segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Novembro é a altura das avaliações no trabalho. Antes do feedback dos managers, temos de completar uma ficha de auto-avaliação com os nossos pontos fortes, fracos, etc. Depois há uma parte em que temos de falar das nossas expectativas de progressão na carreira. Ando há uma semana em volta da dita ficha e até agora só consegui completar os básicos dos básicos. Não me vem nada à cabeça sobre o que posso fazer para melhorar, ou como quero progredir. Hoje, em desespero de causa, pus-me a pesquisar no google aquelas frases feitas de entrevistas e a fazer copy paste ( quase) das respostas. É o degredo!

É o que dá quando a motivação é zero, quando há uma ansiedade crescente para encontrar algo que seja mais o que gosto de fazer, mais eu, e ter a noção plena de que, neste momento, em Portugal, tal é impossível. A noção de que, quando falo em deixar um lugar de efectividade, quando me mostro descontente, todos me olham de lado como se eu devesse estar perfeitamente feliz e dar-me por abençoada de ter um emprego fixo numa época de incertezas em que a maior parte da população luta por uma estabilidade assim. Especialmente o meu pai, que acho que deve ter pesadelos com isso e que sempre me pergunta se já gosto mais do meu trabalho ( estou aqui há um ano e meio e a resposta sempre foi não, no entanto ele tem esperança que tal mude, tão crédulo, até parece que não conhece a filha que tem, coitado!)

Não sou estúpida em deixar um emprego sem ter nada em vista, mas sou suficientemente estúpida/crédula/insensata/inconsequente conforme a perspectiva de cada um, para trocar isto por algo que me apele ao coração, por trocar este estabilidade e segurança por uma aventura que poderá resultar ou não. E tudo o que mais desejo é que essa aventura se proporcione, para poder escolher, para poder ter alternativas. Porque sempre fui apologista de que nos arrependemos do que não fazemos, e que senão tentarmos nunca vamos saber. E prefiro tentar e falhar depois, do que ficar aqui por medo de que as coisas dêem errado.

Ah pois é...

Mais domingos assim

O meu sábado foi um dos piores dos últimos tempos. Estava com uma neura em que nem saí de casa num dia de sol - em mim é coisa para estar doente. Já o domingo foi quase perfeito: andei de descapotável de Lisboa até à marginal, almocei na Parede numa esplanada junto à praia, aliviei a alma com conversa, pedalei ( fazia anos que não andava de bicicleta e, realmente, não se esquece) de Cascais ao Guincho com o sol a pôr-se e as ondas a salpicarem-me a face, vi o sol desaparecer no mar no Cabo da Roca, pedalei de volta já com a noite a cair e uma sensação de leveza que não tinha faz tempo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Esta música comove-me sempre


E esta senhora tem um vozeirão!! Afinal eu já a conhecia de miúda, sem saber, foi ela que emprestou a voz à Pocahontas na versão original do filme!

Para mim não há cá pontes ou fins de semana prolongados

Trabalho na terça e pelos visto trabalharei os dois feriados de Dezembro. Estou a ter uma produtividade louca quando vejo toda a gente a preparar-se para o Halloween, os fins de semana fora, e eu aqui presa sózinha. Oh joy!! E tenho cá algo que me diz que nesses dias vou lá estar sem fazer nenhum, do género: liga o pc, abre o email, confere os prazos, e pronto: lê todas as páginas de jornal durante as próxima 8 horas. Como eu adoro o meu trabalho!!

Palavras mais além

"O que me inveja não são esses jovens, esses fintabolistas, todos cheios de vigor. O que eu invejo, doutor, é quando o jogador cai no chão e se enrola e rebola a exibir bem alto as suas queixas. A dor dele faz parar o mundo. Um mundo cheio de dores verdadeiras pára perante a dor falsa de um futebolista. As minhas mágoas que são tantas e tão verdadeiras e nenhum árbitro manda parar a vida para me atender, reboladinho que estou por dentro, rasteirado que fui pelos outros. Se a vida fosse um relvado, quantos penalties eu já tinha marcado contra o destino?"

[Mia Couto - "O Fio das Missangas"]

Roubado ao Quadripolaridades

Dias que chovem cá dentro

"Os dias que chovem cá dentro serão sempre as folhas brancas avulsas compradas no quiosque do outro lado da rua. São dias de memórias aglutinadas com cheiros e vozes, onde nos sentamos de rosto colado ao vidro que nos separa do tempo e nos reconstruímos. Há uma pausa na cor que nos permite expiar nas letras aquilo que nunca foi. As mãos esquecem-se na face de uma chávena de chocolate quente. Que o frio, esse, é apenas mais um ponto dum espaço-tempo dobrado num verso."

Daqui!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Das coisas que me indignam até ao osso

Podia ser um heterónimo do meu estado de espírito insatisfeito

Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
... Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.

Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei...
Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos...
Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti,
Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir...

Fernando Pessoa

Psicologia Masculina

Trabalho num edifício de 9 pisos, com mais de 3 mil pessoas, pelo que é normal não conhecer todos os colegas de trabalho. Esta manhã, logo cedinho, apareceu um belo espécimen do sexo oposto e desde logo a minha equipa - maioritariamente feminina - arregalou os olhos e comentou quem seria aquela aparição. Ele apareceu para pedir um livro emprestado ao O. que é um colega que trabalha no departamento ao lado do nosso. Ora, as mulheres nestas coisas gostam de investigar e a mim calhou-me em sorte a missão de ir sacar mais informações sobre o desconhecido junto deste nosso colega comum.

Sem problemas , lá vou eu perguntar quem era, como se chama, etc... Ao que ele me responde que as mulheres são tramadas e muito agressivas quando lhes interessa. E eu concordo, é verdade, nada a fazer! Nisto diz que não sabe mais nada do moço a não ser o nome e pronto, também não é grave, agora-se googla-se e o facebook faz o resto.

Para mim a conversa estava arrumada, agradeço e pronto. Quando ele continua do nada e me elogia as botas que tinha ontem. E não só elogia como deu conta que troquei de calçado depois da hora de almoço ( não é suposto os homens serem uns despistados do pior para estas coisas?!!), acrescentando ainda que umas botas assim davam um ar muito agressivo e junto com o meu novo corte de cabelo compunham ainda melhor. What?!!
Dois segundos depois está-me a convidar para tomar uma cerveja. E eu estupefacta, penso na incrível capacidade de auto-estima que um homem deve ter para uma mulher lhe estar a perguntar informações sobre outro homem, e achar que pode aproveitar esse facto em seu favor. Mais, a limitada capacidade intelectual para considerar que se uma mulher lhe pede informações sobre um homem é, agressiva como ele disse /atiradiça/desinibida/galdéria ?!! o suficiente para ir tomar cerveja com quem seja?!! Mas isto é algum silogismo que desconheço?! Deve ter havido uma parte desta conversa em que eu não estava presente. Homens, expliquem-me, eu não compreendo!

P.S. O rapaz aqui em questão nunca, mas nunquinha, tinha antes feito qualquer insinuação ou avanço antes, por isso foi tão surpreendente. Nem eu a ele tão pouco e já trabalhamos juntos há um ano. E o pior é que nem é convidar para café, é mesmo cerveja logo. Yeah, right!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Um eurodeputado ganha 14 mil euros mensais. Em plena crise europeia propõe-se um corte de 200 euros, 200 míseros euros em 14 mil por deputado. Os excelentíssimos senhores aceitaram?! Unhas de fome, apetece exilar esta escória toda. Pode ser que a UE acabe e quero ver depois quem lhes paga os ordenados se este circo for ao ar.

Pequena nota dirigida ao senhor que me saiu em sorte como companheiro de viagem no intercidades de ontem das 19h08 em direcção a Lisboa.

1- Amigo, da próxima vez traz uma revista, um jornal, um PC, o que seja, que te impeça de passar a viagem a suspirar e a dar voltas no assento. Especialmente poupa nos f****-se! A pessoa que vai ao lado escusa de levar com isso. Vais aborrecido aguenta-te!

2 - Eu não tenho interesse no teu telemóvel ou no que escreves nele, por isso escreve normalmente e não com o braço esticado à frente da minha cara. Não sei se era um método para eu apontar o número de telefone, mas não vi e não estou interessada.

3- Por fim e mais importante, aprende a definição de espaço pessoal. Pagas um bilhete que te dá direito a um banco, não um banco e meio. Confina-te ao teu lugar e especialmente não passes a viagem TODA a mexer na merda do cabelo, sobretudo quando te debruças sobre o meu ombro e eu tenho caspa a cair-lhe em cima. Nojo! Ontem vim enojada e enervada, ou não reparaste em como me colava cada vez mais ao vidro, a quantidade de suspiros exasperados e na maneira como te revirei os olhos "n" vezes?!

Podia ter alguém mais normal sentado ao meu lado, tipo o rapaz giro de casaco de cabedal que ia uns bancos mais à frente por exemplo, sossegado a ouvir música. Mas não, a mim calha-me o esquisitóide trintão com hábitos pouco civilizados!

sábado, 22 de outubro de 2011

Olá Outuno

Sei que Verão acabou de vez quando durmo a primeira noite de meias. Esta foi a noite!!

O Horror

O meu português começa a ficar seriamente comprometido. De segunda a sexta feira falo quase sempre em inglês e francês. E muitas vezes saem-me expressões à emigrante, palavras inventadas. Mas o mais grave é quando as palavras se enraízam em nós e já nem damos conta que estamos falar, efectivamente, mal! Foi o caso de ontem:
- Eu: "As instruções são irrevocáveis"
- Chefe: "São o quê?"
- Eu: "Irrevocáveis"
- Chefe: "Não estás a dizer isso bem, ora pensa lá. Em francês irrevocable, em inglês irrevocable, mas em português..."

E eu a pensar, e pensar e juro que não me saía nada!Só quando ele disse irrevogável é que se me fez luz. Queria um buraco, ainda para mais eu que sempre estudei português a vida toda! Pura vergonha!

Kadhafi

Vejo notícias como esta ( num jornal no qual já trabalhei e onde gostei muito de estar, na altura não era tão sensacionalista como é agora), em que se publica sem pudor fotografias que nunca deviam ter saído para o público e penso que já estivemos mais longe de regressar à idade média.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Blast from the past


Esta noite, só isto me pode ajudar. Estou entupida até dizer basta. A febre ainda aqui está, o Outono está à porta mas não foi este tempo maluco que me colocou neste estado. Não! O causador das minhas constipações é o ar condicionado daquele maldito escritório. No ano passado foram duas colegas internadas com um vírus qualquer nos pulmões, reconhecido como sendo um vírus derivado do Ac. Não sei o que é que aquela empresa está à espera para dar uma revisão nos filtros e ajustar melhor as temperaturas. Talvez se amanhã lhes levar a factura da farmácia eles se comecem a tocar...

Clearly...

Há dias que podiam nem existir, não fariam falta nenhuma

Não sei se é agravado por aquela altura do mês, por ter ficado em casa gripada e com a cabeça a latejar, por ter o nariz a pingar e os olhos a chorar, se por tudo junto, ando sensível como o raio. Mas para além do sensível, introspectiva ao ponto de não andar satisfeita com nada do que tenho, fiz ou alcancei. Quero ser alguém que ainda não sou e ainda não cheguei lá e não sei se algum dia chegarei. Não sei qual é o caminho ou como fazer para o encontrar. Pareço uma barata tonta a bater de porta em porta sem ideia nenhuma qual a entrada ou a saída.

Mas primeiro que tudo, tenho noção que tenho de conseguir ser feliz sózinha ou nunca mais vou conseguir ser feliz ao lado de ninguém. Há alturas em que pareço curada de tudo, que todas as feridas fecharam e as cicatrizes mal se vêm. Mas há outros dias - menos agora mas ainda assim existem - em que descamba tudo de novo e sinto como se nunca me fosse conseguir recompor do meu próprio acidente de viação. Há uma raiva aqui dentro, uma sede de vingança, uma vitimização que não quero sentir mas não consigo fugir. Eu não tenho nada porque me vitimizar. Sou uma pessoa forte que sempre lutou pelo que quis e que não ganhou nada nunca ás custas de ninguém. Que posso não ter isto ou aquilo, que desejo mais, mas o que tenho não foi à custa do sofrimento de ninguém, derivado a apoios ou cunhas de alguém. E no entanto sinto-me tão zangada com quem me magoou desta maneira, com quem me modificou para a vida. Quão fácil deve ser um mundo em que não temos que nos mexer sequer muito para que as coisas nos venham parár ás mãos. Podemos ficar a um canto quietos, deprimidos, mas passa um rio que apenas nos leva naquela direcção e lá vamos nós. E depois dizer que não fizemos nada, que as coisas vieram sentar-se ao nosso colo, que não tivemos escolha. Como eu odeio pessoas que não assumem as suas escolhas e decisões, como eu odeio gente inerte, que se deixa vir abaixo e espera, em silêncio, sem se mexer, que a vida componha tudo.

Por mais que tente encaixar cá dentro, apenas não sou pessoa de conseguir, algum dia, passar por cima de tudo. Não há segundas oportunidades. Quem não me amou bem à primeira não o vai fazer bem à segunda. E pode ainda demorar mais um pouco, mas eu vou sair disto ainda mais altiva e erguida do que antes. Nunca, mas nunca mais vou deixar que me façam sentir como uma opção de vida. Para mim, nada mais do que a suprema prioridade. E é só com isso que me contento.

E para as minhas amigas que querem o melhor para mim, bem sei, mas que abanam a cabeça em desaprovação de cada vez que recuso o que elas consideram uma oportunidade, que dizem que acabo sózinha se continuar tão exigente, minhas queridas, vocês estão erradas. Senão formos exigentes, senão quisermos o melhor de tudo para nós, acabamos infelizes. Eu, pelo menos, nunca fui alguém que viva pela metade, muito menos as paixões. Ou é fogo ou não é nada. Então que venham muitos mais encontros frustrados, vazios. Porque um dia acontece, um dia volta a acontecer. E isto, quem me ensinou, foi a pessoa que me abandonou.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Açores


O governo dos Açores está a fazer uma promoção e, nas próxima 3 semanas promove viagens para as ilhas a 88 Eur, ida e volta. Ainda tenho alguns dias de férias mas ninguém que eu conheça tem férias nesta altura. Alguém quer servir de companheiro de viagem? Se nos dermos mal, temos sempre a vantagem das ilhas serem bem espaçosas e arejadas!

Caro PM, leres "O Princípe" não te fazia mal

Passos, amigo, um conselho: rouba os subsídios de Natal e de férias, aumenta o IVA, inclusive o da água engarrafada ( devo ter a p*** da mania eu, por só beber água engarrafada, que beba água da torneira com sabor a cloro e mais milhentos químicos lá dentro para apanhar um cancro mais cedo, não é?!) põe a malta a trabalhar mais meia hora por dia ( numa Europa onde a média de horas de trabalho diárias é de 7h30 e não 8h30h), mas não lhes tires o futebol. Já dizia Maquiavel, o povo pode ser reprimido e condicionado desde que lhe sejam dadas distracções. Sobe o IVA dos ingressos, e vais ver como tens as claques e os adeptos a fazerem-te uma revolução à porta de casa! Não digas que não te avisei.

10 anos de amor

Este título é enganador, porque não fala de celebrações do amor, mas do seu término. Assusta-me a facilidade com que as relações se desmoronam. Podem ter mais de uma década de vida em comum, casa conjunta comprada há dois anos, cão, e nada disto impede que se possa jogar tudo fora, de um momento para o outro. Foi o que aconteceu a um casal amigo, soube este fim-de-semana e não consigo não me sentir triste e desalentada, por eles, por este desfecho que, acho eu, ninguém previa. Mas fico triste por mim mesma também, porque afecta, mais uma vez, a ideia que tenho do amor ou das relações humanas.

É mais um exemplo de que não há finais felizes, tudo é apenas eterno enquanto dura e pode terminar de um momento para o outro. E é assustador: como é que se pega os pedaços de tanta vida, tanta vivência em comum, tanto plano? O que se faz à casa? Ao cão?
Custa-me este ter que recomeçar verdadeiramente do zero. A prova provada que não há amor que resista à vida, que por mais apaixonados ou mais planos em conjunto, o mais certo é tudo terminar. Não importa se achávamos que íamos ficar com aquela pessoa para sempre, se éramos um par "role model" que os amigos invejavam. Eu queria ser assim quando crescesse, como eles, ter o que eles tinham conseguido atingir!! É por isso que me chegou como um assombro a notícia de que estavam separados. Lamento pelos dois, que acho que eram muito mais felizes juntos do que vão ser separados, lamento por ele, que sai talvez bem queimado desta história toda ( a ela não lhe conheço a versão dos factos, mas qualquer modo, nada justifica uma traição) E tenho a certeza que ele vai mudar, para pior, e nunca mais vai conseguir ver as coisas com os mesmos olhos. Um amor que corre tão mal, é como uma espécie de acidente de automóvel ao qual sobrevives mas do qual sais sempre com sequelas.

Erros de alunos

Recebi isto num email hoje e foi o ponto alto do meu dia no escritório. Ri até chorar. Não se se estas gaffes foram verdade ou não, mas não duvido da burrice e falta de cultura de alguns alunos.

Genocídio

"Pode dizer-me o que é um genocídio?
- É a morte dos genes.
- Como?!
- É a morte dos genes e dos fetos

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Excreção

Pergunta numa prova global:
- Defina excreção.
Resposta de um aluno iluminado:
- Excreção é quando a gente se enfia todos num autocarro e vai passear.

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O problema do 3.º mundo

"O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades." - Esta até que é verdade!
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Definição: Terramoto

"Terramoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas."
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Remédio santo

"Para estancar uma hemorragia pelo nariz, este deve ficar muito mais
baixo do que o corpo, até que o coração pare"
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Leite fresco todos os dias

"Para que o leite não azede, deve ser mantido dentro da vaca" - Também não deixa de ter razão!
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Escandinásia

"Cadeira de Direito Internacional Público, numa universidade privada
portuense. O professor, desesperado com a vacuidade das respostas de
certo aluno em orais da especialidade, resolve tentar ajudar,
recorrendo à geografia. Revelou-se pior a emenda que o soneto.
Questionado sobre a localização da Escandinávia, o aluno responde que
fica algures na Ásia.
O examinador, rendido, brinca agora:
- Podemos então passar a chamar-lhe Escandinásia.
- Se calhar, senhor doutor.
- Não sabe que a Escandinávia fica na Europa?!
- Pois, tem razão!
- E fica a Norte ou a Sul?
- A Sul.
- E sabe apontar-me alguma características dos escandinavos?
- (o aluno, depois de longa pausa): - "Bem, eu acho que eles não são pretos."
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A respiração

"A respiração compõe-se de duas fases: Inspiração e expectoração"
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Definição: Linhas paralelas

"Linhas paralelas nunca se encontram a não ser que uma, ou ambas, se curvem...
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Outra forma de condensação

"O processo de transformar o vapor em água chama-se conversação"
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Os números solares

"Muitas pessoas sabem ver as horas olhando apenas para o Sol. Eu nunca
lhe consegui ver os números"
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Definição: Insónia

"A insónia consiste em dormir ao contrário."
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Animais irracionais

"Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se
for empalhado."
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Sem nada que fazer

"As nuvens andam em volta da Terra, porque não têm nada que fazer"
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Democracia grega

"Na Grécia, a democracia funcionava muito bem porque os que não
estavam de acordo envenenavam-se." - isto seria tão bom se pudesse ser aplicado aos membros do nosso honorável governo!
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Nervo óptico

"O nervo óptico transmite ideias luminosas ao cérebro."
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Professora: Quais são as duas Serras Algarvias?
Aluno: A Serra de Monchique e a Serra da PANELA.
Professora: Não. É a Serra de Monchique e a Serra do Caldeirão.
Aluno: Eu sabia que era onde se fazia comida
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Produto Vegetal
Pergunta de um professor numa universidade de economia:
Qual é o mais importante produto vegetal do continente Africano?
Resposta: É o marfim!
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Hitler - IV

"Qual era o nome próprio de Hitler?"
- Heil

Noite de sonhos voada

Noite de sonhos voada
cingida por músculos de aço,
profunda distância rouca
da palavra estrangulada
pela boca amordaçada
noutra boca,
ondas do ondear revolto
das ondas do corpo dela
tão dominado e tão solto
tão vencedor, tão vencido
e tão rebelde ao breve espaço
consentido
nesta angústia renovada
de encerrar
fechar
esmagar
o reluzir de uma estrela
num abraço
e a ternura deslumbrada
a doce, funda alegria
noite de sonhos voada
que pelos seus olhos sorria
ao romper de madrugada:
— Ó meu amor, já é dia!...

In Poemas Dispersos
Manuel da Fonseca

domingo, 16 de outubro de 2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

I could not have expressed it better!

Ao menos isto! E cabe-nos a nós, cidadãos, exigi-lo veementemente. Se nada fizermos agora só faz com que todos os que vierem continuem a roubar porque sabem que saem impunes. O último exemplo, governou-nos até este desgoverno, perdeu as eleições e saiu do país. Para estudar. Eu também gostava de ir estudar para Paris, quem não?! Mas este exílio devia ser revogado e o senhor chamado aos tribunais. Merda de país, a sério . E merda de povo, se não é desta que se junta para exigir respostas!

"Houve um tempo em que um murro no estômago era uma pergunta: quantos pobres são necessários para produzir um rico? O caminho que está traçado obriga a reformular a questão. As perguntas essenciais são agora:

- quantos contribuintes são necessários para manter um Ricardo Salgado?

- quantas famílias da classe média é necessário sacrificar para proteger um Jorge Coelho?

A responsabilização, criminal se for possível, dos irresponsáveis que nos trouxeram até aqui (Sócrates, Jardins, Paulos Campos, Contâncios e por aí fora) é essencial para que possamos olhar-nos ao espelho sem nos envergonharmos. Para o passado, o jogo de sociedade só pode chamar-se crime e castigo. Mas, o jogo do futuro chama-se verdade e consciência. Está nas mãos de Passos Coelho e joga-se no tabuleiro das Parcerias Público-Privadas. Enquanto o governo actual não atacar de frente esse monstro, reequilibrando os riscos e os benefícios contratuais, qualquer sacrifício imposto aos cidadãos terá sempre uma marca de injustiça e de imoralidade. E isso é muito grave numa altura em que já nem todos podem comer.

http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/
Estava a jantar quando ontem o PM anunciou as novas medidas de austeridade. Fez-me parar de comer e perdi o apetite depois. Senti-me como num daqueles momentos na história em que, a partir dali, tudo mudo. O no turning point. E ontem, perante um Passos Coelho pesaroso ( pergunto-me quantas vezes terá ensaiado aquela expressão ao espelho), tive a clara noção que, se até aqui se falava muito da crise, a partir daqui vai-se sentir muito mais.
É o fim do estado social como o conhecemos. Depois de se retirar os subsídios de férias e de Natal não se pode voltar atrás, nem se pode voltar atrás abrindo a porta a mais horas de trabalho, quando a maioria da população já trabalha mais do que o devido. Parece-me que estamos a caminhar para a época da revolução industrial, com jornadas longas e salário estagnado. Abriu-se uma caixa de Pandora. E enquanto ouvia Passos Coelho, só pensava que isto ainda vai piorar muito. Mais do que as linhas do orçamento de estado, ficaram ontem conhecidas as linhas gerais de uma nova onda de emigração. Quem puder não fica aqui.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Uma das vantagens de morar ao pé do trabalho é que posso vir almoçar a casa. Hoje, no programa da Júlia aprendi que os homens, quando se enforcam, ejaculam. Wtf?! Yep, parece que sim. Pergunto-me se também terão um orgasmo no processo. Coisa mais bizarra!!

E logo a seguir, no jornal da tarde, dou conta que há imensas e cada vez mais notícias que começam com a frase " por causa da crise..." pergunto-me onde isto vai parar. Quer-me parecer que o pior ainda agora começou.

Partir à aventura

Quem me dera, ter um bocadinho da coragem deste menino. Coragem para largar tudo, mas mesmo tudo e partir apenas, sem medo do desconhecido, dos imprevistos, das surpresas guardadas nas esquinas.

Tenho a certeza que no final do caminho vai ter uma vida muito mais preenchida do que a minha. E só esse facto devia ser o suficiente para fazer como ele: eu não gosto do meu trabalho, eu não tenho nada que me prenda...tenho medo de quê afinal? Da vida? Do mundo? Histórias como esta deixam-me, de facto, a pensar!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Hoje no trabalho o chefe vira-se do nada e diz:
- Merenwen, vamos ali aos fundos?
Eu e ele levantámos-nos na maior descontracção ( íamos digitalizar uns documentos). O resto do pessoal desata a rir e só quando a desbocada do sítio fez a sua piadinha é que percebi o que eles tinham intuído pelo uso da expressão. Mentes perversas caramba. O mais cómico é que ele corou e nem sabia se havia de ter pena ( estávamos 3 mulheres e ele sozinho) se havia de me rir com elas.

Para todos os gostos

O suspense deste. Creepy uma criança ser capaz de tanta maldade.


O que eu chorei com este ( mas mesmo chorar de não conseguir que me parassem de correr as lágrimas. I´m a sucker for animal films!
E o que eu me ri com este! Muito bom, como sempre!!
Não sou muito dada a selinhos ou a post para passar a outras bloggers, mas para agradecer à Ana, ficam aqui as minhas respostas! :)

O que eu mais gosto em mim?
Ter uma personalidade forte. Apesar das partes menos boas é sobretudo vantajoso
O que eu menos gosto em mim?
A minha tremenda falta de iniciativa em certos aspectos da minha vida. Gostava de ser mais dinâmica e saber melhor para onde quero ir.
Se ganhasse o Euromilhões eu...
Viajava. Muito! Várias voltas ao mundo. Despedia-me do emprego e fazia algo que de facto gostasse, mesmo ganhando menos. Pagava a casa aos meus pais e outros mimos.
Citar 10 coisas sem as quais não viveria
Saúde, Amigos, Entusiasmo, Amor, Planos, Música, Verão, chocolate, livros, família
Qual o significado do blogue para mim?
é o meu lugar de descompressão, de auto terapia, de troca de ideias
O que é beleza para mim?
Um rapaz bonito ;). um filme comovente, uma paisagem, uma música que me toque...há beleza em tanta coisa
Frase que marcou a minha vida
Não tenho. Não me rejo muito por frases. Sou mais de decorar poesias. Mas há uma que me ficou de miúda do filme o Clube dos poetas mortos:
I went to the woods because I wanted to live deliberately, I wanted to live deep and suck out all the marrow of life, to put, to rue out all that was not life. And not, when I come to die, discover that I had not lived. H. D. Thoreau

Lá vai Lisboa...

Ficar ainda mais despovoada. Acho fantástica esta ideia! Imposto da protecção civil! Numa cidade cujo centro está mais desabitado a cada dia que passa, em tempos já de si austeros e com custos adicionais na capital ( eu por um café e um bolo pago bem menos em Viseu do que em Lisboa), agora ainda inventam esta "contribuição" para um serviço (in)existente?!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Alberto João e o seu Jardim

Como é possível este tipo ter ganho de novo?! Por favor, "independentizem-se". Dêem corpo a uma verdadeira República das Bananas e auto financiem-se, sem mais descontos de IVA com relação ao continente ou benesses fiscais. Passam a vida a falar de Independência. Mas alguém duvida que é um favor que nos fazem?!

Pessoas... um conselho:

Mestrado ou pós-graduação?!
Estou inclinada para o segundo porque não me apetece meter-me a estudar por dois anos. Já um ano parece-me um esforço mais aceitável. No entanto, o que é que compensa mais? Estou há tanto tempo fora da vida académica que nem tenho noção. Além disso, quais as melhores universidades para estudar ciência política ( só não me falem da Católica porque as propinas são proibitivas. Quase me deu um AVC quando espreitei os programas deles. Em época de crise quem é que pode pagar aqueles balúrdios?! Estamos a viver num país com cada vez mais assimetrias, sem dúvida!)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Across the Universe



Obrigada! :)

Outono


Este tempo tão estranho começa-me a causar espécie. Ontem estiveram uns 33 graus em Lisboa mas há imensas folhas no chão e ás 19h30 é noite. Não combina! Outubro já não sabe bem quente, as castanhas que vi à venda na baixa não se vendem assim. E Outubro é mês de castanha, de scones e chá, das primeiras camisolas de malha, do casaco que se compra para o Inverno. Gosto muito de ti Verão, mas está na altura de seguires caminho. Porque melhor que o Verão só mesmo as 4 estações do ano, que se sucedem e nos fazem sentir a falta daquela que já passou e da que ainda está para vir.
Eu gosto de Miguel Sousa Tavares, o escritor. Já não gosto tanto de Miguel Sousa Tavares o homem mediático que aparece na TV a comentar a torto e a direito como se entendesse de tudo e pudesse opinar sobre o mundo com sabedoria magnânima. Há uns dias andou a comentar a proibição das touradas. Eis aqui um pequeno resumo daquilo que eu acho que foi a sua opinião. Uma bela bosta!
Ainda com relação a este post, acabei por recusar. O convite desta vez era para cinema, um filme que quero ver, bilhetes oferecidos e tal. Mas, ao contrário do que me disse uma colega minha - que devia aproveitar estas mordomias de quem me faz a corte, mesmo que eu não queira mais nada - não tenho cara de pau de me estar a aproveitar enquanto parece que estou a encorajar algo.
No entanto, ainda que eu tenha recusado fui confrontada com resistência e insistência do porquê, e se hoje não dava, porque não amanhã, mas nem depois do trabalho e porquê? Pois tive de inventar que ia estar o fim de semana inteiro fora. Tudo sem problemas se hoje não tivesse surgido um jantar de aniversário de última hora de pessoas em comum, ao qual gostava de ir mas, ao qual é muito provável que ele vá também.
Logo, para não me cair a máscara, vou ter de renunciar à diversão de sexta feira à noite à conta de uma desculpa esfarrapada para um convite ao qual me quis esquivar. Eu não digo que me sinto como no liceu?! Para a próxima, vou tentar ser muito adulta e dizer-lhe apenas não vou porque acho que queres mais alguma coisa e eu não estou interessada. Mas alguém faz as coisas assim, com tamanha honestidade?! I am still learning!

Sleepless night...second night in a row. Hoje é sexta feira e eu só quero cama!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

“Porquê alistarmo-nos na marinha se podemos ser piratas?”

Steve Jobs - 1955- 2011

"Quase tudo – as expectativas dos outros, todo o orgulho, todo o receio de nos envergonharmos ou o medo de falhar – desaparece perante a morte, deixando-nos apenas com aquilo que verdadeiramente importa. Lembrarmos-nos de que vamos morrer é a melhor maneira de evitarmos pensar que temos alguma coisa a perder. Se estamos completamente nus, não há razão nenhuma para não seguirmos o nosso coração.”


“O teu tempo é limitado, por isso não o gastes a viver a vida de outra pessoa. Não caias na armadilha do dogma, que é viver de acordo com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixes que o barulho criado pela opinião dos outros silencie a tua voz interior. E, acima de tudo, tem a coragem de seguir o teu coração, a tua intuição. Por uma razão qualquer, eles já sabem o que tu queres ser. Tudo o resto é secundário.”

O que eu vou lembrar mais não é o Mac ou o Ipod. Mas a força, a sabedoria, a visão. Não sei se foi preciso a doença para lhe aguçar os sentidos, mas penso que visionários destes não surgem frequentemente ou deixam uma pegada como a que ele deixou nesta geração.
Hoje parece-me segunda-feira. O que não é mau de todo considerando que amanhã já é sexta. Todas as semanas deviam ser assim, com uma pausa a meio para descontrair. Ou, melhor ainda, com a segunda ou sexta feira livres, para não haver interrupções no descanso.
Este feriado vai ser o único que gozarei até ao final do ano. Nos outros estou escalada para trabalhar. Por isso neste aproveitei para dormir, e dormi até ás 11h. Consequência: esta noite era 1 da manhã e eu ás voltas na cama sem sono. Dor de cabeça a acompanhar o dia que está de um calor insuportável como se fosse um dia de Agosto de há 8 anos atrás, em que Agosto era realmente um mês de calor abafado e insuportável.
Não fui à praia como a maioria da população portuguesa, ao invés dediquei-me a cozinhar receitas novas, escrever cartas em atraso, explorar música nova e à tarde acabei sentada na esplanada do Fábulas numa conversa com esta menina que durou umas 3h30 sem que se desse conta do tempo a passar. Fico sempre surpreendida com as afinidades que se conseguem criar com pessoas da blogosfera, como se conhecêssemos já aquela pessoa e estivéssemos apenas a formalizar esse conhecimento ao associar o rosto à voz, à maneira de falar. E depois já sabemos tanto pormenor da vida da outra pessoa que é fácil haver conversa para mais de 3horas.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Quando um rapaz

nos convida volta e meia para sair - mesmo que recusemos na maioria das vezes e nunca tenhamos dado indicações de nada - isso pode querer dizer que está interessado em mais do que amizade?! Ou apenas que gosta da nossa companhia? De repente, sinto-me de volta ao liceu...

Lisbon Restaurant Week

Ontem foi assim:


Foi a primeira vez que experimentei um dos restaurante aderente á iniciativa do Lisbon Restaurant week e fiquei fã. Escolhi o Coisas de Comer, ali em Belém, onde já muita vez passei a pé e espreitei ementa sem entrar ( o preço médio ronda os 35 euros) O ambiente é muito giro, a decoração acolhedora e a comida bastante boa. Mas o melhor da noite foi mesmo a companhia! ;)

Este era o menu à disposição.

Entrada
Strudel de Queijo Chèvre com Nozes, Mel e Salada com Pimenta Rosa
Pasteis de Massa Tenra com Salada de Alfaces variadas e Molho de Caramelo

Prato Principal
Folhado de Bacalhau com arroz de Coentros e Salada Verde com molho de Iogurte
Camarão Frito em Alho e Flor de Sal com Arroz de Ervas Aromáticas
Entrecôte Grelhado com Molho de Alho e Manjericão acompanha com Batatinhas assadas
no forno e Salada de Alfaces Variadas
Carne de Porco à Cubana com Mouros e Cristianos (Rojões fritos com arroz de feijão e
bacon) com Mandioca e Batata-doce em calda de Laranja

Sobremesa

Petit Gateux de Chocolate com Gelado e Caramelo
Cheesecake com Doce de Framboesa

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ainda o Acordo Ortográfico

Eu, que abomino este novo acordo que quer incutir as crianças a escrever Primavera com p minúsculo e que não faz distinção entre para e pára, que denomina um espectador de espetador,mas que não sou obrigada a ensinar aos outros, que posso continuar a escrever como acho por bem enquanto a memória for minha testemunha, imagino a atrocidade que deva ser para um professor de português ter de ensinar (?!) alunos com as novas regras ortográficas. E o pior é isto, que se fala neste texto, o gado português, que cala come e não só consente como denuncia quem não quer fazer parte de um esquema que ninguém devia seguir, que devia questionar e recusar-se.
Como as scuts. Toda a gente está contra elas, mas quase todos pagam. E se ninguém pagasse, mas ninguém mesmo. Iam por processos a todos? Iam, no limite enfiar a populaça inteira na choldra?! Povinho medíocre e subserviente. Os governantes sabem disso e manipulam-no tão bem!

sábado, 1 de outubro de 2011

Outubro

Dia 1 de Outubro. Dia de praia! Já estivemos mais longe de virar país tropical!