quarta-feira, 26 de maio de 2010

De como se fica perdida sem Lost

E com Lost. Assim chega ao fim a série que mais fervorosamente seguia, ao fim de seis anos. Primeiro ás terças à noite, depois a sacar avidamente cada episódio.

Nomes como Desmund Hume e John Locke e todas as demais analogias filosóficas e simbólicas da ilha levavam a achar que se tratava de um argumento genial e que o final se iria apresentar como uma soberba revelação. Decepciona? Um bocadinho. Está-se sempre à espera de mais, há milhentas perguntas que ficam a pairar, imensos porquês.

Mas talvez há coisas que fiquem melhor sem ser explicadas. O final emocionou-me e talvez isso seja o mais importante na maneira como acaba, como deveria acabar. Por isso não me vou juntar ao coro de vozes que se ergueram contra a série e se lamentaram de a terem seguido durante tanto tempo. A verdade é que os argumentista devem-se ter entusiasmado demasiado e, a dado ponto, já não havia forma plausível se se desenvencilharem do próprio argumento e conseguirem explicar todas as pontas soltas. Mas não havia melhores "Clifhangers" que em Lost, e nisso eles são sublimes. Fica a cada um interpretar da maneira como quiser tudo o resto. E continuo a insistir que um bom final, mais do que ser feliz ou amargo, mais do que explicar tudo, deve tocar quem vê e deixar espaço à imaginação para tudo o resto que não pode ser explicado. You will be missed!

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