segunda-feira, 17 de outubro de 2011

10 anos de amor

Este título é enganador, porque não fala de celebrações do amor, mas do seu término. Assusta-me a facilidade com que as relações se desmoronam. Podem ter mais de uma década de vida em comum, casa conjunta comprada há dois anos, cão, e nada disto impede que se possa jogar tudo fora, de um momento para o outro. Foi o que aconteceu a um casal amigo, soube este fim-de-semana e não consigo não me sentir triste e desalentada, por eles, por este desfecho que, acho eu, ninguém previa. Mas fico triste por mim mesma também, porque afecta, mais uma vez, a ideia que tenho do amor ou das relações humanas.

É mais um exemplo de que não há finais felizes, tudo é apenas eterno enquanto dura e pode terminar de um momento para o outro. E é assustador: como é que se pega os pedaços de tanta vida, tanta vivência em comum, tanto plano? O que se faz à casa? Ao cão?
Custa-me este ter que recomeçar verdadeiramente do zero. A prova provada que não há amor que resista à vida, que por mais apaixonados ou mais planos em conjunto, o mais certo é tudo terminar. Não importa se achávamos que íamos ficar com aquela pessoa para sempre, se éramos um par "role model" que os amigos invejavam. Eu queria ser assim quando crescesse, como eles, ter o que eles tinham conseguido atingir!! É por isso que me chegou como um assombro a notícia de que estavam separados. Lamento pelos dois, que acho que eram muito mais felizes juntos do que vão ser separados, lamento por ele, que sai talvez bem queimado desta história toda ( a ela não lhe conheço a versão dos factos, mas qualquer modo, nada justifica uma traição) E tenho a certeza que ele vai mudar, para pior, e nunca mais vai conseguir ver as coisas com os mesmos olhos. Um amor que corre tão mal, é como uma espécie de acidente de automóvel ao qual sobrevives mas do qual sais sempre com sequelas.

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