Quem me dera, ter um bocadinho da coragem deste menino. Coragem para largar tudo, mas mesmo tudo e partir apenas, sem medo do desconhecido, dos imprevistos, das surpresas guardadas nas esquinas.
Tenho a certeza que no final do caminho vai ter uma vida muito mais preenchida do que a minha. E só esse facto devia ser o suficiente para fazer como ele: eu não gosto do meu trabalho, eu não tenho nada que me prenda...tenho medo de quê afinal? Da vida? Do mundo? Histórias como esta deixam-me, de facto, a pensar!
Acho que há um apelo irresistível em largar tudo e abraçar o mundo. Acredito que todos temos essa fantasia enraizada em nós, mas poucos seremos capazes de o fazer.
ResponderEliminarSe virmos o percurso do rapaz, ele sempre viajou, nunca fez questão de condições espetaculares (há muita gente que se recusa a ficar em hostels e hotéis chungas), teve experiências de estudo e trabalho no estrangeiro e, há que ver, ele tem inteligência acima da média (alguém que começa em matemática, passa pela arquitectura e constrói um prédio, e que vai para a bioquímica com bolsas atrás de bolsas) e as oportunidades surgem com facilidade. Ele está numa posição privilegiada para sentir que o mundo é a concha dele.
Claro que as oportunidades podem surgir para todos, estão abertas para todos, mas ele está numa boa posição um bocadinho melhor que as nossas para arriscar (provavelmente quando quiser assentar terá algo estável à espera, coisa que muitos comuns mortais não têm).
O que acho mais notável nesta notícia é que este rapaz é alguém que poderia ter a oportunidade de progredir e enriquecer, mas que dá prioridade aos valores humanos e demonstra grande humildade.
Analog, sabes, tens razão. Este tipo pode ser tudo o que quiser e não será toda a gente que consegue ter a cabeça que ele deve ter. Será mais fácil para ele voltar da viagem e "arrumar-se" na vida! Mesmo assim, exemplos destes são inspiradores e fazem-nos querer não pensar muito e apenas dar esse leap of faith. Acho que é a idade que nos torna mais amedrontados, a pesar tudo...é normal suponho...mas por vezes sinto falta de quando era mais destemida e inconsequente.
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