sexta-feira, 1 de junho de 2012

É em dias como os de hoje, ou semanas como esta que passou, que eu penso que não me importava de ser mal paga e explorada e voltar ao jornalismo. Sem horários rígidos a cumprir, sem estar o dia inteiro enfiada em 4 paredes e nem ver a luz do sol, porque a luz que predomina é a artificial que me tem piorado a miopia. Sobretudo sem passar mais de 8 horas sentada porque o jornalismo de que falo e que gostei de fazer implicava andar na rua, ir onde fosse preciso e só me alapava ao pc para escrever a história. Ando com uma dor de pulso absurda que ginásio nenhum ajuda e o meu ponto alto do dia foi uma massagem de 15 minutos ao braço que não me deixa dormir porque não tenho posição para ele à noite. Mas depois, quando mando uns cvs e vejo as propostas de "emprego" desisto logo da ideia de voltar. É mau demais, não conseguiria sobreviver em Lisboa com o que pagam. E aí instala-se uma tristeza pesada, um olhar em redor e pensar que posso passar a vida toda a fazer algo que não me dá absolutamente prazer algum. A solução é continuar a procurar, mas não aqui...ainda que sair de Portugal agora ainda me seja difícil...ainda falta recuperar forças, colar os pedaços até estar suficientemente forte...não, ainda não é já. Entretanto, será que pagam bem aos guardas florestais? Dava tudo para trabalhar fora de escritórios modernos e com ar condicionado.

2 comentários:

  1. És tu com os guardas florestais e eu com a panca de ser varredora de rua.Dias inteiros com os meus pensamentos a apanhar ar puro? AH, o sonho...

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  2. É mesmo, o sonho Analog! Parece que a vida moderna nos está a apanhar na sua rotinazinha "inescapável"

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