sábado, 21 de janeiro de 2012

Carefull when gambling with your heart...you might loose it all.

Não sei se sou ingénua ou simplesmente estúpida. Se sou crédula ao ponto da idiotice, se tenho o coração demasiado grande ou se apenas vi coisas que não existiram, se me permiti sentir demasiado. Sei que toda a gente merece uma segunda oportunidade, até prova em contrário. Especialmente quando são tantos anos, quando foi tanta vivência, tanta vida partilhada. Mas 2011 ensinou-me a nunca, nunca mais colocar a mão no fogo por ninguém. Se o meu feeling estiver certo, o choque talvez não seja tão forte como da primeira vez, mas será, definitivo desta vez. O golpe final, a facada no estômago que não tem solução. Arrisquei demasiado, porque era a única forma de saber e não viver a vida com " e se"...
No entanto, se as coisas correrem mal vai também querer dizer que nunca mais serei capaz de confiar em ninguém. Infelizmente, para mim, que não sou pessoa de sentir ou viver com ligeireza. Tudo é preto e branco, portanto se for para o mal sei que vai ser uma ferida aberta a vida inteira. E viver a vida assim, é fodido. Por isso, espero que desta vez esta vozinha cá dentro, este aperto no peito, estejam redondamente enganados e seja só a minha impaciência a falar.


3 comentários:

  1. Independentemente de uma pessoa saber o resultado, ou saber que pode estar a cometer um erro, temos sempre de arriscar e seguir em frente.
    Seja o que for que aí vem tenho a certeza que não te lanças numa aventura vã. Sai da área cinzenta. :)
    Um beijinho

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  2. Normalmente quando temos um feeling que as coisas não estão bem é porque elas não estão mesmo bem. Espero que não percas a capacidade de confiar nas pessoas. Sim, viver com feridas abertas é fodido e por muito que se tente seguir em frente fica sempre uma insegurança e uma incapacidade de nos entregarmos por inteiro novamente. Conheço bem esse sentimento e o medo que se sente de voltar a passar pelo mesmo...

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  3. Merenwen, costumo pensar que nos arrependemos mais daquilo que não fizemos do que daquilo que tentámos.

    Mas se as coisas correrem mal isso não significa que nunca mais vais poder confiar em ninguém. Significa que tentaste e que quiseste acreditar.

    Poderia significar, isso sim, que não podias confiar na tua capacidade de decisão. Se queres preto-no-branco, poderia significar que terias de rever profundamente os teus critérios, os teus processos, senão os fundamentos nos quais baseias as tuas opções.

    Mas és tu própria a primeira a dizer que vais tentar porque não admites a dúvida, o "se", o "devia ter feito".

    Portanto, se correr bem... estavas enganada, mas estarás feliz.

    Se correr mal, estarás infeliz talvez, mas sabendo que estavas certa, que os teus critérios e os teus instintos afinal eram correctos. Que arriscaste, que tentaste, que viveste. Correu mal. Tenta outra vez. Falha outra vez. Falha melhor. (dizia Beckett em 83 em "Westward Ho")

    Não permitas é que o mundo te feche a porta. Não te permitas fechar a porta ao mundo.

    Nem agora, nem depois.
    Vive a vida sem reservas, sem fantasmas a espreitar por cima do ombro. Quem procura, acha. A decisão é tua, de procurar as falhas e os fracassos, ou de procurar, dia a dia, o que te faz feliz.

    (sei que falar é fácil. mas sei, por incrível que pareça, o que estou a dizer. não desistas. tudo compensa, mesmo quando acaba, se for feito, dia a dia, de dias felizes.)

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