sábado, 28 de novembro de 2009

Gripe A

Ouvido hoje no centro de saúde:

Recepcionista ao telefone com a colega de trabalho que, pela conversa, deve ter estado a trabalhar no sábado anterior:
- "Ai Carla, isto hoje está a arrebentar pelas costuras. É tanta tanta gente doente com gripe A! Foi o sábado mais movimentado dos últimos tempos. Tou que nem posso!"

Pequeno detalhe: (a sala estava total e completamente vazia e, além de mim, não havia vivalma para ser atendida).

Depois do telefonema a recepcionista vira-se para mim e pergunta:
- "Olá querida, é gripe A, não é? Tem que ir ali para aquela sala à parte"
- "Não, não é gripe A".
- "Tem a certeza, olhe que isto agora...É que se for tem que ir ali para a sala"
- "Sim, tenho a certeza, isto não tem nada a ver com gripes"
- "Olhe, por enquanto então, que havemos todos de ficar com gripe A. A menina pensa que se escapa, não escapa!!"

E olhou-me com uma determinação tal que eu nem tive coragem de lhe dizer o que acho desta «pandemia» da treta.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dia 2

Segundo dia no novo trabalho, onde vou estar até ao Natal. So far so good mas é cansativo. São 8 horas de pé a aturar madames de bolsos cheios e cabeça vazia, não raramente sem pingo de educação. Portugal é , sem dúvida, um país de doutores de uma falta de humildade e um snobismo extremos. O mais ridículo é que muitas vezes, estes "doutores" demonstram umas maneiras e uns preconceitos idiotas e uma falta de cultura geral e bons-modos gritantes.

Entretanto descobri que a maior parte dos furtos são também efectuados por malta da grana, que julgam, vejam bem, poder sair escadas rolantes abaixo com um par de bicicletas sem que ninguém repare. São umas coisas pequeninas portanto as bicicletas!

Daqui até ao Natal, ou mais exactamente até dia 23 de Dezembro, ainda muita peripécia deve estar para acontecer naquele lugar. E vêem-se coisas bem curiosas quando se trabalha em atendimento ao público. Esta não é contudo uma área de eleição minha. Tenho pouca paciência para tanta gente e trabalhar 8 horas a aturar os caprichos de cada um não é para mim. é preciso gostar e para mim isto é apenas um desenrasque e uma maneira de amealhar uns trocos para o Natal.

Para não ajudar, lá em casa houve um acidente doméstico e tenho a minha avó internada e o meu pai que esteve à beira de o ser , com queimaduras de 2º grau, consequência de um jacto de agua a ferver que os atingiu. Como estou a trabalhar aos fins-de-semana tão depressa não posso lá ir para ver como estão. Além disso, magoei-me numa omoplata e parece-me que o tendão, ou o músculo, ou uma vértebra estarão inflamados e começo a sentir um peso no peito ao respirar. Tenho lá eu tempo agora para ir ao médico daqui, pois nem tenho médico aqui,e a solução seria ir ao hospital (pois os centros de saúde estão fechados ao fim-de-semana) onde com certeza teria de ficar longas horas à espera. Portanto isto que não piore até segunda feira que agora não tenho vida para ficar doente. Dizem que a força mental conta muito, vai daí vou começar a repetir que não tenho nada e isto talvez passe sozinho. Isso e tentar entrar numa igreja e benzer-me com água benta que isto não anda nada a correr bem!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Furiosa


Hoje sinto-me como a imagem. Estou capaz de gritar até os pulmões ficarem sem ar ou desancar um saco de boxe até cair ao chão. Então não é que descobri que os resultados do concurso de estágios públicos que estava à espera de saber já saíram no início deste mês e ninguém se dignou a comunicar às pessoas que não foram contempladas?!

Eu já sabia que, ainda que tenha sido considerada "apta", poderia não ter a sorte de me ver ser atribuída uma instituição no macthing. Porém, julguei sempre que os resultados fossem comunicados a todos os participantes, até porque não devo ser só eu que ando aqui com o coração nas mãos à espera de saber se consigo esta oportunidade. Mas não, nada. Nem um e-mail, um telefonema, uma carta.

Os resultados foram comunicados aos participantes seleccionados, já deram início a todo o processo de formação e início do estágio e ninguém se lembrou de avisar os desgraçados que continuam esperançosos à espera de um e-mail. Não se faz, especialmente a nível de um concurso tão reputado como o Inov Contacto. Sim, esse mesmo, esse que já foi acusado várias vezes de colocar apenas quem tem o factor "C", de priveligiar uns em detrimento de outros que talvez merecessem mais estar lá.

E só descobri hoje de manhã porque me lembrei de ir à página do Inov e verifiquei que a edição deste ano já tinha começado. Caso contrário continuava aqui, ainda com uma réstia de esperança, a verificar os e-mails todos os dias, várias vezes ao dia naquela ânsia.

Agora digam-me se este país não é um circo?! Que entidade é esta AICEP que não informa os candidatos do concurso que promove e que já se arrasta desde início de Agosto?

Liguei para lá para me informarem, ao que me dissersam : "Não, de maneira nenhuma, a seu tempo todos os participantes irão ser notificados. Só avisámos primeiro quem tinha ficado". A seu tempo quando? Então eles começam a edição deste ano sem se dignarem a informar as pessoas que estavam à espera com a expectativa de conseguirem entrar, e dizem que a seu tempo informam?! E ainda queriam ficar com o meu nome!! Mas o meu nome é relevante?! "Ah e tal, eu preciso de registar a chamada", diz ela. Registe então que ninguém a impede, registe que sou uma das candidatas aptas e à espera dos resultados, e registe bem o facto de ser um desrespeito nem sequer ter sido informada.

Porquê tanta veleidade no processo todo?! Em época de face ocultas, alguma transparência seria bom, muito bom! Infelizmente não é assim e este é um dos motivos que me faz odiar o meu país por vezes. Esta corrupção que existe em todo o lado, o país dos amigos e dos conhecidos, dos falsos méritos, da falta de transparência, de justiça. Um bocadinho mais de seriedade senhores!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009















Aqui sinto-me sempre mais só. Apesar de toda a companhia, apesar da presença dele. Estranho, não? Sombras, sombras negras, como dizia Alegre.

Do Regresso

As minhas "férias" por casa terminaram ontem. Aquela semana soube-me pela vida. Esta altura do ano é a minha predilecta lá por cima, onde o Outono é mais coerente com a minha ideia de Outono.
Souberam-me tão bem os passeios pelo campo, as torradas madrugada fora com amigas de infância, as atenções da mãe, a paisagem livre até perder de vista.

Penso que nunca me vou acostumar a viver em apartamentos, apesar de já ter vivido em alguns. Sinto-me como um pássaro engaiolado, por mais espaçoso e aconchegante que seja a casa. Tenho grandes debates com o meu namorado, que é um adepto de apartamentos, onde discutimos as vantagens de viver numa casa fora da cidade ou num apartamento no meio da cidade. Reconhecemos as vantagens e desvantagens de uns e outros mas nunca chegamos a um consenso. De tal forma que já lhe disse que, um dia mais tarde, e tendo a hipótese de escolher onde queremos morar, caso ele insistisse mesmo no apartamento, eu ficaria sempre com a casa, nem que pra tal tivèssemos que viver separados.

Estou de regresso a Lisboa, que continua com uma temperatura de Primavera. Daqui a um mês é Natal e eu quero aquele frio bom, aconchegante dos casacos e cachecois. Gosto muito de Lisboa mas, ao mesmo tempo sinto-me cansada dela e aquela vontade pequenina cá dentro de partir para outras cidades. Ainda continuo à espera dos resultados de um certo concurso, no qual fui considerada apta, mas até agora ainda nada. Malditas burocracias!!

sábado, 21 de novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Surpresa em modo repeat



O novo cd da Norah Jones, especialmente o single "Chasing pirates". Chegado esta manhã pelo correio. Prendinha surpresa do namorado que não me vê há 4 dias e diz estar com muitas saudades :)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

WANTED

Procura-se!

Com alguma urgência, entidades internacionais de referência (europeias e americanas - Canadá, EUA, Brasil - , de preferência) que actuem nas seguintes áreas: jornalismo ou comunicação no geral, jornalismo cultural , comunicação cultural, escrita.

Órgãos de comunicação, revistas, museus, teatros, companhias de dança, entidades culturais.

A escolha é muita e eu estou completamente perdida. Sugestões são muito, muito bem vindas!!

Flaming June


Um dos meus quadros preferidos! Vi-o ao vivo no início deste ano no Museu do Prado em Madrid. É pena a foto não conseguir captar as cores, um cor-de-laranja muito vivo, muito "flaming" e um reflexo na água que parece reflectir um sol de Agosto muito brilhante. A posição da June também está muito bem captada, uma certa inocência misturada com qualquer coisa de misterioso e de ninfa.

Governo e saúde pública

Mais uma notícia destas e poderá não ser a última! Até quando é que o Ministério da Saúde vai continuar a afirmar que a vacina contra a Gripe A não tem relação directa com estas mortes. Se não se sabe deslindar a causa com correcção, como poder dizer com toda aquela certeza com a Ministra Ana Jorge apareceu ontem a afirmar que a vacina não tem qualquer correlação?!

Quando está mais que sabido que ainda não se conhecem os efeitos secundários de uma vacina fabricada em tempo recorde que não foi testada na abrangência que deveria ter?! Quando, no hemisfério sul, onde o Inverno já passou e a Gripe A já terá atingido o seu pico, contas feitas, e esta gripe não matou mais do que a gripe comum num ano normal?! Porquê tanto alarmismo quando claramente não se trata de uma pandemia (vejam os números e não são maiores que os da gripe comum) e mata tanto quanto a gripe sazonal normal, pois quem morre é quem já tem algum problema de saúde anterior.

Que responsabilidade a deste Governo que apela a uma vacinação generalizada, em que até o Director geral da saúde vem à televisão para o país o ver a ser imunizado em directo (com o quê que ele foi vacinado? terá mesmo sido a dita vacina?) quando ainda não há dados concretos? Quando os dados que há apontam para uma gripe não muito diferente da que já estamos habituados. Que se trata a benurons e aspegics segundo os médicos com quem tenho falado.

Espanta-me como a indústria farmacêutica pode ter tanto poder e atemoriza-me a facilidade com que o Governo se alia a poderes económicos contra a saúde do povo que representa. Tudo para quê? Para que se possam escoar alguns químicos prestes a perder a validade,talvez? Para alguma experiência em que servimos de cobaias em primeira mão?

Cada vez mais a realidade se assemelha a um filme de catástrofe da humanidade por um qualquer vírus que fugiu de controle. 24 dias depois, 12 macacos, I am legend...o cinema está cravejado deles e a realidade parece não estar muito distante um futuro tão sombrio quanto o que eles representam.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Expectativa


E chove a potes lá fora. Non stop desde ontem. O que vale é estar de regresso à base com a lareira acesa, benefícios de estar em casa.

Mas não há tranquilidade neste calor, a cada novo início de semana a sensação de suster o ar nos pulmões até ao limite. Saber se o telefone irá tocar, se haverá alguma proposta que valha a pena, se os resultados das provas que fiz saem finalmente esta semana e se serão positivos. Já era hora de vir algo bom!

Mas no entretanto o que fica é esta indefinição no ar, não saber quanto tempo fico aqui, se volto a Lisboa em breve, ou até se vem o resultado tão esperado que me irá fazer regressar a ser uma cidadã do mundo. É ter a vida suspensa, as expectaivas a atropelarem-se nas mãos à espera que algo aconteça, até porque neste momento já não sei o que mais fazer senão esperar. Literalmente esperar que algo aconteça. E acho isso tão triste! Não poder ou não conseguir ter poder activo no que vem mais à frente no caminho, nem mesmo o escolher desse caminho.

domingo, 15 de novembro de 2009

Música


Tão boa a voz deste moço! A maneira como interpreta as canções que canta toca-me cá no fundo. Descobri-o na banda sonoro do filme "My Blueberry Nights" e fiquei fã desde então. Sweet!Oiçam por vocês.

sábado, 14 de novembro de 2009

Uma causa que vale a pena apoiar

e custa tão pouco! Aqui!

Tão bom!




Já não vinha a casa há quase dois meses e o tempo começava a pesar. Especialmente porque esta é das minhas épocas favoritas aqui por cima, onde o Outono sabe mais a outono e as cores das árvores se acentuam mais. E depois a comida da mãe, as castanhas assadas do castanheiro aqui do lado, as romãzeiras carregadas, o jardim, o meu quarto grande...a casa da infância será sempre mais casa do que todas as outras.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Discriminação?!Não, (apenas) despiste de droga



















Passei a manhã inteira a fazer exames médicos. Tudo isto para poder trabalhar, durante a época de Natal, num conhecido centro comercial do centro lisboeta. Primeiro fazes os exames todos, depois és contratada. Eles dizem que servem apenas para fazer o despiste de drogas (e, de facto, além da urina da manhã que tínhamos que levar de casa, chegados lá ainda nos pediram para urinar na hora para um tubinho minúsculo!) mas fizeram exames de audição, de visão e check - up completo, além de um monte de perguntas indiscretas que penso que não são para ali chamadas nem tem relevância nenhuma para a função. Por exemplo, a profissão, nome e idades doos meus pais são importantes porquê motivo?!

A verdade é que alguém que esteja grávida, tenha audição de velha ou seja seropositiva, tenho as minhas sérias dúvidas que essa pessoa seja chamada para assinar contrato. Isso não é ilegal? Discriminação? Claro que a empresa irá sempre alegar que os motivos são outros e, nunca se poderá provar este tratamento diferenciador.

Assusta-me esta invasão de privacidade. Percebo que a empresa em questão queira manter o seu grau de profissionalismo, mas há informações desnecessárias, em nada relevantes e exames que em nada têm que ver com a despistagem de drogas. Confesso que me senti invadida e constrangida, além de que a enfermeira ou técnica, ou sei lá o quê que ela era, que me tirou sangue, magoou-me como nunca antes para tirar sangue. Eu não sou nada queixinhas nestas coisas e sou daquelas pessoas a quem as agulhas não fazem impressão, nem tem problema em dar sangue, mas fiquei com o braço todo dorido pois a "profissional de saúde" demorou eternidades desde que me espetou a veia até que dissesse para abrir a mão para que o sangue fluísse, e o tempo todo tive uma dor como se me estivesse a espetar a carne de uma ponta à outra. Além disso, não usou luvas. É de mim ou deveria usar?!

Cada vez mais os empregadores fazem o que querem e o que lhes apetece e, cada vez mais, o empregado é sujeita-se. A verdade é que odeio a maneira caladinha e branda, tão portuguesa de ser, resignada, aquele encolher de ombros, aquela conformidade silenciosa, aquele olhar de coitadinho. Na sua cabecinha não há outra alternativa senão "sujeitar-se". O que os portugueses se esquecem é que têm direitos consagrados na lei. Que não se aplicam na prática , pois não, mas porque ninguém lhes dá uso, não reclama nem luta por nada. Os empregados vão ser sempre mais do que os empregadores, e se todos nos recusássemos , por exemplo, trabalhar a recibos verdes ou a denunciar os falsos recibos verdes, ou a recusar todos os estágios não remunerados que nos propõem até depois dos 30 anos e por mais habilitações que tenhamos, a situação do trabalho em Portugal talvez pudesse ser bem diferente. É que assim não vai a lado nenhum, pelo contrário, tende a piorar.

Se houvesse mais "nãos" e menos medos, menos encolher de ombros, estávamos todos concerteza bem melhor em termos de mercado laboral.


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fucking luck

Eu, de facto, de há uns anos para cá, não tenho tido sorte nenhuma. Não me lembro de ter partido nenhum espelho ou de ter feito algo de muito mau a outrem para estar a receber todos estes anos de azar ou karma. Só me ocorre é que não é normal e então deve ser fruto de alguma dessas superstições ou teorias enérgicas do universo. Quem sabe, talvez esteja a pagar por pecados de outra vida! Não sei, o que sei é que se esta onda de má sorte não mudar depressa, vou estar em muitos maus lençóis.

Uma pessoa bem tenta manter um certo nível de optimismo e bem-estar, boas vibes que possam seguir a"teoria do segredo" (que grande treta!!) mas fica difícil quando temos as esperanças e expectativas todas lá em cima e elas vem rebolando encosta abaixo, uma após a outra. Há dias em que só quero desaparecer.

Pergunto-me porque há pessoas que têm as coisas tão facilitadas e outras que tem que suar as estopinhas para conseguir alguma coisa. E mesmo suando, não quer dizer que se alcançe. Estou cansada das frases feitas do género "vais ver que algo melhor vai vir" ou" as coisas vão melhorar", ou ainda, uma frase que já me disseram tanta vez "sinto que tens uma estrelinha contigo e tenho a certeza que as coisas te vão correr bem".

Pois bem, por mais despachada, desenrascada ou por mais características favoráveis que tenha, tudo isso não basta sem um pouquinho de sorte. E confesso que os traços acima mencionados estão bem mais atenuados agora. Já lá vão quatro anos, estou cansada, esgotada, sem gande vontade de continuar a lutar, sem ideias novas.

O que queria mesmo era um frasquinho de "sorte liquída" e poder dizer "fuck this, I am going to Hogwarts"!!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Será que temos mesmo necessidade de saber estas coisas?!

O que hão-de inventar mais? Eu não sou nada fã de twitter, facebook ou hi5. Enervam-me as pessoas que perdem demasiado tempo nisso e que passam o seu tempo a escrever coisas do género "acabei de jantar" ou "estou a trabalhar". Agora andam para aí no espaço cibernético a apregoar que acabaram de ter sexo, como e onde. Mas há mesmo necessidade?!

"Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos"


Porque nem só de coisas más viveu o socialismo e a vida em Berlim durante os anos do muro. Esta é a parte que a história ocidental se "esquece" de contar´, a da igualdade entre todos e acesso generalizado a bens e serviços. O capitalismo pode ter liberdade de expressão (que também não caminha sem ameaça), mas o socialismo tinha o bem-estar. Para quando um sistema que reúna os dois?

Eu não sou comunista, mas simpatizo com a ideologia porque parte de mim, ingénua ou arrojada, acredita que é possível a coabitação de uma sociedade igualitária com liberdade. Porque acreditar que não é possível é o mesmo que dizer que o homem é um animal de selva que não se governa se não o governarem por ele. E eu acredito que, com a educação e a índole certa, todo o ser humano pode mostar a carácter de Humanidade em si mesmo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ontem foi dia de cinema





Penso que gostei mais deste "NY I love you", do que de "Paris Je t´aime", que achei mais fragmentado. O filme dura cerca de hora e meia e fica-se à espera de mais, mais desenvolvimento nas histórias no ecrã, nos diálogos das personagens. Nova Iorque aparece mais tangível, acreditamos nquelas conversas de passeio enquanto se fuma um cigarro.

Gostei sobretudo da curta da Mira Nair, aquele entendimento extra- cultural, a maneira como foi filmado e porque tem uma das minha actrizes fétiche, Natalie Portman que fica sempre bem no ecrã, independentemente do papel que desempenhe. Gostei também da história do rapaz no baile de finalistas que deu para umas boas risadas, do engatatão de rua e a mulher atraente que é prostituta afinal, do casal do restaurante que tenta quebrar a rotina enquanto se houve "No surprises" dos Radiohead. Um Shia Labeouf irreconhecível e muito, muito bom, uma Julie Christie comovente nas suas rugas que tão bem lhe parecem. A homenagem a Anthony Minghella, que não teve tempo de realizar o que escreveu.

No final, a dúvida do porquê a curta de Scarlett Johansson, onde entrava Kevin Bacon, não ter sido incluída. Não terá sido por cosntrições de tempo. Estaria tão mau ou tão desfasado do que se procurava?

Central park em dias de névoa, os cafés acolhedores com janelas grandes para a rua, as homogéneas casa de bairro, as conversas de táxi, a miscelânea cultural. Apetece morar lá uns tempos. Não sempre, mas um ano, ou dois, só para experimentar como será afinal. Estou ansiosa por fazer as malas e partir.





sexta-feira, 6 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Porque é que


Em Lisboa, mal se sente um friozito de nada, se vêem logo as ruas cheias de gente vestidas como se fossem equipadas para emigrar para o Pólo Norte?! Juro que não entendo!Esta malta do sul não faz ideia do que é frio, só pode!19 graus, que foi a temperatura máxima que esteve hoje, é considerado bastante ameno.

Sim, esteve mais fresquinho, mas um fresquinho de casaco de meia-estação, não de botas, cachecol e kispo ou casaco de Inverno, daqueles casacos que se usam em Janeiro quando está a gear na rua. Aliás, nem em Janeiro Lisboa sabe o que é geada. Pelo que este pessoal é mesmo friorento ou tanta roupa só pode mesmo ser por uma razão...mostrar os modelitos que têm guardados no roupeiro desde o Inverno passado ou aquele casaco giríssimo que a H&M vende, mas que só se deveria usar em climas mais frios de facto. Porque fora deles, há indumentárias que ficam ridículas.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Hoje para o jantar


Beringelas recheadas!
É o que faz ter muito tempo livre em mãos. Continuo em modo de espera, e tentando não desesperar, entretenho-me como posso. Por isso hoje, jantar a dois com receita nova!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Saudade


Do Outono!

Da mudança gradual e melíflua das estações. Daquela rotação suave da Terra em que as cores e o ar mudavam lentamente. De saber com que tempo contar e que roupa guardar nas gavetas do topo do armário. Estamos a caminhar para um clima tropical e tenho saudades do frio, dos dias outonais antes do Natal, cresci com eles e, em poucos anos, foram desaparecendo assustadoramente depressa.Daqui a pouco, as características das quatro estações do ano só serão conhecidas dos mais pequenos quando ensinadas num qualquer livro de Geografia ou História. Que triste que é.