Não, ele não me traiu, não me enganou, não acabou...não o posso odiar assim fácil, não é um sacana a quem aponte uma montanha de defeitos e por orgulho me refaça mais facilmente. É o meu amor de sempre, o único, o maior, o irrepetível. Que vai embora. Que me disse que vai embora no dia em que eu regressei. Não vai para Paris, não vai para um sítio fácil e económico de chegar, nem vai por seis meses, vai por tempo indeterminado.
Por ego, por medo, por ambição profissional decidiu apenas que não quer esperar por um país que estes meses todos não lhe deu emprego na área em que estudou e calhou de a primeira oportunidade concreta ser no Brasil. Não quis saber que eu estava a regressar, não quis saber que estamos mais fragilizados que nunca. E talvez por isso eu não o perdoe nunca. Entendo parte da atitude mas a parte emocional não engole o resto. Vai e disse-me " vem comigo", quando eu acabei de chegar, de começar um trabalho aqui, quando não tenho nada no Brasil, quando não quero morar lá. Não é justo. Tomares a tua decisão sabendo que provavelmente nos condena e depois passares parte da responsabilidade em resultar para mim.
Já fizemos isto demasiadas vezes, relações á distância, quero dizer. Primeiro Brasil em Erasmus, depois Luxemburgo, depois Paris. Mas nunca nada assim, Paris - Rio de Janeiro sem prazo para voltar. Eu já parti duas vezes, ele esperou por mim, é certo. Mas desta vez, tão longe, por um tempo que pode ser de meses a anos....Está gasto, cansado, despido. E eu não consigo mais. É impossível, para mim agora é impossível. Como é que se vive quando acaba mas não por o amor acabar?
Por ego, por medo, por ambição profissional decidiu apenas que não quer esperar por um país que estes meses todos não lhe deu emprego na área em que estudou e calhou de a primeira oportunidade concreta ser no Brasil. Não quis saber que eu estava a regressar, não quis saber que estamos mais fragilizados que nunca. E talvez por isso eu não o perdoe nunca. Entendo parte da atitude mas a parte emocional não engole o resto. Vai e disse-me " vem comigo", quando eu acabei de chegar, de começar um trabalho aqui, quando não tenho nada no Brasil, quando não quero morar lá. Não é justo. Tomares a tua decisão sabendo que provavelmente nos condena e depois passares parte da responsabilidade em resultar para mim.
Já fizemos isto demasiadas vezes, relações á distância, quero dizer. Primeiro Brasil em Erasmus, depois Luxemburgo, depois Paris. Mas nunca nada assim, Paris - Rio de Janeiro sem prazo para voltar. Eu já parti duas vezes, ele esperou por mim, é certo. Mas desta vez, tão longe, por um tempo que pode ser de meses a anos....Está gasto, cansado, despido. E eu não consigo mais. É impossível, para mim agora é impossível. Como é que se vive quando acaba mas não por o amor acabar?