"Sempre estive convencido que o meu percurso académico com 8 anos de frequência universitária e elevado número de cadeiras concluídas, em mais do que um plano de estudos curriculares, correspondesse a um curso superior," diz na justificação enviada aos trabalhadores. Veja ao lado o comunicado de Marcos Baptista a pedir suspensão do mandato dos CTT e o comunicado da administração dos Correios"
Marcos Baptista, Administrador dos CTT a tentar justificar o facto de ter adulterado o CV. Muitos bebedolas conheci eu em Coimbra, que demoravam uma média de 6 a 10 anos a completar o curso . Não apostaria num tipo destes para ser administrador de coisa nenhuma. Como é que o país não há-de estar mal com gente desta a ocupar posições cimeiras nas empresas?! Vergonha!
quinta-feira, 31 de março de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
29 de Março
Costumávamos marcar todos os 29, como se fosse um número mágico da sorte. Ansiávamos pelos 29 como uma criança antes de um dia de passeio. Eram dias tão cheios de promessa, tão férteis e luminosos como a nossa história prometia ser sempre. Para sempre! Porque mais ninguém tinha sempre duas semanas como nós, e nós tínhamos duas semanas passado um ano e duas semanas ainda passados cinco. Talvez fosse verdade que pudéssemos ter tido tudo, ter sido tudo. A inveja de quem nos olhava a paixão de lado, de quem comentava o óbvio que era o quanto eras apaixonado por mim, ou eu por ti.
Acho que nunca vamos saber. Mas sei que não quero olhar para trás, porque eu não sou uma pessoa que se prende à nostalgia. O que eu anseio é por construir. E, como numa frase que li hoje, desisti de quem não me quis merecer. Mesmo que tu tivesses tentado. Eu sei que tentaste. Mas estás-me a fazer tão infeliz! Por isso aumenta o volume, meu amor. E como conheces os decibéis da minha voz, sabes que deste lado sou eu que estou a cantar esta música até arranhar a garganta e te expulsar de dentro de mim.
Acho que nunca vamos saber. Mas sei que não quero olhar para trás, porque eu não sou uma pessoa que se prende à nostalgia. O que eu anseio é por construir. E, como numa frase que li hoje, desisti de quem não me quis merecer. Mesmo que tu tivesses tentado. Eu sei que tentaste. Mas estás-me a fazer tão infeliz! Por isso aumenta o volume, meu amor. E como conheces os decibéis da minha voz, sabes que deste lado sou eu que estou a cantar esta música até arranhar a garganta e te expulsar de dentro de mim.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Aos poucos vou dando conta que o pior do meu trabalho, não é o aborrecimento, as semanas infindáveis sem nada para fazer, o stress em dia de deadlines, a pressão do quão caro pode sair um erro, o ter de empinar regras de mercados financeiros, coisa que tão pouco tem que ver comigo. O pior de tudo são as colegas! Se as colegas fossem umas porreiras e não houvesse intrigas nem invejas tudo era mais suportável, mais fácil e as segundas feiras não eram uma tortura tão grande.
Um exemplo?! Em breve vamos ter mais duas pessoas na nossa equipa: uma rapariga e um rapaz. A rapariga sabíamos que seria da República Checa e, tanto em Lisboa como em Paris se começou a especular sobre a sua aparência, sobretudo os rapazes em Paris, já a sonhar com uma checa loira de olho azul. Ora, na semana passada a moça apareceu aqui pela primeira vez e é a antítese dessa imagem: cabelo preto pelos ombros, pele morena até. O comentário da Miss mundo aqui do estaminé assim que ela vira costas": Vou já telefonar para Paris a dizer que ela afinal não é nada gira". "És muito simpática" foi a minha réplica, ainda meia parva daquele comentário tão feito tão rapidamente e sem pudor. Além de que, a rapariga não é feia,, de todo. Apenas não é o que toda a gente esperava e a Miss temia que lhe viesse fazer concorrência. Não tenho pachorra para gente assim e há dias em que se torna muito difícil apenas não virar costas.
Há uns tempos, quando explicava o teor do meu trabalho a uma amiga, ela interrompe-me com um suspiro e um espanto na voz, uma quase exasperação "Não sei como consegues, eu já tinha saído de lá". Mas tenho alternativa? Posso-me dar ao luxo de pegar e bater com a porta, decidir o resto depois? Como pago as contas? Volto a casa dos pais? Vou trabalhar para uma loja? Tenho alguma escolha na merda deste país em que ter um trabalho já é suposto ser uma grande bênção? O estrangeiro começa a ser cada vez mais um apelo maior. E ou aparece aqui alguma coisa que me faça querer ficar, ou então quando mais longe melhor.
sexta-feira, 25 de março de 2011
P!nk - F**kin' Perfect
Ouvi na rádio hoje pela primeira vez. Gosto de Pink. Não deixa de ser pop, mas é um pop com garra, talvez ela atitude dela que me agrada, aquele jeito de maria rapaz durona mas que no fundo escreve letras cheias de emotividade sobre o amor, como por exemplo esta, que para mim é das mais bonitas dela. E depois tem 1.60m, como eu. A mostar que as baixinhas também dão cartas no mundo das famosas.
Um café e um smile se faz favor!
Hoje tive um dia bom e isso faz-me querer escrever. Um dia bom não! Na verdade, o dia foi péssimo, um humor de cão, uma jornada aborrecida, colegas a transbordar de má língua e eu respondona a tudo hoje!
Mas bastou um sorriso enorme do moreno de olhos verdes do café que me deixou um smile desenhado no caramel macchiato junto com o meu nome - tive pena de não ter a máquina comigo para tirar foto à obra de arte - e me tratou por Merenwen isto, Merenwen aquilo, como se me conhecesse desde sempre, para me alegrar o dia inteiro. " A Merenwen espera agora aqui ao pé mim que já lhe dou o seu pão aquecido que sabe muito melhor". Ah pois sabe! Serviço 5 estrelas aquele moço! Já não me lembrava como um flirt de um homem bonito nos pode deixar bem-dispostas!
Mas bastou um sorriso enorme do moreno de olhos verdes do café que me deixou um smile desenhado no caramel macchiato junto com o meu nome - tive pena de não ter a máquina comigo para tirar foto à obra de arte - e me tratou por Merenwen isto, Merenwen aquilo, como se me conhecesse desde sempre, para me alegrar o dia inteiro. " A Merenwen espera agora aqui ao pé mim que já lhe dou o seu pão aquecido que sabe muito melhor". Ah pois sabe! Serviço 5 estrelas aquele moço! Já não me lembrava como um flirt de um homem bonito nos pode deixar bem-dispostas!
quinta-feira, 24 de março de 2011
Morreu a mulher mais bonita do mundo
quinta-feira, 17 de março de 2011
Este blogue vai entrar em retiro
Não tenho medo de estar sózinha. Sou, aliás, uma pessoa que se distrai bem só, algo individualista. Gosto dos meus momentos sem mais ninguém em volta. Mas o meu grau de presente solidão alcançou um nível absurdo. Há muito, muito tempo que não sentia este vazio no peito, esta sensação do mais completo abandono. Perdi o meu melhor amigo de anos, fruto de decepção atrás de decepção. Era aquele com quem contava para tudo, a quem contava tudo, em quem confiava. A quem, por mais longe, estava sempre presente. Mas a dada altura não dá mais!
Chora-se tanto, sofre-se tanto, magoam-nos tanto...e não dá mais quando se dá conta que já não falamos a mesma língua, que nenhum dos dois se entende. Mas sobretudo, quando já estamos na defensiva, à espera que a próxima atitude que dali saia nos vá magoar ainda mais que a anterior. Não há mais confiança, deixa de se acreditar naquela pessoa e isso é fatal. Não sei fazer o luto de um amigo, nunca soube, ainda hoje me dói aqueles que perdi pelo caminho, e já perdi alguns.
Não era suposto perdermos as pessoas com quem partilhamos tanto, que sabiam tudo de nós, com quem construímos tanto castelo no ar e concretizamos tanto sonho. Mas a verdade é que as pessoas mudam e, um dia, devagarinho, começam a mudar e deixamos de as reconhecer, de saber quem são e como é possível elas serem as mesmas de antes. Não é possível! Foram eles que mudaram ou fomos nós que não soubemos ver todo este tempo?
O último ano não tem sido fácil para mim, a minha vida mudou da noite para o dia em menos de seis meses, e quase mais seis passados ainda não fui capaz de a reconstruir porque tem sido chapada atrás de chapada. Não tenho tido sorte com as pessoas que se cruzam comigo e perdi as minhas referências, aquelas que me faziam sentir acompanhada. Estou a precisar de regressar à base, a mim mesma, e levantar-me sózinha. Já chega de decepções, já tenho a minha carapaça, agora é afastar-me do que me faz mal, forçar-me a mudar de vida, a sair com pessoas novas, a ir a lugares onde nem tenho vontade de ir. Porque a vida está a acontecer e eu estou a vê-la passar por mim. Não quero mais seis meses de infelicidade. Por mais que custe deixarmos para trás quem nos foi tanto, por mais que nos custe largar do que me definia. Não posso melhorar se não estiver disposta a cortar com o passado. E está mais que na hora de admitir que perdi, que fiz o que podia, que lutei muito mas que, no fim de tudo, perdi.
Quanto a este blogue, vai entrar em pausa por uns tempos, ou vai encerrar de vez, ainda não decidi. O blogue é como um escape para mim mas, de momento talvez me faça mais mal do que bem. E, o motivo principal é que há pessoas que o foram descobrindo que não era suposto saberem da sua existência, não era suposto lerem-no, saberem-me. E, se voltar a escrever, terá de ser do zero, sem constrangimentos de nenhum tipo, a poder despejar o que de mais sincero me vai na alma sem ter que me preocupar com susceptibilidades. Obrigada a quem me leu! Eu vou continuar por aí a ler sempre e a comentar por vezes e, quem sabe, até qualquer dia...
Chora-se tanto, sofre-se tanto, magoam-nos tanto...e não dá mais quando se dá conta que já não falamos a mesma língua, que nenhum dos dois se entende. Mas sobretudo, quando já estamos na defensiva, à espera que a próxima atitude que dali saia nos vá magoar ainda mais que a anterior. Não há mais confiança, deixa de se acreditar naquela pessoa e isso é fatal. Não sei fazer o luto de um amigo, nunca soube, ainda hoje me dói aqueles que perdi pelo caminho, e já perdi alguns.
Não era suposto perdermos as pessoas com quem partilhamos tanto, que sabiam tudo de nós, com quem construímos tanto castelo no ar e concretizamos tanto sonho. Mas a verdade é que as pessoas mudam e, um dia, devagarinho, começam a mudar e deixamos de as reconhecer, de saber quem são e como é possível elas serem as mesmas de antes. Não é possível! Foram eles que mudaram ou fomos nós que não soubemos ver todo este tempo?
O último ano não tem sido fácil para mim, a minha vida mudou da noite para o dia em menos de seis meses, e quase mais seis passados ainda não fui capaz de a reconstruir porque tem sido chapada atrás de chapada. Não tenho tido sorte com as pessoas que se cruzam comigo e perdi as minhas referências, aquelas que me faziam sentir acompanhada. Estou a precisar de regressar à base, a mim mesma, e levantar-me sózinha. Já chega de decepções, já tenho a minha carapaça, agora é afastar-me do que me faz mal, forçar-me a mudar de vida, a sair com pessoas novas, a ir a lugares onde nem tenho vontade de ir. Porque a vida está a acontecer e eu estou a vê-la passar por mim. Não quero mais seis meses de infelicidade. Por mais que custe deixarmos para trás quem nos foi tanto, por mais que nos custe largar do que me definia. Não posso melhorar se não estiver disposta a cortar com o passado. E está mais que na hora de admitir que perdi, que fiz o que podia, que lutei muito mas que, no fim de tudo, perdi.
Quanto a este blogue, vai entrar em pausa por uns tempos, ou vai encerrar de vez, ainda não decidi. O blogue é como um escape para mim mas, de momento talvez me faça mais mal do que bem. E, o motivo principal é que há pessoas que o foram descobrindo que não era suposto saberem da sua existência, não era suposto lerem-no, saberem-me. E, se voltar a escrever, terá de ser do zero, sem constrangimentos de nenhum tipo, a poder despejar o que de mais sincero me vai na alma sem ter que me preocupar com susceptibilidades. Obrigada a quem me leu! Eu vou continuar por aí a ler sempre e a comentar por vezes e, quem sabe, até qualquer dia...
PURE OXFORD, CAMBRIDGE LANGUAGE
People say there is no difference between COMPLETE and FINISHED....
But when you marry the right one, you are COMPLETE....
And when you marry the wrong one, you are FINISHED.....
And when the right one catches you with the wrong one, you
are... COMPLETELY FINISHED.
ENGLISH IS A WONDERFUL LANGUAGE, ISN'T IT???
Enviado pela Amélie, que me fez sorrir hoje!
But when you marry the right one, you are COMPLETE....
And when you marry the wrong one, you are FINISHED.....
And when the right one catches you with the wrong one, you
are... COMPLETELY FINISHED.
ENGLISH IS A WONDERFUL LANGUAGE, ISN'T IT???
Enviado pela Amélie, que me fez sorrir hoje!
Estou desolada. Pela primeira vez na vida não posso usar brincos. Quem me conhece sabe que adoro brincos, tenho uma colecção infindável, sinto-me despida sem eles. Mas, não sei se da merda da ansiedade que ando a viver, se do facto da Primavera estar ai à porta, apanhei uma alergia estúpida, que começou nos lábios e agora qualquer coisinha na pele me dá alergia, inclusive brincos. Estou a hidro-cortisona e espero que isto passe depressa, tem-me acontecido demasiadas coisas más, e não poder usar mais brincos é que não!
quarta-feira, 16 de março de 2011
É oficial
O meu pai está no facebook. E eu só descobri porque acabo de receber um pedido dele para me adicionar como amiga!!
Do desgoverno
Depois de um PEC 4, depois de terem o descaramento de colocarem um regime de isenção ao Golf - coitados dos turistas, não hão-de ter mesmo dinheiro para pagar ao caddy - agora afinal não baixam os preços dos medicamentos. Mas o que é que este Governo faz afinal que seja a bem do povo que governam? Alguma coisa que não seja em nosso desfavor? Não concordo com a saída do executivo antes das eleições, porque a alternativa é nula e sair de lá o Sócrates agora só piora porque estagna tudo, para bem e para o mal. Já chegava era de nos calcarem à força toda!
terça-feira, 15 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
Hoje estou numa de notícias de jornal...
O artigo está bem redigido, o que é cada vez mais raro de encontrar, mas esta história de vida, caramba, que nó no estômago! E este crime, será um homicídio ou legítima defesa? Um tipo destes devia estar morto ou preso há muito tempo e esta mulher é que teve uma Karma a vida inteira que ninguém merece.
Hoje foi o julgamento deste caso. E eu, que todos os dias passo em frente ao Campus da justiça, bem vi as meninas que por aqui desfilaram hoje, era com cada uma que nem tenho palavras possíveis para a descrição, mas se disser que era uma mistura de botox com roupas ordinárias, e que tinham um ar tão ordinário quanto trasvestido talvez fiquem com uma ideia. Pensava que figuras destas só nos filmes, mas realmente este caso parece mesmo à filme americano.
Líbia
Tão bonito ver o altruísmo e generosidade dos americanos que querem correr pra Líbia para salvar o pobre do povo. Olha que não correram assim no brutal genocídio do Ruanda, em 1994. Anos depois Clinton pediu desculpa. Seár que de 1994 para 2011 os Estados Unidos se muniram de uma tão grande dose de generosidade? Ou será que isto tem um e só nome: petróleo.
quarta-feira, 9 de março de 2011
"Não foi para isto que fiz o 25 de Abril"...
Foi um comentário de um senhor de 60 anos que encontrei nesta rubrica do Público, a qual achei bastante interessante: Dar voz a quem de direito, aos que concordam e aos que não concordam, aos motivos de cada um, que são, no fundo, motivos de todos nós. Surpreendeu-me ver tantas opiniões de pessoas acima dos 50 anos, descontentes com a situação dos filhos, do país e com vontade de engrossar esta onda. Surpreende-me também a quantidade de opiniões que ligam a manifestação a partidos políticos. Nada disto se liga a nenhum partido, nada disto é a favor ou contra. Aliás, se tiver que ser é contra todos, pois nenhum contribui com propostas concretas para melhorar as coisas.
Não concordo com aqueles que dizem que não vão porque o português gosta de se queixar ou porque são todos os portugueses que estão à rasca e não apenas os jovens, ou porque a manifestação nada resolve mas só o trabalho pode resolver. Tipo estes 4 pontos que um leitor enumerou :
"Não participarei na manifestação dos ditos “à rasca” porque:
1º: Esta manifestação nasce inspirada numa qualquer ditadura islâmica e, em Portugal, vivemos num Estado de Direito com um regime democrático; Ai é?!! Agora fomos inspirados pelos islâmicos? Tudo a ver!!
2º: Muitos dos jovens à rasca vivem essa situação infeliz por errada escolha das escolas a frequentar que, tantas vezes, funcionaram mais como fábricas de ilusões do que servindo, prioritariamente, à sua preparação para a vida activa em sociedade; Neste monto de vista qual a escola a frequentar? Se fosse pela escola estava a trabalhar na minha área desde sempre!.
3º: À rasca estão todos os portugueses e, principalmente, os velhos que morrem sozinhos em casa e ao abandono, sem ninguém a cuidar desta extrema precariedade; Pois, e se ninguém fizer nada assim vai continuar. E quanto aos velhos que moram sozinhos tem que ver com as famílias e os afectos, não me aprece que sirva d emuito andar a responsabilizar o estado
4º: Por último, não será nestas manifestações, e com meninos destes, que vamos sair do escuro. Só com muito trabalho, por natureza penoso, e a exigir muitos sacrifícios, se há-de chegar ao amanhã por todos desejado." Com trabalho de 500 euros na caixa de um supermercado? Que trabalho senhor? Trabalho é o que se procura aqui, mas com condições. Penoso e coms acrifícios é o que sempre fizemos até agora.
Eu vou porque:
1) Empresas abusivas
Este é um problema global do país, que resulta do abusos das entidades empregadoras e da protecção que lhes é dada pelo estado. Não há muito emprego, é um facto, mas se os empregos que houverem fossem remunerados com justiça, se os falsos recibos verdes fossem erradicados de vez, se os sucessivos estágios de mão de obra gratuita fossem também eles ilegais e puníveis, podia continuar a haver poucos empregos, mas com certeza haveria mais gente empregada do que agora, de forma mais justa e com mais condições.
2) Mito do self made man
O problema é que não se dá valor à mão de obra, à qualidade, porque se o João e a Maria não quiserem trabalhar a 300 euros há mais 1000 que querem, querem agarrar aquela oportunidade por todos os meios porque acreditam sempre que, se fizerem um bom trabalho, se tiverem um bom desempenho, irão ser recompensados. É o mito do self made man, que deixou de ser possível na nossa época. O mérito já não é recompensado, apenas o lucro conta. E os que têm a sorte ou os conhecimentos certos para de facto conseguirem manter um emprego, crescerem na sua área sem terem que saltar de estágio em trabalho precário, em desemprego, em caixa de supermercado, em estágio de novo, são demasiado poucos. E isto não deveria ser a excepção, deveria ser a regra.
3) Acção
A manifestação pode não ter resultados, mas com certeza que ficarmos calados no nosso descontentamento apenas a continuar a enviar Cvs, a aceitar trabalhos precários, com certeza que nada muda mesmo.
4) Direito
Os nossos representantes políticos têm o dever de mudar as leis que estão a amputar a vida de uma geração inteira. Não se trata de fazer queixinhas,de vitimização, trata-se de reivindicar um direito. Não queremos que o estado nos dê empregos, como muitas das vozes contra dizem por aí..queremos que se proíbam determinadas práticas recorrentes das empresas...se apenas os recibos verdes e os estágios forem proibidos, limitados e remunerados, muita, muita coisa muda logo aí.
Quando comentei com uma colega de trabalho que tencionava participar, ela pareceu chocada e disse que não tinha que o fazer porque agora estava empregada e com contrato de trabalho. Valerá a pena dizer-lhe que participo por todos os anos em que procurei emprego na minha área, pelas centenas de Cvs que enviei sem resposta, por todas as vezes que me ofereceram ajudas de custo por tempo indeterminado, horários absurdos, pelos meses que trabalhei na Zaras, na Vodafone, na Perfumes e Companhia, no el corte inglês a ter de aturar madames que falavam para ti do alto dos seus euros como se nada fosses, provavelmente as madames dos donos das empresas onde tentei trabalhar condignamente. E que nesses meses trabalhava sem saber o que mais fazer para mudar a minha vida, vivia no medo de nunca mais conseguir sair dali. Por todas as vezes que chega tarde a casa dos turnos de shopping e ainda ia para o PC durante uma ou duas horas procurar ofertas de trabalho e enviar candidaturas. Valerá a pena dizer-lhe que participo por mim, por estar presa a um trabalho que não é o que sonhei, que não me dá prazer, que não me enche as medidas - e sim, acho que isso conta e muito - , que participo pelos meus amigos, pelo meu amor, pela minha vida que podia estar bem melhor, mais feliz, mas que anda à deriva por conta de quem nos controla o destino e hipoteca a vida. Valerá a pena levantar a voz e mostrar-lhe como estou zangada com toda esta situação quem me lixou a vida?!
Não concordo com aqueles que dizem que não vão porque o português gosta de se queixar ou porque são todos os portugueses que estão à rasca e não apenas os jovens, ou porque a manifestação nada resolve mas só o trabalho pode resolver. Tipo estes 4 pontos que um leitor enumerou :
"Não participarei na manifestação dos ditos “à rasca” porque:
1º: Esta manifestação nasce inspirada numa qualquer ditadura islâmica e, em Portugal, vivemos num Estado de Direito com um regime democrático; Ai é?!! Agora fomos inspirados pelos islâmicos? Tudo a ver!!
2º: Muitos dos jovens à rasca vivem essa situação infeliz por errada escolha das escolas a frequentar que, tantas vezes, funcionaram mais como fábricas de ilusões do que servindo, prioritariamente, à sua preparação para a vida activa em sociedade; Neste monto de vista qual a escola a frequentar? Se fosse pela escola estava a trabalhar na minha área desde sempre!.
3º: À rasca estão todos os portugueses e, principalmente, os velhos que morrem sozinhos em casa e ao abandono, sem ninguém a cuidar desta extrema precariedade; Pois, e se ninguém fizer nada assim vai continuar. E quanto aos velhos que moram sozinhos tem que ver com as famílias e os afectos, não me aprece que sirva d emuito andar a responsabilizar o estado
4º: Por último, não será nestas manifestações, e com meninos destes, que vamos sair do escuro. Só com muito trabalho, por natureza penoso, e a exigir muitos sacrifícios, se há-de chegar ao amanhã por todos desejado." Com trabalho de 500 euros na caixa de um supermercado? Que trabalho senhor? Trabalho é o que se procura aqui, mas com condições. Penoso e coms acrifícios é o que sempre fizemos até agora.
Eu vou porque:
1) Empresas abusivas
Este é um problema global do país, que resulta do abusos das entidades empregadoras e da protecção que lhes é dada pelo estado. Não há muito emprego, é um facto, mas se os empregos que houverem fossem remunerados com justiça, se os falsos recibos verdes fossem erradicados de vez, se os sucessivos estágios de mão de obra gratuita fossem também eles ilegais e puníveis, podia continuar a haver poucos empregos, mas com certeza haveria mais gente empregada do que agora, de forma mais justa e com mais condições.
2) Mito do self made man
O problema é que não se dá valor à mão de obra, à qualidade, porque se o João e a Maria não quiserem trabalhar a 300 euros há mais 1000 que querem, querem agarrar aquela oportunidade por todos os meios porque acreditam sempre que, se fizerem um bom trabalho, se tiverem um bom desempenho, irão ser recompensados. É o mito do self made man, que deixou de ser possível na nossa época. O mérito já não é recompensado, apenas o lucro conta. E os que têm a sorte ou os conhecimentos certos para de facto conseguirem manter um emprego, crescerem na sua área sem terem que saltar de estágio em trabalho precário, em desemprego, em caixa de supermercado, em estágio de novo, são demasiado poucos. E isto não deveria ser a excepção, deveria ser a regra.
3) Acção
A manifestação pode não ter resultados, mas com certeza que ficarmos calados no nosso descontentamento apenas a continuar a enviar Cvs, a aceitar trabalhos precários, com certeza que nada muda mesmo.
4) Direito
Os nossos representantes políticos têm o dever de mudar as leis que estão a amputar a vida de uma geração inteira. Não se trata de fazer queixinhas,de vitimização, trata-se de reivindicar um direito. Não queremos que o estado nos dê empregos, como muitas das vozes contra dizem por aí..queremos que se proíbam determinadas práticas recorrentes das empresas...se apenas os recibos verdes e os estágios forem proibidos, limitados e remunerados, muita, muita coisa muda logo aí.
Quando comentei com uma colega de trabalho que tencionava participar, ela pareceu chocada e disse que não tinha que o fazer porque agora estava empregada e com contrato de trabalho. Valerá a pena dizer-lhe que participo por todos os anos em que procurei emprego na minha área, pelas centenas de Cvs que enviei sem resposta, por todas as vezes que me ofereceram ajudas de custo por tempo indeterminado, horários absurdos, pelos meses que trabalhei na Zaras, na Vodafone, na Perfumes e Companhia, no el corte inglês a ter de aturar madames que falavam para ti do alto dos seus euros como se nada fosses, provavelmente as madames dos donos das empresas onde tentei trabalhar condignamente. E que nesses meses trabalhava sem saber o que mais fazer para mudar a minha vida, vivia no medo de nunca mais conseguir sair dali. Por todas as vezes que chega tarde a casa dos turnos de shopping e ainda ia para o PC durante uma ou duas horas procurar ofertas de trabalho e enviar candidaturas. Valerá a pena dizer-lhe que participo por mim, por estar presa a um trabalho que não é o que sonhei, que não me dá prazer, que não me enche as medidas - e sim, acho que isso conta e muito - , que participo pelos meus amigos, pelo meu amor, pela minha vida que podia estar bem melhor, mais feliz, mas que anda à deriva por conta de quem nos controla o destino e hipoteca a vida. Valerá a pena levantar a voz e mostrar-lhe como estou zangada com toda esta situação quem me lixou a vida?!
terça-feira, 8 de março de 2011
O rapaz até pode ser simpático, aparentar ser interessante e persistente no número de vezes que convida para um café, apesar das negas. Afinal é só um café. Mas ele não és tu e, sabendo que algum dia vai ter que ser, o meu coração ainda não está pronto para deixar ninguém bater à porta sequer. Mas quando até a minha própria mãe me começa a incentivar a sair com rapazes, dá que pensar pelo menos!
sábado, 5 de março de 2011
127 hours
Tinha de o ir ver escolhi a hoje à tarde que entretanto se pós chuvosa para o fazer. Que murro no estômago! A cena da amputação não me fez mais impressão do que aquela com que já estava a contar, incomoda mais porque quase parece canibalismo. A montagem acho que está muito bem conseguida, muito Danny Boyle e a música totalmente A.R. Rahman também. No final fica o incómodo do filme e a pergunta vital: no mesmo lugar o que é que eu teria feito? Percebemos melhor como é que ele chegou à decisão de amputar o próprio braço e como se tornou o acto final que todos teríamos pensado, mas poucos chegariam a executar. Quanto mais não seja porque iriam desmaiar a meio do processo. Faz-nos perguntar se teríamos assim tanta vontade de sobreviver a ponto de começar a cortar a nossa própria carne, veias e músculos. Quando ele finalmente se liberta e fica ali a imagem de metade do seu braço entalada na rocha é irreal!Mas faz-nos pensar também que, depois daquela provação inumana, o que veio depois faz valer a pena. Dizem que Deus não põe no nosso caminho mais do que se pode suportar. Seja como for não deixa de me surpreender a natureza humana.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Hoje sou das palavras
"Eu gosto do claro, quando é claro que você me ama
Eu gosto do escuro, no escuro com você na cama
Eu gosto do não se você dizer não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo o que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que leve você para longe
Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto
a sua pressa para me vir amar
Venero a saudade quando ela está pra acabar"
Eu gosto do escuro, no escuro com você na cama
Eu gosto do não se você dizer não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo o que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que leve você para longe
Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto
a sua pressa para me vir amar
Venero a saudade quando ela está pra acabar"
Adriana Calcanhoto
Roubado à Sandy!
Roubado à Sandy!
quarta-feira, 2 de março de 2011
A minha colega de casa...
Além de todas as suas virtudes também é dotada de uma extraordinária falta de cultura. Hoje veio-me perguntar se eu sabia de um sítio onde se poderia visitar uma exposição de arte. Falei-lhe no CCB. Resposta dela "CC quê"?! Seriously?!! Ali, em Belém, estás a ver, ao pé do Mosteiro dos Jerónimos? Colecção Joe Berardo. "Quem?! Ah, é que eu em Lisboa não conheço quase nada." Ah, pois, claro, em Lisboa! Deve ser por isso.
E para que queria a moça saber disto? Para uma visita de estudo com os alunos. Giro, né? Pois, think again. Único motivo da visita confessado da sua própria boca: "estou a ser avaliada e dão valor a estas pindiriquices". Bela professora que deves ser!
E para que queria a moça saber disto? Para uma visita de estudo com os alunos. Giro, né? Pois, think again. Único motivo da visita confessado da sua própria boca: "estou a ser avaliada e dão valor a estas pindiriquices". Bela professora que deves ser!
terça-feira, 1 de março de 2011
When do we give up what we´ve been wishing for?!
I don’t know where I’m at
I’m standing at the back
And I’m tired of waiting
Waiting here in line, hoping that I’ll find what I’ve been chasing.
I shot for the sky
I’m stuck on the ground
So why do I try, I know I’m gonna fall down
I thought I could fly, so why did I drown?
Never know why it’s coming down, down, down.
Not ready to let go
Cause then I'd never know
What I could be missing
But I’m missing way too much
So when do I give up what I’ve been wishing for?!
I shot for the sky
I’m stuck on the ground
So why do I try, I know I’m gonna to fall down
I thought I could fly, so why did I drown?
Never know why it’s coming down, down, down.
Oh I am going down, down, down
Can’t find another way around
And I don’t want to hear the sound, of losing what I never found.
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