a minha música no volume que me satisfaça. E as restrições deste espaço de caixote em cima de caixote não mo permite fazê-lo à hora que eu quiser. Nem o volume da música nem da minha própria voz. Eu canto. Canto muito. Posso ter algum jeito com as melodias, mas canto só para mim. Canto sobretudo em noites como as de hoje, em que estou zangada e triste, não sei qual dos dois sentimentos o maior. Canto a plenos pulmões e ajuda-me, é terapêutico. Muitas vezes dizem-me "andas muito bem disposta", só de ouvirem cantar. Pode ser. Mas na maior parte das vezes é de tristeza, para espantar a tristeza a bom ver, as dores do crescimento, os desapontamentos de tanta vida mal vivida ou que apenas não corre como o esperado.

Vivi a maior parte da minha vida em casas, sem vizinhos do lado, mesmo em Coimbra enquanto estudante. Nisso fui uma privilegiada. E nunca, por mais que viva assim, me hei-de habituar a gaiolas.

Nunca falha

-não queres que seja feliz?
só não te queria perder.
-mas eu sou feliz contigo.
-o mundo não me vai separar de ti.
mas também não te irias separar do mundo.
-competir com o mundo é ingrato, sabes.


gostar de ti era ingrato, acabavas de me dizer. querer demais era ingrato. e não havia nada a fazer. o mundo é grande demais para mim. o amor faz-te pensar que o consegues segurar nos ombros, mas depois as lombalgias acabam por chegar. e o mundo vence-te - quase - sempre. o problema é quando não consegues vencê-lo nem te queres juntar a ele. o problema é exactamente.esse.


De Mais uma Bola de Sabão. Não fossem textos escritos por pessoas diferentes e diria que há alguém por aí com exactamente com a mesma história que eu. Mas afinal, um coração partido ou um amor destruído é igual em todas as línguas.

Esta música é deliciosa, não acham?


De uma simplicidade desarmante, um pouco saloia até, mas é tão, tão bonita! Não me canso de a ouvir. Parabéns à música portuguesa que ainda me surpreende sempre.

“Começamos a entrar na idade em que as coisas se vão perdendo”

Esta frase é do Jorge Vaz Nande, neste post aqui. Leio-o e penso, mais uma vez, depois destes anos todos, "acertas de novo".

Reencontrei-o através do facebook e conheci-lhe o nome antes do rosto, diferente do que me lembrava.
Guardo os recortes daquela "A estrada Curva", a crónica da última página da Cabra, lado esquerdo do layout. Era a primeira coisa que lia naquele jornal universitário. Sentada nas cadeiras verdes do Tropical, a regatear trocos com o sr. Madeira. Sabia-o a cursar direito e tinha uma secreta inveja de um estudante de direito poder escrever assim. Eu, a cursar jornalismo, não escrevia assim. Parecia-me contra-natura. Na verdade, um jornalista tem que ser factual, objectivo, claro, curto, conciso, os três preciosos c´s. E eu gosto desse tipo de escrita, mas para "trabalhar". Para mim mesma, para me emocionar ou fazer pensar gosto de pessoas que escrevem assim.

Como disse, guardei os recortes daquela crónica que mais me tocaram, e soube que foi editado um livro com o mesmo nome da rubrica. Mas com o tempo perdi-lhe o fio à meada. Por isso foi bom reencontrar de novo esta escrita sensível e sarcástica. Tal como foi bom de ver que o estudante de direito largou a jurisprudência para se dedicar ás artes e é hoje guionista de uma empresa de produção cinematográfica em São Paulo, no Brasil.

Nunca o conheci pessoalmente, só de vista, mas agrada-me ver vidas que se cruzaram brevemente com a minha tomarem rumos inimagináveis ( ou não, porque na verdade nunca o imaginei como advogado). Quantas vezes faço este exercício de imaginar o que será a vida daquela pessoa dali a x tempo?! E quantas vezes esses cenários imaginados correspondem às expectativas?! Quase nunca não é? Por isso é que é bom de saber...porque, em última análise, faz acreditar a nós mesmos, que tudo o que um dia imaginamos, na inocência daqueles 18 anos, ainda é possível de ser alcançado.


Já não meto os pés no ginásio vai para quase um mês e meio. Com as férias em Agosto suspendi a coisa até Setembro mas agora estou acometida de uma crise aguda de preguicite e o meu prazo já se alargou para Outubro. Não sou pessoa de ir ao ginásio nem de manhã cedo, nem à hora de almoço que desfaleço com a fome, vou sempre ao final da tarde. E, com este verão tardio que tem estado, depois de 9 horas num escritório, apetece é ir passear ao sol e não voltar-me a enfiar numa sala. Ontem calcei as sapatilhas e fui para uma corrida/caminhada à beira rio. E que bem que se esteve! Até o tempo o permitir, gostava de conciliar as duas coisas, porque a verdade é que o ginásio me oferece outros exercícios que não ganho só da corrida, nomeadamente reforço de costas e alívio das potenciais tendinites por causa do computador. Foi esse o motivo que me levou a entrar em primeiro lugar e depois desta pausa vejo que é mesmo essencial continuar, senão todos os dias ganho dores musculares da má postura e de passar muitas horas sentada. Se eu soubesse aos 18 anos que ia ter um emprego assim sedentário não teria acreditado.

P.S. A vantagem de se ir correr à beira rio é que acaba por se encontrar uns belos espécimens do sexo oposto, de um género que ainda não tinha visto no ginásio. E que bem sabe aliviar a vista depois de tantas horas em frente ao computador!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Tinha férias em Outubro, estavam a meros 15 dias de distância e, com o feriado de dia 5 pelo meio, ainda ganhava um dia extra. Era bom, não era?!

Era! Estavam marcadas desde Março mas foram canceladas pela minha "gerência" porque estes me resolveram dar um novo cliente - sem me perguntarem nada que nisto não tenho voto - e, sensível e indefeso como é, não podia ficar sem a account logo nos primeiros dias da mudança. Foram-se as minhas férias e tenho a certeza que se me irá a paciência em breve, este é o cliente dos infernos que todos mimam porque rende milhões à casa. Já eu, que o vou aturar, atender os telefones, levar com os gritos, as milhentas perguntas, que tenho as férias canceladas , aufiro um parco, magro salário. Há coisas tão injustas nesta vida não é?!

Micocas - Homemade Emotions

Para quem gosta de artesãos, de pessoas com ideias criativas, que arriscam um conceito, um passo em frente e que cozinham bem! :) Numa época em que cada vez mais se regressa ao orgânico, ao essencial e ao único por oposição ao modelo ford de série, visitem. Vão gostar!

Mar, andei desaparecida uns tempos, a tentar encontrar-me. Mas estou de volta, mais eu mesma. Um beijinho.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Coincidências

No quem quer Ser Milionário de hoje está a dar um senhor - que é arquitecto - com a mulher - também arquitecta - com quem eu passo a vida a cruzar-me em Lisboa, nomeadamente num dos dias do Festival ao Largo, em São Carlos e no concerto da Joss Stone, ( sim, no meio daquela montanha de gente) além de num outro dia na baixa, em plena rua. Se o rapaz fosse solteiro e o meu tipo ainda diria que queria dizer alguma coisa, mas assim....
Fui agora mesmo meter o lixo fora, mini-short e t-shirt de alças, a cantarolar o imagine do John Lennon que estava a passar na rádio. Normalmente não apanho ninguém no caminho, hoje, do nada esbarrei num vizinho que me causou um tremendo susto porque não ouvi ruído algum e não estava à espera quando me voltasse estar ali alguém. Dou um salto tão grande que ele me olha com um ar espantadiço mas lá diz "Boa noite" e eu só balbuciei um "Desculpe" e virei costas envergonhada a pensar porque que é que quando me atrapalho sou tão desastrada.

Foste de boa a magra

Foi esta a boca que ouvi hoje de um menino lá do trabalho, assim, sem pudor! Eu sou mais para o petite mesmo, mas acho que fico bem com 52 kgs. Ora, as últimas semanas ( meses) têm sido de stress e problemas a dobrar. E se eu já pesava 50 kgs, este semana perdi mais 2, assim sem me dar conta. Portanto, contabilizo uns 48 kgs ( há uns 4 anos atrás pesei 46kgs e o meu pai, que não é nada de se preocupar, andava sempre em cima de mim porque achava que andava anoréctica). Como vêem eu não preciso de dieta para nada, basta darem-se assim uns stressizitos que posso comer tudo o que quiser e emagreço!! Oba não? Not! Entre magra e boa, como ele disse, prefiro estar boa mesmo. Portanto bora lá voltar às aulas de Tai chi e pilates para relaxar, que eu gosto mais de receber elogios e de me sentir com curvas ao invés de ossos.

domingo, 11 de setembro de 2011

Quando é que se calam com esta história do 11 de Setembro?! Andam há uma semana a falar no aniversário dos 10 anos. Hoje é o aniversário dos 10 anos, mas falaram disso durante mais de 8 dias. Eu lamento o que aconteceu em NY, mas e então e o genocídio no Ruanda, a fome na Somália, as centenas de palestinianos mortos? Basta não serem ocidentais para lhes negarmos a mesma atenção, ou não terem petróleo para não merecerem ser salvos. Foi muito mau, mas já passou, já lá vai uma década. Now shut up about it!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

La Tortura

A pior sessão de depilação de cera a que já fui. Aqui num sítio xpto que acabou de abrir perto do Centro comercial Vasco da Gama. Nas mãos de uma menina que quase me arrancava a pele, bruta que ela só. Até pode ser mais barato, mas há coisas que não compensam o sofrimento.

Aproveitando o facto que estou a falar de temas mais femininos, meninas, aconselham algum sítio onde se fazem boas massagens, de preferência com óleos, no centro de Lisboa?!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Tenho a certeza de que um dia foste tudo para mim. O meu amor grande, o meu mais que tudo, o que nunca me deixaria cair, aquele, o tal! Os meus amigos diziam que era perfeito demais, a maneira como se dedicava poemas, músicas, como se roubava flores dos canteiros só porque sim.
A princípio foram as palavras, enviadas numa caixa. Sempre as palavras. No fundo eu sou uma fácil. Basta ele ter um olhar perdido e profundo, que se afunde nos meus olhos, mas sobretudo que escreva bem. Se souber manusear bem as palavras estou tramada!

Depois foi a delicadeza, a maturidade daqueles 19 anos. Meu Deus, éramos tão novos! A atenção, o olhar deslumbrado, as pequenas coisas que são tudo, os nadas aos quais sabíamos dar valor como ninguém. E passámos por tanta coisa, apenas para nos fortalecer. Contigo eu aprendi a sermos um só, aprendi a saber o que quer dizer de facto não estar sózinho, mesmo quando estamo a milhares de quilómetros de distância. Não tenho de que me queixar daqueles anos. Tu foste o melhor companheiro que podia desejar. E fizeste-me tão feliz quanto eu a ti.

Mas há muito, muito tempo que eu olho e olho à procura de algo em ti que me deixe entrever um vislumbre daquele homem que já foste para mim. Tanto tempo depois e ainda não acredito que já não estás aí, que essa pessoa como que morreu, ou cresceu apenas. Custa demais aceitar que alguém possa mudar assim, que por mais que se viva nunca conhecemos realmente ninguém. E tu, que eras meu amigo também, agora nem a amizade podemos conservar. Não tens pena?! Não te dói? Porque eu não consigo ser amiga de quem não gosto, com quem não tenho nada em comum, nem pontos de vista, nem personalidade. E a verdade é que as minhas opiniões, a minha essência, continuam a ser as mesmas. Eu não mudei.

E pouco há a fazer, mesmo quando pedes ajuda, mesmo quando talvez a tua ajuda já só esteja em medicamentos que te colem inteiro de novo., pedaço a pedaço. Gostava de poder ajudar, não penses que me é indiferente ver-te afundar, ver-te definhar, ver-te desaparecer aos poucos. Mas não podemos ajudar quem não está disposto a mexer um dedo para começar. Quem não tem coragem nem bom senso, quem só tem medo e mais nada além dele. E preconceitos. Tantos!

Tens a chave da tua própria prisão e nem te dás conta que hás-de ser um infeliz se continuares assim. Não te dás conta ou não consegues contrariar o facto de que, se te continuares a deixar levar pelo vento, a seu bel-prazer, e por medos que te impedem de viver, hás-de chegar ao fim da vida e tudo aquilo que me disseste ter medo vai ser verdade. E vais-te arrepender, meu bem.
A vida é curta, demasiado curta e não podemos ensaiar e repetir. E dói-me ver-te assim, mas neste barco eu já não consigo estar. Se já não aprendeste até agora...não há mais nada a fazer e eu sei quando perdi a guerra.

Hoje ainda só é terça-feira.

Só hoje comecei a minha semana depois de um fim de semana prolongado. E a única coisa que queria era poder dormir até tarde para recuperar destes 3 dias. Amanhã posso ir de fim de semana outra vez ?!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Setembro

Setembro para mim é o mês dos recomeços, o verdadeiro início do ano. Talvez porque durante tanto tempo assim foi de facto, com mais um iniciar de ano lectivo. Este Setembro eu quero quebrar as amarras com este ano que passou, aproveitar o final do verão, apreciar o início do Outono, que ainda continua a ser a minha estação preferida ( ainda que o calor pudesse ficar cá mais uns tempos) e poder recomeçar no verdadeiro sentido da palavra. A vida são dois dias e eu quero é ser feliz!