quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O que aconteceu ao Christian depois que a Satine morre?

Hoje lembrei-me deste medley ( tentem esquecer as legendas em espanhol, foi o único vídeo que encontrei no youtube com a cena do filme completa!) Sei-o de cor desde que o filme saiu e recordo-me de, na viagem de finalistas da faculdade ao Egipto, a ter cantado a meias com um rapaz de uma outra turma numa viagem de autocarro entre Luxor e Hurgharda.  Foi um momento e pêras! e na altura, só pelo facto de ele cantar bem e saber as "deixas", apaixonei-me por ele pelo tempo que durou a viagem ( diga-se, os 3 dias restantes!) E lembro-me como era fácil achar-me apaixonada, só porque alguém gostava das mesmas coisas que eu. Lembro-me da leveza, da ideia do próprio amor. Hoje, recordei-me da música não sei porquê - apenas porque tenho por hábito cantarolar - e anos depois dei conta que ainda a sei cantar, ainda que desta vez sózinha enquanto cozinho o jantar.

E pensei que, anos depois também, já não é nada fácil apaixonar-me ou sequer julgar que estou apaixonada. A ideia sobre o amor, também muito diferente. E ocorreu-me: depois que ela morre, ele faz o quê? Casa, tem filhos, ou vive como o escritor solitário que procura em outras a mulher que amou, sem nunca mais achar. Devíamos saber essa parte da história. O que acontece depois de um grande amor?! Come what may. É um statement tremendo: aconteça o que acontecer. E o amor, ou o amor a sério, julgo que será assim. Perdura, apesar de tudo. 

Isto talvez venha a propósito de uma conversa que tive com uma amiga hoje, em que ela defende que, para haver amor, basta existirem duas pessoas, com gostos em comum, que preencham minimamente as expectativas e requisitos um do outro, e com o objecivo de terem uma relação juntos. Ou seja, que a probabilidade de amar é tão vasta quanto o universo de pessoas que tem que ver connosco e que se decidem juntar. Que o que nasce dessa convivência é amor. Tenho um outro amigo que partilha  a mesma teoria. Menos eu! Eu acho que é algo bem mais raro e bem mais difícil, que posso até gostar de alguém por ter coisas em comum comigo e fazer parte da minha vida...posso gostar muito e não ser amor. O Amor pode ser encontrado na pessoa mais insuspeita, na menos indicada para nós, a que mais nos magoa, da qual nos desencontramos tanta vez, com planos de vida diversos, e mesmo assim, come what may. É algo que se sente na pele, e toca cá dentro, onde não muitas mais pessoas vão tocar. Relações, gostar muito, isso podemos ter muita vez. Agora o resto!.... aqui - minuto 3h35 (Isto com as legendas hoje é que não está a correr muito bem!)
Eu não sei mas começo a crer que o povo português é mesmo palhaço e refém de si mesmo. Alguém teve esta ideia peregrina! Os navios estavam em idade de reforma e alguma luzinha se deve ter aceso nestas mentes da marinha ou algum empresário com interesses por trás. Ora então:
 - Paga-se a uma empresa canadiana para vir explodir um navio que vai ficar a poluir o mar (apesar do dinheiro gasto para - dizem eles - retirar os amiantos e óleos, um navio a enferrujar debaixo de água é sempre fonte de poluição na minha opinião, mas ok) para que no próximo Verão venham as ordas de turistas munidos de equipamento de mergulho, visitar o museu sub-aquático! Que ideia de génio, com certeza!! Deve ser um novo nicho no mercado turístico que com certeza irá contribuir para a saúde financeira de Portimão e do país, inacessível porém ao comum dos portugueses que, ou eu muito e engano ou não pratica mergulho sub-aquático.

Não seria melhor atracar o navio a uma doca e abri-lo ao público? Sem gastos adicionais para lá de uma limpeza, fica o navio quietinho no cais e não a enferrujar no mar, entradas a 5 euros e turistas e portugas poderiam visitar aquele pedaço de história portuguesa em equidade fiscal. Ou mesmo que o desmantelassem, o ferro velho ao que sei dá bastante dinheirinho...ou não tivesse enriquecido o tipo dos robalos.
 
Que circo este país. Muita matéria terão os comediantes!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

"Há aparentemente enorme desvio entre o que os portuguesesacham que devem ter como funções sociais e os impostos dispostos a pagarpara assegurar essas mesmas funções. E esse problema é difícil”, concluiuVítor Gaspar.

Esta notícia já é de ontem, mas como optei por me alhear de tudo o que é serviço informativo de televisão, pelo menos não tenho que ouvir estas alarvidades, limito-me a lê-las no dia seguinte.
Gostava de perguntar ao Sr. Gaspar de que funções sociais usufruo eu?! Eu que desconto mais do que poderia, que com os novos impostos não vou ter oportunidade para poupar para uma reforma que não vou ter quando chegar a velhice. Sistema de saúde? Zero ! Educação? Zero! Usufruí em tempos, quando estudava e era abrangida pela ADSE dos meus pais, em que os médicos saíam baratos. Tinha 20 euros de abono anual e uma bolsa de estudo de 47 euros mensal. Isso é uma grande função social do estado?! Para aquilo que eu pago?! Não creio! Como vinha num comentário no Público, ou temos um sistema como na Suécia, em que se desconta à grande mas tudo é praticamente gratuito e o estado é de facto Social, ou um sistema como nos Estados Unidos, em que se não descontar não usufruo. Neste momento em Portugal, temos a mistura do pior destes dois sistemas: descontamos muito, usufruímos zero. Então para onde vão os meus impostos?! Para o salário de grandes gestores?! Para as 400 fundações ainda activas, para o carro de serviço a que Mário Soares tem direito mesmo já não estando no Governo anos?! As rendas vitalícias por meros aninhos de serviço público? Mas que merda é esta Sr. Gaspar?! Para me vir dizer que a minha expectativa está muito desfasada? Está é muito desfasado o trabalho que andam a prestar ao estado e que devia ser antes de mais nada isso mesmo, trabalho. Não uma alavanca que garante subsídios o resto da vida e trampolins para voos mais altos.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Não pude deixar de sorrir com isto. O bicho parece mesmo falar chinês!:)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Este poema fez tanta parte da minha vida, quando a minha casa ainda estava no meu amor...

Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,

pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.

Manuel António Pina, in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde"

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

É mesmo isto...e toda a gente vê menos o nosso Governo

"IN HAPPIER days before the euro crisis, one government in Lisbon rebranded the Algarve as the Allgarve, hoping to appeal to English-speaking tourists. Now a Portuguese wit suggests rebranding the whole country as Poortugal."

By the Economist
Tenho andada alheada das notícias. Em casa, à hora de jantar deixei de sintonizar o telejornal porque perdia sempre o apetite. Não impede no entanto a falência deste escapismo, e hoje quando abri os jornais juro que me doeu o peito e a preocupação que anda por cá de maneira constante foi agravada com esta noticia!

Foi no Jornal de Notícias que aprendi a ser jornalista, foi aqui que me apaixonei pela profissão, foi aqui que me dei conta também que a objectividade e imparcialidade na sala de redacção têm  interpretações diferentes das que damos na faculdade. Os interesses estavam lá: houve histórias que quis perseguir e não me deixaram, houve palavras ou frases que era sugestionada a alterar, fui gentilmente convencida a tomar café ou almoçar com acessores de imprensa de câmaras municipais para a boa manutenção dos contactos ( recusei das duas primeiras vezes  que o acessor me convidou porque achava aquilo tremendamente despropositado em termos de objectividade, à terceira foi o meu editor que me veio ensinar os meandros do jornalismo real e os cafés lá passaram a fazer parte do trabalho, junto com o pedido de ter atenção ás palavras escritas. Isto para explicar que é claro que o jornalismo português sempre sofreu de influências, mas penso que ainda era capaz de prestar um serviço razoável  ao país em termos de jornalismo..

Mas com isto agora, como diz a peça títulos históricos como o DN, que fazem parte da história de Portugal desde o século XIX, agora vendido a Angolanos. E quem fala em Angolanos fala de ingleses, chineses, suecos....não há uma lei que impeça a venda de media a capiatis estrangeiros?! Sou só eu que acho isto completamente flagrante?! A sério, não há uma lei?! Não há nada que possa impedir isto?! Andamos a vender o país aos pedaços pela oferta mais alta. No final não vai sobrar nada para os portugueses.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Dois currais = a duas garagens

É este o estado do nosso desgoverno e da caça a tudo o que possam sacar às pessoas. Neste caso ninguém me contou, são os meus avós que foram intimados com um agravamento de IMI em 200 euros.  De 60 euros anuais a humilde casa deles irá passar a custar 200 euros anuais (são pessoas que sempre viveram da terra, o meu avó em obras de calçada, trabalho duro a vida toda e reformas de 70 euros por mês).

Na última avaliação imobiliária consideraram que a casa deles tem 3 garagens: uma garagem efectivamente, mais os dois currais, um de ovelhas, outros dos porcos. Podemos portanto considerar que os currais são agora equiparados a garagens de animais?! E os animais, também vão passar a contar como se fossem Ferraris?!

Hoje pela primeira vez tomei a coragem de fazer os cálculos ao que vou passar a receber em Janeiro e apetecia-me chorar, bater pé, fazer birra, ou apenas sair-me a sorte grande num dos cvs que tenho enviado e ver aparecer-me um bilhete de saída para londe daqui.  Vou ganhar o suficiente para sobreviver, fazer casa-trabalho, sem gastos adicionais nem nada daquilo que faz valer a pena viver, na verdadeira acepção da palavra. Há gente que possivelmente irá passar fome. E em todo o lado, nem vislumbre de uma alternativa! Onde vamos parár? Não sei, mas estou seriamente preocupada com este cantinho da Europa.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

E o Outono, aos poucos, começa a instalar-se em Lisboa












É a luz que fica diferente, as cores da cidade, o chá quente que começa a apetecer...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Por mais longe, por mais tempo que passe, por mais que repita para mim que tudo vai correr bem a dada altura e que a vida se irá recompor, a tristeza colou-se-me à alma e habita-a como uma segunda pele. Pergunto-me como posso ainda sentir tanta falta de quem me fez tão mal, como é que ainda se pode gostar tanto de quem gostou tão pouco de nós. Como é que alguém que só nos magoa causa esta dor abissal derivada da falta.

Gostava de ser mais desapegada, de conseguir fechar as coisas em gavetas que não voltasse a abrir, de seguir em frente sem olhar para trás, de não sentir falta, de não sentir saudades. A minha mãe diz que quando nos desapegamos facilmente é porque não era amor, que o amor é um farol, constante. Ora eu acho que o amor é uma bela merda capaz de nos dar cabo da vida. Porque no final, por mais musiquinhas românticas que façam sobre o tanto que é aquela pessoa na qual se pode confiar e depender totalmente, isso so é verdade até ao dia em que deixa de o ser, até haver algo mais importante, até já não dar jeito, até sermos dispensáveis. E de meu grande amor passa-se a alguém insuportável que se despreza.

Sim, tornei-me incrivelmente amarga e desiludida. Nunca pensei ser tão magoada. E a ferida foi/é tão grande que acho que não tem cura.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Inegável




The good ones are always taken. Damn!!

Não deve demorar muito a vir nas revistas

Ontem fui jantar ao Pharmacia. Apesar do espaço ser muito giro e o restaurante valer por isso, a comida não me causou um wow, como à maior parte dos meus colegas de jantar. O conceito é baseado em petiscos, os quais estavam medianos a meu ver. Isto porque há um restaurnate de petiscos em Viseu que ficam muito á frente do Pharmacia, então o meu padrão é elevado. Além disso, no momento em que me dei conta que os camarões com molho de queijo não tinham sido limpos e que estava inclusive a comer casca a minha impressão fico condicionada ao medíocre/mau em termos de comida. O leite creme por seu lado estava delicioso.

Nisto,  quem vi por lá em clima romântico? Maya Booth e Albano Jerónimo, par na ficção da novela da SIC. Véspera de feriado, velas na mesa, muitos sorrisos e clima de flirt, mãos dadas, não acho que estivessem ali para treinar as falas. Sendo que o senhor em questão é casado e teve um filho recentemente, não fiquei com muito boa impressão da cena. Se bem que se diz por aí que ele tem um relação aberta e vai andando com umas e com outras. Artistas?!
Finalmente a revista Playboy meteu uma gaja nua na capa. Marta Pereira. Lá no trabalho, o universo masculino continuou a queixar-se. Diz que aquilo ainda não chega, que faltam as fotos explicitas e em grande plano dos buracos da senhora. Seriously, Nojo!!
5 de Outubro. Último ano em que se festeja o feriado e eu a trabalhar. Que bem que estava na cama! Foi só um desabafo invejoso! Podeis regressar ao vosso fim de semana alargado!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O Verão inteiro

não houve uma única melga cá em casa. As janelas estiveram sempre abertas, as luzes acesas, e nada de nada....ontem, noite fresquita de Outubro, uma p*** de uma melga esperta como o raio, começou a atazanar-me a cabeça desde a hora em que apaguei  a luz, seria uma meia noite, até ás 3h da manhã. Foi o tempo que demorei a caça-la. Nessas 3 horas, o inferno. Deitava-me decidida a dormir no matter what, meia hora depois lá vinha ela zunir-me ao ouvido, só para eu me levantar, acender a luz e passar o quarto em revista sem nunca a encontrar. Não me lembro de ter dito tanto palavrão seguido ultimamente.E hoje, claro, andei o dia a arrastar-me.