sábado, 5 de dezembro de 2009

Não concordo nada com isto!

O aumento do salário mínimo acho lindamente e, enquanto não atingir a fasquia de pelo menos 600 euros não será um valor minimamente aceitável. Estamos na causa da Europa e temos um nível de vida demasiado elevado para o que ganhamos. Quem consegue viver com 500 euros por mês? Consegue-se quanto muito sobreviver, e a custo. Mas não se consegue, de todo viver.

Contudo, ser a segurança social a suportar uma despesa que deve ser das empresas, ao mesmo tempo que lhes reduz a um ponto percentual a taxa social única e lhes alarga o prazo de pagamento das dívidas à Segurança Social, é simplesmente errado. Primeiro porque endivida ainda mais os cofres do estado numa despesa que não deve ser dele. Não vai haver reformas daqui a uns anos se continuam a dar dinheiro para BCP´s e outras empresas afins. Um governo não pode apenas governar com base numa timeline de 4 anos. Depois porque uma empresa que não consegue suportar um aumento de 15% no salário dos seus empregados é uma empresa que não deveria existir. Um empregado, nas 40 horas semanais que deve à empresa não consegue ganhar 475 euros em lucro?! Duvido muito.

Sou muito comuna nestas coisas porque penso que os empregadores cada vez têm mais privilêgios e vantagens e o empregado cada vez menos. Talvez por estar do lado do empregado que já passou por recibos verdes, contractos verbais e explorações do empregador. Já chega de facilidades! Um bocadinho mais de justiça num estado que se diz Estado Social.

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