Hoje lembrei-me deste medley ( tentem esquecer as legendas em espanhol, foi o único vídeo que encontrei no youtube com a cena do filme completa!) Sei-o de cor desde que o filme saiu e recordo-me de, na viagem de finalistas da faculdade ao Egipto, a ter cantado a meias com um rapaz de uma outra turma numa viagem de autocarro entre Luxor e Hurgharda. Foi um momento e pêras! e na altura, só pelo facto de ele cantar bem e saber as "deixas", apaixonei-me por ele pelo tempo que durou a viagem ( diga-se, os 3 dias restantes!) E lembro-me como era fácil achar-me apaixonada, só porque alguém gostava das mesmas coisas que eu. Lembro-me da leveza, da ideia do próprio amor. Hoje, recordei-me da música não sei porquê - apenas porque tenho por hábito cantarolar - e anos depois dei conta que ainda a sei cantar, ainda que desta vez sózinha enquanto cozinho o jantar.
E pensei que, anos depois também, já não é nada fácil apaixonar-me ou sequer julgar que estou apaixonada. A ideia sobre o amor, também muito diferente. E ocorreu-me: depois que ela morre, ele faz o quê? Casa, tem filhos, ou vive como o escritor solitário que procura em outras a mulher que amou, sem nunca mais achar. Devíamos saber essa parte da história. O que acontece depois de um grande amor?! Come what may. É um statement tremendo: aconteça o que acontecer. E o amor, ou o amor a sério, julgo que será assim. Perdura, apesar de tudo.
Isto talvez venha a propósito de uma conversa que tive com uma amiga hoje, em que ela defende que, para haver amor, basta existirem duas pessoas, com gostos em comum, que preencham minimamente as expectativas e requisitos um do outro, e com o objecivo de terem uma relação juntos. Ou seja, que a probabilidade de amar é tão vasta quanto o universo de pessoas que tem que ver connosco e que se decidem juntar. Que o que nasce dessa convivência é amor. Tenho um outro amigo que partilha a mesma teoria. Menos eu! Eu acho que é algo bem mais raro e bem mais difícil, que posso até gostar de alguém por ter coisas em comum comigo e fazer parte da minha vida...posso gostar muito e não ser amor. O Amor pode ser encontrado na pessoa mais insuspeita, na menos indicada para nós, a que mais nos magoa, da qual nos desencontramos tanta vez, com planos de vida diversos, e mesmo assim, come what may. É algo que se sente na pele, e toca cá dentro, onde não muitas mais pessoas vão tocar. Relações, gostar muito, isso podemos ter muita vez. Agora o resto!.... aqui - minuto 3h35 (Isto com as legendas hoje é que não está a correr muito bem!)