A vida dele está a compor-se para melhor lá. O que pagam é incomparavelmente melhor, o trabalho é também ele incomparavelmente melhor. Os currículos que envia para aqui vêm todos sem resposta. E eu convenço-me cada dia que passa que isto vai ser por muito mais que seis meses. E que eu não estou disposta a estar aqui pelo tempo que for. Quando é que será que ele percebe que não me pode manter à espera baseada num tempo indefinido e indefinível em que supostamente regressará?! Quando é que ele percebe que um dia desligo o telefone e o e-mail de vez? Quando é que percebe que mais do que amor, importa ter um amor presente, concretizável. Ou então amor nenhum. Escolho a paz de espírito a esta agitação ansiosa de não saber e só esperar sem saber se aquilo que se espera irá alguma vez acontecer. Meu amor, o optimismo fica-te bem, mas só quando não é irrealista.
Desculpa o atrevimento da minha opinião.
ResponderEliminarMas como portuguesa no Brasil e como leitora do blog, cá vai: porque não uma temporada de um ou dois anos no Brasil?
Isto porque também pareces insatisfeita no trabalho.
É que aqui há um mundo de oportunidades com a tua formação, acredita. E para ele talvez seja mais fácil colocar-se em Portugal já com expreiência de trabalho.
Desculpa o meu atrevimento, mas parece-me tão obvio (de fora das situações é sempre tudo fácil:)
Não tens de pedir desculpa pelo atrevimento, porque não é atrevimento .:) Seria mais simples sim se pudesse ser assim, e, como dizes, o meu trabalho aqui também não é o que desejo fazer da vida. Mas há outros constrangimentos que impedem tudo isso, maiores do que eu ou ele. Acho que há alturas em que a vida ganha apenas.
ResponderEliminarObrigada pelo comment! ;)
Ainda assim, é impossível não sorrir um pouco por esse optimismo. Espero que as coisas se resolvam em bem. Já merecias paz de espírito.
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