quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Este é o assunto do dia. Está em todos os jornais, em todas as televisões...e por todo o lado se ouve protestos contra os guardas e forças de segurança. Vivam os direitos humanos e coitadinho do preso, e tal...Não concordo nada com isto. Acho que, num caso destes, o que se faz mais? Se já tinha sido advertido várias vezes, se já tinha ido ao psicólogo, se provavelmente já lhe haviam falado com educação...agora o guarda era suposto ir lá fazer o quê?! Pedir-lhe por favor?! Se calhar com o choque eléctrico em seguida ele foi limpar a cela finalmente. Sem o choque e se ficassem pelas palavras, muito provavelmente continuaria tudo na mesma.
E talvez diga isto porque o meu pai faz parte da profissão e sei como as coisas funcionam. Sei que eles arriscam levar com uma seringa infectada e nem sequer têm seguro contra todos os riscos, como, por exemplo, os serviços administrativos que passam o dia alapados na cadeira. Sei que são eles que arriscam a pele nas perseguições quando alguém foge e eles passam a noite no meio do mato a caçar um tipo que se ficar livre vai acabar por cometer os mesmos crimes que o levaram dentro. Sei que são desafiados pelos próprios reclusos que sabem muito bem quais os direitos que têm e que ameaçam com queixas caso se encoste um dedinho.

Esta malta violou, matou, roubou...repetidamente muitas vezes...e não são indivíduos fáceis, educados. Vão dentro uns quantos anos, têm TV cabo nas celas, requerem consolas de jogos e Internet e ainda lhes pagam as drogas todas quando são dependentes...deixar o pobre recluso a ressacar? Não, isso vai contra os direitos humanos, vamos pô-lo num programa duradouro de metadona que sai caríssimo aos contribuintes, mas que nem fazem ideia de quanto custa ao mês.
E depois os polícias é que são maus, e coitado do preso, afinal ele só não limpou a cela. Se fosse um filho rebelde iriam fazer o quê depois de as conversações falharem? Dar-lhe um puxão de orelhas ou um par de estalos, certo? Há coisa que só resultam com alguma intimidação. E neste caso era precisa. O que foi verdadeiramente estúpido, a meu ver, foi terem filmado tudo.

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