terça-feira, 29 de junho de 2010

Eu odeio os espanhóis

Era só isto. Hoje estou amuada!

Selecção natural: a lei do mais forte

Não seria mais transparente limitar o número de imigrantes que entram no país do que inventar esta medida ridícula e descriminatória que em muito relembra os nazis?!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Giverny







Finalmente fui visitar a casa de Giverny, o lago dos nenúfares onde Monet pintou os seus famosos "Water Lilies". A casa é linda e o jardim é delicioso. Se vivesse ali acho que nunca iria querer sair de casa.

sábado, 26 de junho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ainda Saramago

“Desprendeu-se a vontade de Baltasar Sete-Sóis, mas não subiu para as estrelas, se à terra pertencia”.

Faz hoje uma semana. A notícia caiu pesada cá dentro. Ele já estava velhote e doente há uns tempos mas há pessoas que julgamos serem imortais. Que não deviam morrer nunca. Vou sentir falta de todos os livros que Saramago nao escreveu, de todas as verdades polémicas que não disse.

Surpreende-me haver cronistas, bloguers e afins a enaltecer a obra mas a condenar o homem por ter comparado Israel aos nazis, por exemplo. Não será verdade? Se os judeus sobreviveram ao holocausto para gerarem a aniquilação de outro povo em seu favor, o melhor era que tivessem sido extreminados. Será isto algo que nunca ninguém pensou antes? Eu já pensei.

Em 1991
o então subsecretário de Estado e da Cultura, António Sousa Lara, vetou a candidatura do “Evangelho segundo Jesus Cristo” ao Prémio Literário Europeu, alegando que o livro era ofensivo para os católicos. Também em 1994, a maioria da Câmara de Mafra considerou o “Memorial do Convento” um romance “prejudicial” para a imagem da vila recusando dar o nome do escritor a uma escola local. Não há nada de prejudicial a Mafra no romance, e quem o leu sabe-o, nem nada a que os católicos não pudessem sobreviver. Bando de hipócritas.

Tenho uma colega que diz que não gosta de Saramago porque era desbocado e porque conseguiu ser desprezado por todos os partidos politícos em Portugal. E como não gosta do Homem alega que não lê o Escritor . Respondi-lhe que se foi posto de parte por todos os partidos, foi por ser incómodo a muita gente. Como já alguém disse, Saramago pensou sempre pela sua própria cabeça. E isso pode ser uma dor de cabeça para quem tenta criar um rebanho a toda a força. O escritor é inquestionável, mas esta sua capaciade de crítica era a qualidade que eu mais admirava na pessoa.

Tira-me do sério

Expliquem-me a função e o relevo de um Parlamento - teoricamente a voz e o reflexo da vontade popular - quando as decisões que anula seguem em frente? O parlamento português já não é muito representativo da vontade dos cidadãos. Mas se há ocasião em que até defende os interesses da maioria, a decisão é depois anulada. Qual o relevo de um orgão meramente consultivo? Outra das coisas que me tira do sério e a denominacao de SCUT - auto-estradas sem custos para o utilizador. Será uma piada? Ou com o acordo ortográfico - outra medida com a qual a generalidade dos portugueses estava contra - estas palavras subitamente mudaram de significado?

"Eles comem tudo e nao deixam nada." Esta frase nunca me pareceu tão actual. E os portugueses nunca me estiveram tão caladinhos e conformados.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Isto é bonito :)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um grande amor...

"Sabia que todos os relógios de José Saramago estão marcados nas quatro da tarde, excepto o da cozinha? "É o único que está a funcionar. É assim...", conta Xavier Muñoz, sem conseguir disfarçar o embaraço da revelação, "é que no dia 14 de Junho de 86 Pilar conhece José numa entrevista de rádio que estava marcada para as quatro da tarde. Então José decidiu marcar todos os relógios nas 4 horas..."

Na edição de hoje do jornal Público.

Depois de a conhecer Saramago dedicou-lhe todos os livros. "A Pilar"...conheceu-a quando já tinha 62 anos. Já tinha sido casado, já tinha vivido. Não se espera nada nessa idade. Mas ela foi entrevistá-lo e mudou tudo ali. Ainda há amores loucos e inexplicáveis. E sem idade. O reencontro de duas pessoas pode dar-se a qualquer altura.

domingo, 20 de junho de 2010

"Somos genericamente a favor, numa fase em que o país necessita de medidas que aumentem a produtividade"

Sim minha gente, acabar com 4 feriados é mesmo a solução que Portugal precisa para aumentar a produtividade e aumentar o salário mínimo! Que brilhante ideia! Iguala o patamar daquela ideia de passar a semana de trabalho para as 60 horas. Vai ser mesmo o facto de se trabalhar mais 4 dias ao ano que vai fazer disparar a produtividade. Então e mudar o 25 de Abril para dia 23? Mas que raio de ideia é esta?! Para isso vale mais não se festejar o dia, que sentido faz agora ir festejar algo num dia que não é o de direito? Eu admiro imenso estas mentes da política portuguesa, tão empenhadas em contribuir para o futuro do país. Mentes que continuam a ganhar muito acima da média dos salários nacionais e que depois se dignam a vir a público anunciar estas medidas da tanga. Ora cortem lá um bocadinho na vossa auferição mensal, para ver se os cofres do estado talvez nao ganhem mais com isso, hein?!

Imagens do fim-de-semana





A leva de desiludidos

'Os 100 mil portugueses que emigraram entre 2007 e 2008 foram a primeira leva de desiludidos. A emigração política dos 60 acabou. As malas de cartão dos 70 também. As Linda de Suza de hoje trabalham em consultoras e empresas, são quadros jovens e promissores, gente com sonhos. Estão mais bem preparados mas nem por isso serão mais bem acolhidos. A livre circulação de pessoas esbarra nas novas reticências de uma Europa socialmente falida e incapaz de alargar o chapéu- -de-chuva social a todos. '

Ainda a propósito do e-mail xenófobo luxemburguês, este editorial do I de sexta-feira, ilustra bem as novas gerações de emigrantes que tem que lidar com os preconceitos e esteréotipos contra Portugal e os Portugueses.
A nova geração de emigrantes portugueses ja não é analfabeta e iletrada como a da geração de 60. São igualmente esforçados e ambiciosos, melhor preparados, capazes de falar duas ou três línguas fluentemente. É uma geração inteira desiludida com o país, onde nao vêem esperança ou oportunidade, nem hoje nem daqui a um ano. Nao é de admirar, num país pejado de dívidas e que cada vez mais corta direitos contra o trabalhador, em função de ainda mais medidas favoráveis para as empresas. Facilitam despedimentos, recibos verdes, contratos temporários, horários de trabalho alargados, horas extra sem a remuneração devida, precariedade...e depois de todos os descontos para o fisco todos os meses o que é que se usufrui? Serviços de saúde e eucação de má qualidade, burocráticos e demorados, transportes publicos cada vez mais caros, e por aí fora. Eu, se pudesse, ja nao regressava. ça c ' est sure!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Não me chegou como um assombro de espanto este e-mail que andou a circular no Luxemburgo. Quando lá morei, faz mais de dois anos, a opinião que os luxemburgueses têm dos portugueses não é a melhor e eu, muito sinceramente, não os culpo. Confesso até a minha vergonha quando tinha que revelar a minha nacionalidade. Sim, não era orgulho, era vergonha mesmo. Os portugueses com quem todos os dias me cruzava na rua falam alto e cospem para o chão. Dizem palavrões e atiram lixo no passeio. São brejeiros e pedantes. Falam sempre em português entre eles - curioso é que quando vêm a Portugal de férias falam sempre num françês pontuado pde palavrões em português - e são relutantes a aprender o luxemburguês, língua que o Grão Ducado tenta a todo o custo manter viva com aulas gratuitas.

O luxemburguês comum nao gosta de falar françês, fala alemão e luxemburguês. O françês é a língua dos emigrantes, a língua que o país adoptou aquando da grande leva de emigração nos anos 60 porque era mais fácil de aprender. O Luxemburguês comum é recatado e comedido, gosta das suas regras e de as fazer cumprir. O Português é todo o oposto. O luxemburguês orgulha-se das suas raízes e vê com desaprovação a invasão de mão-de-obra estrangeira que lhes roubou a identidade, mas que é necessária para fazer progredir e funcionar o Grão-Ducado. A verdade é que sempre achei o Luxemburgo um país sem identidade própria, não tem personalidade porque todas as influências chegam das suas fronteiras e da mistura de pessoas que o habitam. E é triste ver um país transformado numa salada de mistura, sem características próprias nem nada que o faça sobressair por ele mesmo.

É verdade também que não se pode generalizar e conheci muito português que saia fora destas regras mas que mesmo assim era discriminado. Bem sucedidos, educados, correctos, bem inseridos na comunidade. Um punhado de bons portugueses não compensa a fama que uma montanha deles tem vindo a deixar ao longo dos anos. É óbvio que não posso concordar com o teor do e-mail. É discriminatório e prejudicial. Só não me surpreende e, de alguma forma consigo compreender a sua origem. Da mesma maneira que em Portugal se inventam piadas e estereótipos com relacao aos emigrantes brasileiros ou ucranianos, apesar de generalizações deste género serem sempre perigosas. E em época de crise acentua-se mais a discriminação.

Saramago (1922-2010)

Apesar de todas as polemicas, um Senhor. E, para mim, um grande escritor.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dans Paris

Ele já se foi e a cidade ficou mais triste. Os últimos 10 dias passaram a voar e foram os melhores dias que tive aqui até agora. A companhia é tudo e uma cidade consegue ser muito mais magica quando a percorremos com quem nos diz tanto. O tempo não esteve soberbo, pelo contrário. É Junho e parece ser Outubro. Apanhámos dias de chuva, mas tivemos algumas abertas. Subi à Torre Eiffel por fim e comi macarrons Ladurée - não tem nada que ver com os restantes, são o equivalente a comer um pastel de Belém e comer um pastel de nata. Passeei-me pela cidade verdadeiramente como turista, de máquina ao peito e sandes empacotadas para comer em bancos de jardim, passeei-me de mãos dadas e fiquei um bocadinho ainda mais apaixonada por Paris.

Foi ontem...



...casa cheia. A voz dela é poderosa, percebe-se bem o porquê do nome "Florence + The Machine". O orgânico em primeiro plano, o fabricado tão apenas a acompanhar. O concerto durou uma 1h30m e passou a voar.

Nota negativa para o público no entanto, ainda que aplaudissem e chamassem pela banda, assim que uma música começava ficavam estáticos e silenciosos. Como é que é possível ir ver um concerto destes, em que a vocalista se mexe o tempo todo em palco, as músicas a transbordar ritmo, e ficar ali especado, direito e parado a olhar apenas? Foi tão ridículo que a Florence parou a "Dog Days" a meio para anunciar: "Ok, agora vou-vos ensinar um passo de dança: 1º movimento - saltar para o ar; 2º - abanar os braços no ar!" Literalmente isto. E os franceses assim fizeram, durante o minuto seguinte. Depois voltou tudo à imobilidade de antes. Eu pulei e cantei até ficar cansada, apesar dos olhares reprovadores da malta ao lado que se via que preferiam um vizinho mais silencioso num concerto. Este público é óptimo para uma casa de fados, não para um espectáculo assim.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Em Paris...

é comum cruzar-me com portugueses frequentemente. Inclusive com famosos portugueses. Na sexta cruzei-me com o André Sardet na passadeira da Torre Eiffel, em amena passeata com a família. Hoje no metro da Concorde cruzo-me com um dos irmãos Guedes, o Ricardo ou Pedro - não os distingo - acompanhado da namorada/mulher - acho que se chama Telma qualquer coisa, também modelo. Não sou fã de nenhum deles mas leio revistas e conheço as caras. Quer-me é parecer que Paris é, no fundo, uma grande vila.
É por estas e por outras que as novas gerações estão cada vez mais mal educadas, seja em termos de conhecimentos seja em personalidade. Com facilitismos destes ficam as crianças a achar que tudo se conquista sem esforço. Para quê?! Em prol de estatísticas de um governo que já esta mal visto faz muito tempo?! Depois, a ajudar a (má) educação que se dá nas escolas junta-se a educação dos pais que também não me parece muito melhor, hoje em dia os pais querem ser amigos dos filhos e não pais, não gostam de contrariar para não aborrecer, onde não se ensina a dizer "obrigada" e "se faz favor" ou "com licença". Que belo país se está a formar!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Só isto...

Paris é uma cidade muito mais, mas muito, mais bonita quando a percorremos ao lado de quem se gosta.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mais um ano que não vou estar...

Ando, de ano para ano, para ir aos Santos Populares em Lisboa. Moro em Lisboa há já uns dois anos e nesta altura nunca estou na cidade. Ainda não vai ser este ano. Sardinhas e romarias, guardem-me um lugar para o ano que vem, a ver se é desta!

domingo, 6 de junho de 2010

E já que não posso ir a casa...

vem a casa até mim! Daqui a duas noites! Coisas que pedi de Portugal: pastilhas elásticas, esparguete - odeio o esparguete daqui -, revistas e sobretudo, mais do que tudo, aquele abraço.

Et voilá! Le Louvre.









Enfrentei a enchente de filas e pessoas e fui finalmente ao Louvre. Da próxima vez tenho que levar um guia porque me perco no meio de tanta pintura. Claro que fui espreitar a Mona Lisa! E que triste destino o daquele quadro, perdido no meio de uma sala onde imperam pinturas gigantescas, rodeado de vidro anti-flash e mal apreciada pela horda de turistas que se acotovelam à sua volta e disparam as suas máquinas assin que se aproximam, sem sequer olharem o quadro pelos seus próprios olhos. Tiram fotos ao longe e com zoom, fotos com cabeças e braços de outras pessoas pelo meio...o que importa é conseguir uma foto da Mona para se puder mostar aos amigos quando se falar na viagem que fizeram a Paris. E, se algum amigo lhes perguntar como é o quadro ao vivo, se tem alguma mística ou como se desenha o sfumato do DaVinci ao vivo, duvido que eles saibam dizer alguma coisa mais do que a foto mostra.

Comecei nas galerias de pintura renascentista e acabei nos aposentos do Napoleão. A colecção egípcia e grega ficam para uma próxima. O final da tarde acabou numa esplanada em St. German de Prés com gelado italiano e vitrine sobre a cidade.

E já que chove...

adia-se o piquenique uma vez mais (desde que cheguei a Paris e vi como é frequente e usual fazerem piqueniques em qualquer parte, que tenho vontade de fazer um, com copos de vidro a sério e tudo!) e aproveito que estamos no primeiro domingo do mês - os museus são grátis - para ir ao Louvre pela primeira vez. Sim, é verdade, estou em Paris há dois meses e ainda não fui ao Louvre. As enchentes de pessoas desanimam-me sempre e prefiro museus mais pequenos e menos confusos. Mas estar em Paris e não ir ao Louvre é como estar em Roma e não ver o Papa. A segunda já fiz, a primeira é hoje o dia!
Ontem esteve um sol fantástico em Paris, 27 graus, manga curta e chinelo no pé. Hoje acordei com a chuva a bater na janela e um céu cinzentão e pesado, parece Inverno. Já não existem mesmo quatro estações ao longo do ano, agora existem quatro estações num mesmo fim-de-semana.

sábado, 5 de junho de 2010

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Disneyland







A pedido da F., aqui ficam algumas imagens da Disney! Esta já foi a segunda vez que lá fui e não vai ser a última porque comprei o passe anual. Fica praticamente pago após a segunda visita e ainda tenho descontos em lojas e restaurantes.

Faltam 4 dias...

:)

quarta-feira, 2 de junho de 2010


Amanhã é feriado em Portugal e eu não vou trabalhar por aqui também. Trabalhei nos feriados franceses mas tenho direito aos portugueses! E amanhã é dia de Disneyland! Para celebrar o dia da criança em atraso! :)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Hoje é dia da criança. E eu sofro do síndrome de Peter Pan! Já fui tão feliz neste dia!

I am dreaming...


com praias de areia branca. Aqui continua a chover. E um verão inteiro enfiada em Paris não me parece nada apetecível. A Bretanha e a Normandia podem ser muito bonitas mas o mar deve ser gelado. E Cannes e o quentinho Mediterrâneo ficam a 5 horas de comboio de distância!