quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

"Posso contar, por exemplo, o caso de um estágio de formação em França em que, no início, cada um dos 15 participantes, todos eles quadros superiores, recebeu um gatinho. O estágio durou uma semana e, durante essa semana, cada participante tinha de tomar conta do seu gatinho. Como é óbvio, as pessoas afeiçoaram-se ao seu gato, cada um falava do seu gato durante as reuniões, etc.. E, no fim do estágio, o director do estágio deu a todos a ordem de… matar o seu gato. Só que aqui ninguém estava a apontar uma espingarda à cabeça de ninguém para o obrigar a matar o gato. Seja como for, um dos participantes, uma mulher, adoeceu. Teve uma descompensação aguda e eu tive de tratá-la – foi assim que soube do caso. Mas os outros 14 mataram os seus gatos. O estágio era para aprender a ser impiedoso, uma aprendizagem do assédio. "
Eu não quero viver num mundo onde os gestores de recursos humanos/patrões/colegas das empresas onde trabalhamos são treinados para serem impiedosos a este ponto, como máquinas que executam sem questionar. Pergunto-me como é que, de 15 pessoas, 14 mataram o seu gato. Pergunto-me em que estatísticas andará a humanidade. Triste apenas. E preocupante, muito.

3 comentários: