O meu trabalho é de picos, de época alta e baixa, mas Janeiro é, sem dúvida, o mês mais parado do ano. Mesmo tendo "o" cliente para gerir, tenho duas a 3 tarefas por dia ( hoje por exemplo não tive nenhuma). Odeio estes dias, dias em que me levanto de manhã e sei que me vou arrastar para o escritório, ligar o pc, fazer todos os logins, abrir o email e voilá. C´est fait! Não tenho mais nada a fazer o resto do dia. Noto que já faço as coisas maquinalmente, mas nestes dias sou uma espécie de carro telecomandado.
Março está à porta, o tão esperado Março de 2012. A partir daqui posso sair sem pagar uma fortuna à empresa. Está pago o meu período de formação em Paris. E talvez por estar a chegar esse limite ando numa ânsia incontida, gritante, a enviar cvs para tudo o que preencha metade dos requisitos, se me responderem depois logo vejo. Porém, não é só a data psicológica a aproximar-se. Estou há quase dois anos aqui e sinto o meu cérebro a morrer, a estagnar. Ando a desejar por criatividade, por algo que me faça sentir alguma coisa. Estou adormecida faz tempo demais. Estagnei e sei que atingi o meu limite quando começo a pensar em deixar tudo apenas para trás sem pensar no resto. Sem emprego de salvaguarda, sem bóia ou colete salva vidas, apenas largar e saltar em queda livre. Apetece-me apenas. É irracional e imediato. Depois penso, respiro, sei que a paciência é uma virtude, elaborar um plano de back up uma mais valia. Mas cada vez mais presente no meu coração está somente isto, a latejar : a vida é demasiado curta para estar infeliz. Arrisca!
Como eu te compreendo..revejo-me nas tuas palavras, não todas..mas uma boa parte! Beijinhos amiga
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