sábado, 5 de março de 2011

127 hours

Tinha de o ir ver escolhi a hoje à tarde que entretanto se pós chuvosa para o fazer. Que murro no estômago! A cena da amputação não me fez mais impressão do que aquela com que já estava a contar, incomoda mais porque quase parece canibalismo. A montagem acho que está muito bem conseguida, muito Danny Boyle e a música totalmente A.R. Rahman também. No final fica o incómodo do filme e a pergunta vital: no mesmo lugar o que é que eu teria feito? Percebemos melhor como é que ele chegou à decisão de amputar o próprio braço e como se tornou o acto final que todos teríamos pensado, mas poucos chegariam a executar. Quanto mais não seja porque iriam desmaiar a meio do processo. Faz-nos perguntar se teríamos assim tanta vontade de sobreviver a ponto de começar a cortar a nossa própria carne, veias e músculos. Quando ele finalmente se liberta e fica ali a imagem de metade do seu braço entalada na rocha é irreal!Mas faz-nos pensar também que, depois daquela provação inumana, o que veio depois faz valer a pena. Dizem que Deus não põe no nosso caminho mais do que se pode suportar. Seja como for não deixa de me surpreender a natureza humana.

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