domingo, 31 de janeiro de 2010

Nine

Não tão bom como pensei que fosse. Tem uns 3 números musicais mais marcantes mas esperava mais dança e coreografias mais fortes. Valeu pela interpretação do Daniel Day Lewis, excelente naquele sotaque italiano e atormentado de realizador perdido na sua própria vida, e pela da Marion Cottillard, linda e tocante naqueles olhos enormes. A Fergie, curiosamente também me surpreendeu pela positiva com o número mais forte em termos vocais. Ah, e valeu pela (parcas) imagens de Roma, a cidade que escrita ao contrário se diz Amor e cujas recordações me doem cá dentro de saudade.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

WTF?!!


“"Desempregados deviam fazer limpeza de matas".
António Saraiva, presidente da CP, "Jornal de Notícias", 29-01-2010

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Preciso de aconselhamento!

Então é assim: Estou aqui numa encruzilhada e não sei o que fazer.
Neste momento tenho um trabalho chato mas que me paga as contas no fim do mês. Não é nada que eu ambicione e vejo-o apenas como algo temporário até encontrar algo melhor.
No entretanto apareceu a possibilidade de fazer um estágio de 3 meses numa produtora de cinema do Paulo Branco, que é conhecido pelo seu feitio irascível! Eram para pagar 150 euros de ajudas de custos e consegui que a esse valor adicionassem mais 100. Para meu espanto concordaram porque parece que a assistente dele simpatizou comigo (não sei bem porquê porque a entrevista foi muito curta, mas acho que se baseou na minha cara para formar uma opinião, o que me deixa um bocadinho de pé atrás).
Supostamente, se a pessoa se adaptar, será para ficarem com a pessoa na empresa. Mas não sei se a contrato, se a recibo verde, não sei nada porque está tudo muito indefinido.
A área acho que deve ser muito gira, já trabalhei numa companhia de dança e adorei. Mas não conheço nada da empresa a não ser a fama do patrão, seria 3 meses a trabalhar praticamente de borla sem saber o que virá depois, e demoraria 1h e 30m a chegar até lá. 3 horas de transportes públicos por dia!! Este "piqueno" detalhe para mim é muito importante, porque em nada se coaduna com o mínimo de qualidade de vida.
Bottom line: devo eu dar um autêntico leap of faith e anular toda e qualquer vida social/económica e saúde mental em prol de algo que não me dá qualquer garantia, mas que também poderá ser algo de muito bom?!
Enfim, entendidos ou não na matéria manifestem-se. O que fariam se estivessem na mesma situação? Se alguém conhecer o Paulo Branco também dava mesmo muito jeito uma opinião !!

Este senhor...

Na edição online do jornal Público de hoje vem um adiantamento da entrevista que o Belmiro de Azevedo dá à revista Visão.

Eis algumas das declarações:
"Cavaco é um ditador. Mandou quatro amigos meus, dos melhores ministros, para a rua, assim de mão directa", afirma Belmiro de Azevedo sobre a primeira figura do Estado.Sobre o Governo, o empresário diz desconhecer " metade dos que estão lá" .

Ou seja, o Sr. não gosta de Cavaco porque ele mandou os amigos pro olho da rua e desaprova o Governo porque não conhece os que lá estão. Não se poderia dizer as coisas mais abertamente, de facto. Para quê esconder que este é um país de cunhas?! Mas que lata, hein? Além disso vir acrescentar que é um mau Governo ou governante porque não tem lá amigos dele! Haja pachorra sr. Belmiro.
É por causa de gente desta que o país está conhecido como a geração dos 500 euros, com patrões que pagam mal e exploram e cuja semana de trabalho ideal teria 60 horas. Patrões como o Sr. Belmiro e o Sr. Zeinal Bava da Pt, que aqui à uns meses atrás teve uma afirmação que foi outra pérola, qualquer coisa como um call center ser uma boa opção de carreira para um licenciado. Senhor, um call center?!! Onde se ganha mal, se trabalha com tarefas rotineiras e do mais aborrecido que há e onde não há progressão de carreira nem desafio intelectual algum?! Opção de carreira?!! Deviam ser todos fuzilados!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Estupidificação

Sabem aquelas linhas de montagem dos anos de 1920, estandardizadas e homogéneas em que as pessoas repetiam a mesma tarefa até à exaustão?! É o meu trabalho! Coisa mais estupidificante, não se pensa, não se varia. Podemvariar as tarefas mas são sempre rotineiras. Felizmente descobri como posso usar a net aqui do trabalho! É a maneira de me manter sã neste buraco.
Entretanto fui a uma entrevista para uma coisa muito muito porreira na minha área. Desvantagem? Só pagam ajudas de custo durante 3 meses, 150 míseros euros. A boa notícia? Telefonaram-me hoje a dizer que gostaram de mim e gostariam que colaborasse com eles. A má notícia? Ou eles sobem a parada mais uns 100 euros para que eu possa pelo menos pagar a renda, ou nada feito. Infelizmente não vivo do ar. Quase, mas não ainda. Ai vida!

As if I wrote it myself

Não fui eu que escrevi mas poderia bem ter sido. A Analog Girl não o poderia descrever melhor!


"Agora isto é que me parece mesmo mauzinho... Acordar de manhã e a primeira coisa em que penso é "odeio a minha vida". Já vai na segunda semana seguida em que é este, sem excepção, o meu primeiro pensamento do dia. É um bocadito assustador não é?
Porque no fundo, o que me frustra neste momento não é a minha vida, mas a minha rotina inabalável, de acordar a arrastar-me de sono, de não conseguir fisicamente levantar-me à hora prevista (ou como me aconteceu aí umas poucas vezes, acordar antes do despertador e mesmo assim sentir-me imóvel de cansaço), de congelar para tomar banho, de preparar over and over again a marmita, de enfrentar longas viagens de transportes públicos, de chegar aqui e sentir o peso do (mau) ambiente que se vive, encarar a minha falta de motivação como um obstáculo demasiado pesado para o conseguir demover... e depois chegar a casa à noite sem tempo para me coçar porque tenho de jantar cedo, para não me deitar demasiado tarde, mas há sempre algo que atrapalha e acabo por me deitar tardíssimo porque ando o dia todo contrariada e mereço aquela horinha extra a ver tv, ou então há mais comida a preparar. (...) A vida tem sido um combate diário, uma luta interna, uma busca por um lugar estável que ainda não encontrou caminho. E agora as coisas têm ganho uma dimensão um pouco mais dramática, e já sei que seguramente aqui não fico. E isso é extremamente libertador. E já ando a fazer o forcing para que a mudança aconteça.
Agora é esperar. E continuar nesta luta inglória."

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Work

Day one!
Simplesmente a-bo-rre-ci-do! Tarefas rotineiras, colegas caladinhos e todos mais velhos e nem a uma tour às instalações tive direito. Ainda nem sei onde é a cantina. Foi do género:
- "Ah és a miúda nova? Ok, vamos começar por isto que é o mais básico. Ok, viste? Agora faz tu".
O resto do dia, a mesma tarefa, over and over again. Vou ali gritar e já volto!

domingo, 24 de janeiro de 2010

Sábado à noite. Rodeada de amigos num bar, namorado ali do lado, na minha mão. E o coração pequenino, apertado. Ou de como é tão fácil sentir-me sozinha no meio da multidão.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A vida é uma engraçadinha...

...que gosta de pregar partidas.

É engraçado como por vezes queremos muito alguma coisa e dedicamos todo o nosso empenho mas não as conseguimos alcançar e noutras ocasiões as coisas parece que vêm cair aos nossos pés sem que por nada tenhamos pedido.

Estou inscrita numa daquelas empresas de recursos humanos, que normalmente arranjam empregos temporários. Já tinha ido a uma ou duas entrevistas através dessa empresa, de lugares aos quais tinha concorrido, mas não fui seleccionada para esses processos. Na semana passada fui contactada pela própria empresa a inquirir se eu estaria interessada em ir a uma entrevista para um lugar assim e assado, e tal e coiso.

Ora, não me interessei muito pela descrição porque a empresa é longe e neste momento preferia estar livre para poder continuar a procurar na minha área. Mas, como não queria dar um não redondo, até porque as funções enquadravam-se naquilo que eu tinha delineado, concordei em ir à entrevista.

Fui e não fiz nenhum brilharete, nem sequer me esforcei, o tempo todo a desejar ir à entrevista mas não ser a escolhida. Deste modo ficava de bem com a agência de recursos humanos que me poderia continuar a seleccionar para outras ofertas, desta vez escolhidas por mim. Fiquei tranquila, até porque no dia em que fui à entrevista tinham lá na sala mais uns 5 candidatos.

E não é que, entre todos foram-me escolher a mim? Eu, que não queria o lugar?! Mas que também não queria recusar porque senão é uma porta que se fecha na agência e tão depressa não me considerariam para mais nenhuma vaga.

Mais, devia ter começado ontem mas, no meu desespero, aleguei indisponibilidade total nesta semana, e sugeri que estava com problemas familiares, que deveriam ter um backup para o lugar, que deveria ir essa pessoa e eu ficar para uma futura vaga. Não é que disseram que esperavam por mim?! O curioso é que, caso fosse um lugar que eu quisesse, de certeza que tudo isto aconteceria! Oh, de certeza!!

Conclusão, começo segunda feira. Num emprego para o qual vou ter de perder duas horas diárias em transportes públicos e cujas funçõpes me parece do mais a-bo-rre-ci-do que há!

Vale-me o facto de ser contrato de um mês, renovável é certo, mas no fim desse mês posso não me adaptar à função ou a empresa a mim e não renovar por mais mês nenhum. E continuar à procura de algo que eu de facto goste de fazer. Essas coisas sim, é que me podiam cair assim no colo!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Por exemplo...

Eu percebo a necessidade de gerar receita por parte do Estado...ainda mais quando só vemos dinheiro a sair dos cofres para tudo e mais alguma coisa e muito pouco a entrar. O que me choca é a falta de coerência. Repare-se, querem um gestor no Museu de Arte Antiga e por isso despedem o seu actual director. Bota a despachar o homem e a colocar outro no tacho a ver se a coisa rende mais. No entanto, pergunto-me a receita que o Estado poderia gerar se colocasse os bares dos professores das inúmeras escolas do país a dar lucro.

O café na maior parte das escolas públicas custa cerca de 25 cêntimos. Os mesmos preços baixos aplicam-se a todos os produtos que lá vendem. O conceito nestes bares é que não podem gerar lucro e os bens que se vendem são mantidos ao preço do fornecedor. Mas penso que não viria mal nenhum ao mundo se houvesse ali de facto uma margem para gerar receita. Para,além das escolas poderem pagar ao fornecedores, conseguirem também pagar por exemplo, o aquecimento, o papel ou eventuais obras ou despesas que viessem surgindo. O café não teria que ser cobrado a 55 ou 60 cêntimos, como cá fora, mas se fosse taxado a 35 ou 40 cêntimos, nada de muito grave seria para o bolso dos professores, que não ganham tão mal assim.

Desta forma os professores continuariam a pagar um preço bastante acessível e a escolas teriam um fundo de maneio que poderia ser administrado para as suas próprias despesas, sem ter que ir buscar tudo aos cofres do Estado.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Next in Line


Porque adoro bons musicais e este promete. Porque vibro imenso com as coreografias, porque a banda sonora parece muito boa e porque, o que eu queria ser mesmo, era artista de cabaret da Broadway.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Entrevista de emprego

Hoje foi a primeira entrevista do ano. Não para a minha área mas era um trabalho de segunda a sexta, com horário para sair o que, nos dias de hoje, já não é mau. Correu bem, mas deve ter corrido melhor a algum dos 4 outros candidatos que lá estavam também, visto que não me telefonaram. São 19 horas de sexta-feira e não telefonaram. Queriam que a pessoa que ficasse começasse segunda-feira e avisariam ainda hoje, pelo que não fui eu a seleccionada.

O emprego não era nada de especial, nem em termos de tarefas nem em ordenado. Mas seria bom ter algo mais do que esta incerteza sobre se o telefone irá tocar, ou a ansiedade de visitar o e-mail todos os dias para ver se recebi novidades.

Tenho uma outra entrevista para a semana, esta sim na minha área. Contra? Não é remunerado, claro! Como nunca o são. Ao telefone falaram na possibilidade de uma compensação. Pois, uma compensação de quanto?! Meus amigos, isto é tudo muito bonito mas eu preciso de comer e pagar a renda, e as conta de casa. E se me sobrassem uns trocos para ir ao cinema no fim do mês até que seria simpático. Chama-se viver e não sobreviver apenas, percebem?!

E até percebem, mas estão-se nas tintas. Vivem de estágio não remunerado atrás de estágio e não investem nas pessoas que fazem parte da empresa. Porquê? Porque a lei lhes permite e ninguém fiscaliza nada. Certas coisas haviam de ser proibidas. Como brincar com a vida das pessoas. Como ter alguém a gastar tempo, esforço e dinheiro numa educação que até correu mais ou menos, em estágios no estrangeiro longe da família para valorizar currículo, em dar o couro em cada estágio para ver se haveria possibilidade de continuar na empresa no final de dadas todas as provas. Em saber que até se é bom naquilo que se faz, mas fazer-nos duvidar de tudo de cada vez que o tempo passa e passa e não surge nada adequado à nossa formação, ambições ou capacidades.

Eu costumava acreditar na ideia do self made man e achar-me capaz de tudo, fruto que fosse do meu esforço e das minhas capacidades. Costumava. Agora acredito mais em cunhas e em sorte. Não tenho a primeira e precisava muito, muito mesmo de um pouquinho da segunda.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Coincidências

Lembram-se deste episódio aqui?! Não é que ontem, à saída do cinema, chego à paragem de autocarro e lá está o moço?! O mesminho! Além de lhe ter visto a cara a voz, depois daquilo tudo, era inconfundível. E estava acompanhado de uma rapariga, a Carla ou a Inês suponho, mas voto mais na primeira porque saíram juntos para a mesma casa. Suponho que apesar da porta e janelas partidas o namoro ainda dura!

A ajudar à coincidência esteve o autocarro, que era o mesmo da outra vez e que ele também deve apanhar frequentemente, e o facto de estarmos no El Corte Inglês, onde ele disse que iria começar a trabalhar. Mas que há coisas fantásticas.... o melhor mesmo é ter-se cuidado com aquilo que se confessa em voz alta perante um autocarro em peso, correndo o risco de já todos saberem quem és e que vida tens, da próxima vez que se encontrarem.

Avatar - Spoiler alert para quem ainda não viu!

Fui ver ontem, finalmente! Adorei o filme. Não pelos efeitos especiais, não pelo 3D, mas pela criação de um universo completamente novo. Os tipos que inventaram aquele mundo são mesmo muito bons. Vão a um grau de detalhe extraordinário e inventam um universo fantástico, idílico quase.

Como escreveu o Jorge Mourinha na crítica do Público (uau, deve ser das poucas vezes que concordo com os críticos do Público) : "James Cameron criou um universo dentro da sua cabeça e quis-nos convidar a visitá-lo, sem segundas intenções que não a de nos mostrar um espectáculo que nunca vimos antes. Quando foi a última vez que um cineasta nos fez um convite destes? "

Não acho que o 3D seja essencial ao filme, penso que é mais campanha de marketing que outra coisa. É um facto que há alturas em que nos sentimos mais imersos no filme, em que temos a sensação de que quase podemos tocar os elementos que parecem sair do ecrã. Mas penso que não compensa em termos de definição de imagem.

A dada altura estava a torcer freneticamente pela vitória dos "aliens" sobre a "minha" espécie e pensava que estaria a sala toda na mesma situação. Mas fui ver o filme com uns colegas que no final disseram estar fartos daquela malta meio ambientalista e chata. Acho que o objectivo do filme lhes passou completamente ao lado. Penso que seria de facto assim que trataríamos um povo, caso eles tivessem algo que nós quiséssemos, como já tratámos antes todas as tribos desde África ás Américas. O argumento só peca pela vitória dos Na `Vi, porque não seria assim que aconteceria na realidade, mas a magia cinematográfica assim pedia.

Por vezes tenho mesmo vergonha e desprezo por esta raça ocidental que já destruiu tanto e continua a fazê-lo. O exemplo mais próximo?! O falhanço da Cimeira de Copenhaga. Como é que é possível, numa época em que as mudanças climáticas são já tão visíveis, os líderes que nos representam não terem encontrado a porra de um compromisso económico para tentar ainda mudar alguma coisa?! Por todo o lado se vêem notícias de Invernos anormalmente frios e Verões quentes no sul. Vêm os chefes de governo falar de prejuízos económicos mas ninguém faz nada. Faz sentido julgo. Aniquilámos todos os povos que viviam em comunhão com a natureza, levámos espécies à extinção, agora só falta mesmo levarmo-nos a nós mesmos pelo mesmo caminho.

Por isso o filme é uma óptima metáfora daquilo que já fizemos e vamos continuar a fazer ao sítio onde vivemos. A dada altura o Jake diz que não há mais nada verde na Terra, tudo é uma paisagem cinzenta. Por isso sim, se viesse aí um povo alienígena capaz de restaurar um equilíbrio e viver mais conforme àquilo que importa, eu juntava-me a eles contra (ou a favor?!) nós mesmos. Seja isso considerado ambientalismo chato ou não.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Rísivel

Está a Clara Pinto Correia naquela fantástico programa matinal da TVI a insistir que as fotos da exposição dela "Sexpressions", são bonitas e artísticas. Diz-se farta de repressão sexual e tabu em relação ao orgasmo feminino. Que as fotos são a demonstração do amor entre duas pessoas, e tal e coiso.

Alguém que lhe diga por favor que não é nada disso que se trata: repressão ou tabu. A malta não se importa nada de ver fotos de orgasmo caso as ditas sejam, de facto, bonitas, coisa que as fotos em causa não são. Uma mulher a esboçar esgares pouco sensuais e com os dentes de tabaco a verem-se impiedosamente causa repulsa e é por isso que tantas vozes se levantaram contra a exposição.

Eu duvido que o tal namorado da Clara goste mesmo dela, caso contrário tinha-a avisado da figura que está a fazer. Ou isso, ou está tão apaixonado que a amada nas fotos lhe parece lindíssima. Eu acho triste quando as pessoas não conseguem ter um certo distanciamento que lhes permita ver o que estão a fazer.

É que, mesmo se nos conseguirmos abstrair das expressões da protagonista, as fotos não estão nada de extraordinário, nem a nível de luz, composição ou ângulo. Se há coisa que odeio é quando vem alguém dizer, com ar de superioridade intelectual, aquilo que é ou não arte, e como é que devemos olhar para ela, quando claramente não há arte nenhuma envolvida

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Fim-de-semana



Frio e chuvoso e eu, estando de volta a Lisboa não vi a neve que caiu no norte e deixou asruas atapetadas de branco. Já no ano passado perdi os nevões de Janeiro e tenho pena porque já vai para dois anos a última vez que vi neve.

Ainda assim foi um bom fim de semana. O sábado foi o dia consagrado aos saldos, grande desgraça da minha já parca carteira. Aquele sol que ainda espreitou no sábado soube-me pela vida enquanto tomava café em Belém e via os turistas acotovelarem-se à porta dos pastéis.

Já o Domingo, com o frio que se fez sentir, foi ideal para ficar em casa a ver sessões de filmes de terror: o clássico de Hitchcock, "Os pássaros" e o recém-lançado "Actividade Paranormal", que vem na senda da campanha de marketing do "Blair Wicth Project", o qual, a meu ver, surte bastante efeito. Depois disso ainda houve tempo para um Caramel Macchiato no Starbucks, acompanhado daqueles deliciosos bolos que eles têm. Resultado? Dieta a partir de hoje! Logo no dia em que tenho que voltar a enfiar a cara e a coragem no novo envio de currículos.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Hoje no autocarro...

Em cerca de 20 minutos de viagem fiquei a saber que o moço que estava nas traseiras da viatura tinha acabado uma relação de 4 anos com a namorada, Carla, de 21 anos. Esta, encontrou trabalho em Dezembro e agora já não precisava dele para pagar a renda de casa, pelo que parece que o terá traído. O moço, saiu de casa ontem e hoje também não ia regressar. Está a ficar em casa de um amigo segurança. Na discussão, como não bate em mulheres, partiu a fechadura da porta de entrada e os vidros de duas janelas. Só lá há-de regressar a casa para consertar isso, para ela não dizer que ele lhe deve algo.

Descobri ainda que o dito rapaz começa a trabalhar segunda feira no El Corte Inglês, mas é no máximo até Junho, depois o plano é falar com o tio Zé a ver se ele lhe arranja trabalho no estrangeiro, que ele agora está determinado a emigrar. Tem contudo muita pena do tempo que perdeu na tal relação de 4 anos, porque a melhor amiga dele, há 4 anos atrás tinha um fraquinho por ele. Agora já não, que aquilo já lhe passou. Mas ele poderia agora estar bem melhor com ela. Porém, não faz mal porque há Inês, que é muito querida e se preocupa muito com ele, é uma miúda séria porque estuda psicologia no ISPA, está no primeiro ano, mas trabalha em part-time e tem dinheiro. E valoriza-o, coisa que a ex namorada não faria.

Há pessoas risíveis. É que foram literalmente 20minutos em que o rapaz estava ao telemóvel, a falar a alto e a bom som com a mãe do outro lado da linha. Despejou a vida toda dele ali, indiferente aos burburinhos e risinhos que entretanto se geraram dos outros passageiros. A conversa só terminou porque entretanto chegaram os senhores da Carris a controlar os passes e ele não tinha o dele. Explicação que deu? " Oh senhor segurança, esqueci-me do passe. Sabe, é que agora estou solteiro e saí de casa da minha namorada ontem. Com a discussão deixei lá tudo" E perante a incredulidade silenciosa do homem ele atira " Está a duvidar, é verdade. Pergunte aqui aos senhores passageiros!!"

Perante isto a minha única dúvida é : será que é uma técnica dele dar este reportório para no caso de virem os picas ele se tentar safar?!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Um dia vou andar com uma nota de 500 euros no bolso. Hoje foi o dia!

Um slogan Café Nicola para o meu pay day! Já deveria ter recebido mas estive fora de Lisboa e como só pagam em dinheiro tinha mesmo que cá vir fazer a colecta. Tive umas boas comissões e parece que uma das melhores avaliações. Saí do cofre com o dinheiro directa para os recursos humanos onde me perguntaram se estava interessada em voltar a trabalhar com eles. À falta de melhor, claro que estou, até aparecer algo melhor. Agora, quando me perguntaram se poderia ficar num contrato de seis meses e cumpri-lo até ao fim, aí tive que ser sincera e dizer que seria óbvio que não. Não há nada de mal trabalhar ali durante uns tempos, mas não é algo que me veja a fazer muito tempo e mal surgisse algo na minha área, daria de frosques. Qualquer modo é bom receber uma boa avaliação e entretanto fico à espera de propostas, de preferência na minha área. Já era altura dessas começarem a chegar!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O maior arranha céus do mundo

Todos os telejornais desta tarde e toda a imprensa que costumo ler deram esta notícia. O que poucos fizeram foi noticiar também por quem e em que condições este gigante de betão e aço foi construído. Milhares de trabalhadores, asiáticos na sua maioria, mantidos em regime de semi-escravidão, com longas jornadas de trabalho, comida racionada e em regime de cativeiro. Para construir o quê ao certo? Uma porcaria de uma torre com quase um Km de altura que irá ficar vazia na sua maioria, devido à crise imobiliária do Dubai no momento e ao preço exorbitante pelo m2 (qualquer coisa como 37 500 dólares). Um monte de sheiks megalómanos com uma obsessão muito masculina pelo tamanho e é este o resultado.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Entrar com o pé direito num novo ano é:


  • Ouvir muita música, música nova, que vicie, que entre pele adentro e faça o corpo dançar.
  • Dançar, muito. Fechar os olhos e fazer uma das coisas que mais gosto na vida. Acho que o que queria ser mesmo era bailarina!
  • Dar beijos na boca de quem se gosta. Beijos lânguidos e demorados e ficar com aquele sorriso no olhar que perdura o dia fora.
  • Sorrir.
  • Não fazer sol nem haver uma pontinha de azul no céu e mesmo assim sair para a rua sem medo do frio e desta chuva.
  • Chorar os medos e as mágoas que vieram do ano que acabou enterrá-los à medida que as lágrimas secam na face.
  • Fogo de artifício e confettis coloridos.
  • Fazer planos. De viagens, de concertos, de saídas, jantares, do regresso e da partida, do tudo e do nada. Planos irrealistas e abusados com a certeza ingénua de os alcançar.
  • Reorganizar o armário, fazer a mala e voltar a casa; á minha outra casa, e começar tudo de novo. Sem medos nem angústias nem preocupações.
  • Dançar pela vida como danço quando estou sózinha na minha sala.