sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Vida em pausa

O pior é esta espera, este limbo de impaciência e de esperança. Olhar o e-mail a cada 10 minutos, esperar a qualquer momento ouvir o telemóvel tocar. E que quando toque seja com uma notícia, ao menos, razoável!

Sou mais um das centenas de licenciados desempregados. Depois de uma experiência muito má este verão, com um empregador irascível e desrespeitador, a recibos verdes, estou de novo "à caça", pela enésima vez, já perdi a conta de quantas vezes passei este processo: reordenar o CV, por-me de novo no mercado, anunciar as minhas características como se me estivesse a vender. Tenho uma colega que diz que se sente como uma puta, sempre a tentar vender-se a quem der a melhor oferta. Eu não iria tão longe, mas também não fujo muito à sensação.

O pior é ter a vida inteira em espera, suspensa, quase imóvel. Não sei se fico nesta cidade, se, mais uma vez tenho que deixar a minha vida toda para trás e voltar a casa dos pais.

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