segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Fim de semana





Sol a cheirar a Primavera, deitar tarde, levantar tarde, jantares com amigos que já não se viam há seis anos ( Meus Deus, o tempo corre!) , cafés na esplanada, passar a tarde a ler. Conversas à beira rio, conversas à volta da mesa, recordações, nostalgias, rir até doer a barriga, relembrar palermices de vida universitária, relembrar Roma, falar (tentar) italiano e a finalizar o dia mais um copo com outros amigos que não vejo desde o Verão. Fossem todos os meus fins de semana assim e era uma pessoa muito mais feliz!

O Cúmulo

Ontem um italiano de Roma disse-me que falo italiano com sotaque francês!:(

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sadly...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Vontade de te esbofetar

Cheguei a este texto através do Blogue da Cate. Fiquei tão revoltada que se visse a Isabel na rua dava-lhe um estalo. É por causa dela e os da laia dela que a nossa geração está assim.Esta opinião é de quem não quer ver o que se passa.
Fiz um comentário, coisa que raramente faço e depois li os dos outros. Sabes o que vi Isabel? Uma geração que luta, que espera, que dá no duro, que faz de tudo. Não são parvos, mas somos vítimas sim do sistema e de pessoas como tu. Se o jornal que dirige, e os outros directores de jornais, rádios, televisões, parassem com a treta de lenga-lenga de "ah não temos dinheiro então tem que ser a recibo verde, ou só podemos pagar ajudas de custo, ou gostamos muito do teu trabalho, mas de momento ainda não te podemos pagar mais que 300 euros, ficas aqui mais uns 6 meses e pode ser que então...ai não queres, está bem, chama aí o próximo" estaríamos todos bem melhor. Somos de uma geração lutadora, que não baixa os braços, que deixa família e amigos para trás para ir atrás de uma vida melhor, de um futuro.

Não sei onde a senhora foi buscar a ideia de que um licenciado ganha 2 vezes mais o ordenado de uma pessoa com o ensino secundário, certamente que não são os jornalista que "dirige" no Destak nem a maioria dos meus amigos. Não sei onde acha que não aprendemos nada com os nossos estudos ou qual sugere ser a solução para - ao invés de sairmos à rua e pedirmos justiça - nos deixemos de fazer de vítimas e façamos algo. Tipo o quê Isabel?! Sabes o que eu sugiro? Sugiro proibir que uma empresa possa fazer estágios não remunerados, que se proíba de "contratarem" uns atrás dos outros sem fixarem ninguém, que se fiscalize os falsos recibos verdes para impedir que quem não é, de facto, trabalhador independente, possa ter os seus direitos de cidadão de direito. E isso, cara Isabelinha, era o que devias estar a escrever na tua crónica de directora de jornal que tão mal paga aos seus jornalistas.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


As pessoas começam a morrer dentro de nós quando deixámos de esperar alguma coisa delas.

Strictly Ballroom...Procura-se...

Rapaz interessado em ter umas aulas de danças de salão. Não tem que saber dançar, basta ter ritmo, não me pisar os pés e não ter mais que 1.80m para me poder agarrar pela cintura. E isto porquê?! Ora pois que hoje ia toda contente experimentar a aula de dança, quando descubro que não posso ir sem par...bem, faz sentido, um tango e uma salsa não se dança sózinha. Mas e o par?!O difícil que é encontrar um par?! Os ginásios deviam disponibilizar uns moços jeitosos para a tarefa... assim nunca mais aprendo a dançar um tango, para mais tarde o dançar a sério em Buenos Aires. Por isso, se houver aí um rapaz simpático que queira fazer um favor aqui à menina, favor avançar. As aulas são às quartas-feiras ao final da tarde e só ocupam uma horinha do vosso dia. Vai na volta ainda aprendem a mexer-se e conquistar as meninas todas da próxima vez que forem à disco...afinal, quem não gosta de um Patrick Swayze?!
Este é o assunto do dia. Está em todos os jornais, em todas as televisões...e por todo o lado se ouve protestos contra os guardas e forças de segurança. Vivam os direitos humanos e coitadinho do preso, e tal...Não concordo nada com isto. Acho que, num caso destes, o que se faz mais? Se já tinha sido advertido várias vezes, se já tinha ido ao psicólogo, se provavelmente já lhe haviam falado com educação...agora o guarda era suposto ir lá fazer o quê?! Pedir-lhe por favor?! Se calhar com o choque eléctrico em seguida ele foi limpar a cela finalmente. Sem o choque e se ficassem pelas palavras, muito provavelmente continuaria tudo na mesma.
E talvez diga isto porque o meu pai faz parte da profissão e sei como as coisas funcionam. Sei que eles arriscam levar com uma seringa infectada e nem sequer têm seguro contra todos os riscos, como, por exemplo, os serviços administrativos que passam o dia alapados na cadeira. Sei que são eles que arriscam a pele nas perseguições quando alguém foge e eles passam a noite no meio do mato a caçar um tipo que se ficar livre vai acabar por cometer os mesmos crimes que o levaram dentro. Sei que são desafiados pelos próprios reclusos que sabem muito bem quais os direitos que têm e que ameaçam com queixas caso se encoste um dedinho.

Esta malta violou, matou, roubou...repetidamente muitas vezes...e não são indivíduos fáceis, educados. Vão dentro uns quantos anos, têm TV cabo nas celas, requerem consolas de jogos e Internet e ainda lhes pagam as drogas todas quando são dependentes...deixar o pobre recluso a ressacar? Não, isso vai contra os direitos humanos, vamos pô-lo num programa duradouro de metadona que sai caríssimo aos contribuintes, mas que nem fazem ideia de quanto custa ao mês.
E depois os polícias é que são maus, e coitado do preso, afinal ele só não limpou a cela. Se fosse um filho rebelde iriam fazer o quê depois de as conversações falharem? Dar-lhe um puxão de orelhas ou um par de estalos, certo? Há coisa que só resultam com alguma intimidação. E neste caso era precisa. O que foi verdadeiramente estúpido, a meu ver, foi terem filmado tudo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Worst movie ever


E eu que até gosto de Lars Von Trier, odiei este filme...mesmo. Perda de tempo.
Gosto de quem escreve assim

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Segunda feira


Humor de cão. Vida em pausa, hipotecada. Uma hora de ginásio para nada. Porque vou passar a noite a comer aqui as minhas amigas que já não comia desde Itália. Adoro estas wafers, são as únicas que realmente gosto.

A minha colega de casa...

Isto podia tornar-se uma rubrica frequente aqui do blog. A minha cara colega de casa é motivo de estudo, a sério. Há pessoas que eu não entendo.
A maioria dos fins de semana passa-os em pijama e a ideia de passeio dela é visitar ao domingo o Pingo Doce, seguido do Intermarché.
Desde que moramos juntas ainda só a consegui convencer uma vez a irmos tomar um café. Conversamos mas há pessoas de facto com quem a conversa não flui.
O pior é em casa: vive stressada com as coisas que, na opinião dela, estão fora do sítio.
Exemplos:
- Ainda estou eu a meio do jantar, já anda ela na cozinha a arrumar tachos e panelas e esfregões, os quais ainda vou precisar
- Se tenho molas no estendal - se as tenho lá talvez seja por um motivo - vai a correr tirá-las e arrumá-las no cesto.
- Tem fobia a cheiros, vai daí abre as janelas todas seja inverno ou verão, chova ou faça sol. Cheiros que ela diz que existem, mas eu não consigo detectar..aliás o único cheiro que detecto são os incensos e as carradas de velas perfumadas que ela agora mete no corredor. A janela da cozinha tem uma basculante para deixar entrar o ar. Como sou eu que me levanto sempre mais cedo - sim, a querida levanta-se todos os dias depois das 10h30 e ainda se queixa que dorme pouco - pedi-lhe para não deixar a basculante aberta á noite, porque de manhã apanho com o frio todo quando ainda mal acordei. O meu pedido resultou umas duas semanas..agora eu fecho aquela merda e ela espera que eu vá dormir para a abrir. De manhã a cozinha está gelada, claro. E eu á beira de cometer homicídio, que isto é de dar com uma pessoa em maluca.

Outra das coisa que me espanta é que continua a trancar a porta do quarto a sete chaves de cada vez que saí de casa, seja por 15 minutos ou o dia inteiro. Ontem quase estive para lhe perguntar se ela tem medo que eu lhe assalte o quarto, ou que vá lá cuscar mal ela sai. Ou isso ou esconde um cadáver lá dentro. Tento não levar a coisa a peito, mas não dá para não o fazer. E eu, que deixo o meu sempre destrancado, começo a pensar se não será melhor trancá-lo sempre. Porque se ela fecha o dela por receio que eu vá lá, certamente ela fará o mesmo no meu.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


Hoje fiz uma massagem e uma aula de body balance. Estava relaxadíssima, eu que vivo sempre com a tensão toda nos ombros. Mas depois, parvinha, fui fazer uma aula com murros, pontapés e pesos e estou de novo com os músculos todos contraídos. E dorida...é sexta à noite mas eu vou ficar de molho em água quente e vou cair na cama.

Ainda a propósito do Facebook

Acho que jogar a aplicação das perguntas que os nossos amigos responderam sobre nós pode ser perturbador. Um dos maiores embaraços da minha vida foi ter sido apanhada completamente nua, por acidente, por um rapaz- long embarrassing strory - Rapaz esse com o qual nunca tive muito contacto. Hoje abri a resposta sobre quem tinha sonhado comigo, e dou com o sim dele. Claro que a primeira coisa que me vem à cabeça foi esse já longínquo acontecimento que eu julgava já ter apagado da memória. Espero que o sonho não tenha nada que ver com isso e pergunto-me se não terá de facto sido sobre isso mesmo para o facto de ele se lembrar que sonhou comigo.
Mas antes de desistir de jogar aquilo, estou só à espera de ter créditos suficientes para saber quem disse que não tenho um sorriso bonito, que é das coisas que toda a gente me elogia, e que eu própria acho que tenho mesmo. Depois desisto, promise! Ah, e já agora saber quem disse que o meu traseiro não é jeitoso! Não sem antes dar porrada ao autor/a da resposta. Enfim, definitivamente tanta curiosidade pode ter efeitos nefastos e há coisas que prefiro não saber.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Da paixão e do amor

Hoje, a propósito deste post no blogue da Cate que citava o Fernando Alvim sobre metáforas com cães e gatos sobre a paixão e o amor, deram-m a seguinte resposta:

"Eu quero ser o teu gato com um cão dentro de mim"

E bastou para me deixar a sorrir!

O facebook tem um joguinho parvo em que podemos responder a perguntas sobre os nossos amigos da rede. Perguntas do género: se a pessoa é gira, se tem um rabiosque jeitoso ou se já tivemos alguma paixoneta pela pessoa Y ou Z. Não fazia qualquer intenção de perder tempo com isto. Mas, se quero conseguir ver o que responderam sobre mim - e não conseguindo controlar a curiosidade - sou obrigada a conseguir créditos, como?! Jogando. Ou "como controlar o público e meter a malta toda a jogar este questionário parvo só pela curiosidade em saber o que foi dito sobre eles".
O giro é realmente descobrir quem disse já ter tido uma paixão por nós, pessoas que não fazíamos ideias ou dar conta que este ou aquele estariam interessados em ter um "caso". A verdade é que as respostas são básicas: sim ou não apenas, e muitas vezes responde-se a correr na intenção de conseguir apenas os créditos para desbloquearmos as respostas sobre nós. Mas ainda assim tem o seu interesse ver o que as pessoas admitem sob uma capa de protecção virtual.

Uma boa notícia

Quero lá saber que faça parte da tradição do Japão ou que tenha propriedades medicinais. Sou contra e acho esta notícia muito bem!


Ginásio

Acho que desloquei uma costela na aula de body balance ontem. Saio de lá com todos os músculos alongados mas confesso que quando o professor diz para fazer força apenas e só no músculo abdominal e não na cervical, eu passo o exercício e tentar tirar a pressão da coluna, mas acho que o meu cérebro não sabe usar muito bem os músculos e troca-os todos. E descobri que relaxar, para mim, é um problema. Sobretudo naquela parte em que estamos a fingir ser uma árvore a esticar os ramos e o professor diz estas coisas com a maior seriedade possível, tenho de encontrar toda a força para não desatar a rir. Vai daí, músculos todos contraídos a impedir que me descabele a rir. Ás vezes acho aquilo um bocado parvo porque na verdade prefiro mexer-me mais e dar pontapés em coisas. - afinal não foi ao acaso que já fiz karaté - deve ser energia a mais acumulada...mas reconheço o bem que faz à postura e é por isso que me tenho dedicado a ser uma aluna aplicada...a ver se consigo chegar lá com a prática.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Parva que sou

Incrível onde esta canção já chegou. Eu gosto de Deolinda, mas esta canção em si nem sequer é muito cativante em termos de ritmo ou som...são só as palavras, mais que óbvias e não compreendo o frenesim à volta disto. Não é nada que já não soubéssemos há algum tempo. Mas fico contente com esta vaga de atenção. Vem agora a proposta óbvia de proibir estágios não remunerados. Já muita vez ouvi empregadores dizerem-se contra remunerar um estágio porque no fundo estão a contribuir para a formação daquela pessoa. Verdade, mas não deixamos de dar o nosso tempo e trabalho à empresa, e isso só por si já deve ser remunerado. O problema é que depois de formarem um, formam outro, e outro, mandando sempre o anterior estagiário embora...devem achar que fazem serviço público as empresas. A Ministra diz que a palavra escravatura é um exagero, eu acho que trabalhar sem receber é isso mesmo: escravatura.
Por isso sim, devia ser proibido por lei estágio não remunerados, e mais ainda as empresas que vivem à conta disso, onde toda a mão de obra são jovens não contratados, que ainda têm de pagar a alimentação e os transportes...nem o trabalho voluntário é assim , até este supõe que o trabalho é de borla mas que não deve haver despesas de alimentação e transporte para o voluntário.
Esta proposta vem tarde e a más horas e não vai ser aprovada, porque o Governo tem o apoio e os amigos em muitas destas empresas que lucram ao não pagar aos seus licenciados. Só tenho pena de sermos uma geração caladinha, contida...com a vida que temos no Portugal do século XXI está mais que na hora de saírem à rua e exigirem o que devia ser nosso por direito. Porque andam-nos a fazer passar por parvos mesmo, e nós a deixar.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Porque adoro ir a casa...e este fim-de-semna de 3 dias soube-me tão bem! :)



Apresento-vos o Lord, apanhado numa situação embaraçosa, e o Vadio!

Viajar por imagens


Adoro as paredes do meu quarto em casa dos meus pais. Estão cheias de memórias boas, estrelas cadentes, estantes com livros...é o sítio onde reúno tudo, porque isto de andar sempre a mudar de casa tem muito que se lhe diga. E gosto especialmente da parede dos postais, quase todos de sítios onde já estive, outros de amigos que me enviaram. Dou por mim a parar em frente a esta parede e ficar a olhar, a divagar, a recordar. Os últimos que coloquei foram os de Paris. Espero vir a ter muitos mais para afixar uns aos lados dos outros a encher-me a casa de memórias boas e nostalgia.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Corta-interesse

Ontem, tive de fazer uma viagem de autocarro de quase 4 horas. Na entrada da estação de Sete Rios cruzei-me com um rapaz giro e reparei nele exactamente por ser um daqueles pacotes all inclusive, do cabelo aos pés. Não pensei mais no assunto até entrar no autocarro e me dar conta que ele estava sentado no meu lugar. Lugar 29, junto à janela. Ainda olhei duas vezes a reparar se seria o mesmo rapaz, coisas destas só acontecem nos filmes.: agora é a parte em que ele mete conversa e depois fugimos os dois em direcção ao pôr-do-sol. Pois, ele até que meteu conversa, mas de cada vez que o rapaz abria a boca era um odor a tabaco e a podre - sim, a mim é mesmo isso que me lembra - que só acontece naqueles fumadores inveterados de muitos anos e que fumam dois maços por dia. Aliás, a última vez que fiz uma viagem de avião, calhou-me uma senhora do género, que só pelo facto de respirar me dava enjoo. Com o rapaz ontem foi o mesmo. Por isso, quando ele começou a perguntar se eu ia para Viseu e de que zona da cidade era eu respondi com uma palavra, coloquei os phones, olhei pela janela e fingi dormir. Que tragédia, tão giro mas já tão estragadinho!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Obrigada Mar

Foi graças a ti que descobri esta música. Ainda que já conhecesse Feist, tenho decididamente de aprofundar mais.
Cheguei à história dela através desta notícia É chocante e ao mesmo tempo um exemplo de força e coragem. Fez-me lembrar os livros de Kaled Hosseini, que tão bem descrevia o Afeganistão pós Taliban.
É revoltante, ainda mais para nós mulheres. Eu pelo menos imagino como seria se tivesse tido o azar de ter nascido numa sociedade assim. Imagino que ele deveria ter os sonhos e aspirações de qualquer menina de 12 anos quando foi dada em casamento. E acho inacreditável haver uma raça tão desprezível como esta, que se escuda atrás de um falsa lei religiosa para se sobrepor a outro ser humano em função do sexo. Para mim era fuzilá-los a todos, evitar que ensinassem esta absurdidade nas escolas para se erradicar de vez com a p**** desta mentalidade. É por isto que concordo com o título da revista Time: o ocidente ainda não pode sair do Afeganistão. É um crime contra a humanidade deixar aquele país ás mãos daquela corja desprezível de homens-bicho.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011


Eu quero ver este filme desde que soube que ele estava na calha. Porque é do Danny Boyle, porque tem o James Franco - ainda que tê-lo visto a beijar o Sean Penn em Milk me tenha arruinado um bocado a fantasia erótica - mas sobretudo porque é uma história verídica.
Depois leio notícias destas e penso: isto só acontece nos EUA, mas parece que agora também os espectadores da Austrália caem como tordos a ver a cena da amputação. Se não têm estômago desviem o olhar. Quando o for ver comunico se fui capaz de ver a cena até ao fim ou não. O que tenho a certeza que era incapaz de fazer era amputar o meu braço, acho que se aquilo me tivesse acontecido a mim, teria morrido naquela rocha.

Isto é revoltante. O sobrinho diz que, coitado, lá ia insistindo com o tribunal mas não tinha autorização pra arrombar a porta. Se houvesse alguém realmente interessado em saber o que aconteceu tinham arrombado o que fosse preciso, com ou sem autorização. Mas desde quando eu precisaria de autorização de coisa alguma para entrar dentro de casa de alguém que me fosse importante, acaso estivesse sem saber nada dessa pessoa. Cambada de amorfos, povo sem vontade, do "é pra amanha", do nem lá vou nem lá torno. Quando queremos alguma coisa de facto, fazemos o que for preciso, na hora. Sem justificações. Porque não as há e só tem um nome: desculpas esfarrapadas. Muito mais leal foi aquele cãozinho, um animal, que morreu provavelmente de fome, mas que nem por isso se serviu dos restos da dona. Animais somos nós.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. (…) Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. (…) Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós.

Fernando Alvim

Encontrei este texto ali no cantinho do Alexandre e fez-me ficar a divagar sobre o Amor. Eu sou uma pessoa de extremos, para mim há coisas que são preto ou branco, sem possibilidade de escalas de cinzento ou intermédios. Normalmente sinto muito, com muita força no próprio instante. Sou impulsiva, excessiva, exagerada. Esta maneira de ser chateia muita gente, especialmente quem me é mais próximo e quem é diferente de mim na maneira de ser. Claro que nem toda a gente tem de sentir as coisas na mesma intensidade que eu. Percebo isso. Mas há um tema no qual não dou margem nenhuma de manobra. O Amor. Eu só concebo o amor sem condicionalismos, sem mas, sem se´s, sem nada que lhe seja maior ou superior. É o preto ou branco por excelência, o ama-me ou deixa-me. Eu só sei amar assim, e se não for assim é porque não gosto de verdade. O problema é que depois só aceito ser amada de volta na mesma medida. Sem nada no caminho, sem reticências, sem nenhum problema maior. Ou, se houverem problemas, com a coragem e prontidão de enfrentar todas as consequências.
Até há bem pouco tempo era feliz no meu amor, na minha certeza que viesse quem viesse nada nunca iria ser maior. A minha certeza de que era amada na exacta mesma moeda porque até ali talvez a vida ainda não tivesse desafiado para lá do razoável. O problema é quando essas certezas descambam, quando descubro que afinal há um monte de coisas que a outra pessoa vai sempre colocar à frente, que essa pessoa vai sempre andar em pézinhos de lá ao invés de se jogar do penhasco, como eu, ou junto comigo. O pior é saber que bastava sentir-me amada na mesma medida para saltar, sem hesitações, apenas saltar no vazio. É triste chegar a este ponto e, independentemente de todo o carinho e atenção que subsistem, estar a deixar-me ir porque dou conta de que há demasiadas escalas cinzentas. Há muitos recuos, muitos medos, muitos dias em que não dá jeito, muitos inconvenientes, muitos atrasos, muita falta de oportunidade. O amor é urgente e inadiável. E é corajoso. Arrojado, egoísta na sua própria preservação. Quer tudo ao mesmo tempo e de uma vez só. Não consigo admitir escalas de cinzentos na minha ideia do amor. Porque posso abdicar de muita coisa, mas nunca da maneira como acho que o amor deve ser. Porque se não for tudo isto, tudo o resto é uma imitação. E nada vale realmente a pena.

When music says it better


When the tears come streaming down your face,´cause you loose something you can´t replace
When you love someone but it goes to waste...what could be worse?!

Morrer sozinho ... e sem ninguém dar pela nossa falta.

Esta notícia deixou-me com o estômago ás voltas. Como é possível se, inclusive a senhor atinha família em Lisboa, como é possível passarem 9 anos e ninguém dar por nada. Esta sociedade moderna, mininal em afectos, assusta-me a cada novo exemplo de insensibilidade humana.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Afinal quem é que paga o jantar no primeiro encontro?

Sendo gaja, nunca pensei no assunto por esta perspectiva. Eu até sou da opinião que se deve dividir a conta mas, convenhamos que se o moço quiser ficar bem visto pagar a conta não lhe fica nada mal. Há coisas que, por mais direitos igualitários que homens e mulheres tenham, convém ficarem na mesma e o cavalheirismo é - ou devia ser- intemporal. No entanto este é realmente um argumento de peso sobre o porquê de serem eles a pagar a conta. E não me venham cá eles dizer que é tudo vaidade, porque ninguém gosta de uma mulher com pêlos nas pernas ou unhas por arranjar.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Black Swan

Sim, todo o mundo anda a falar do filme. Eu já o queria ver desde que vi o trailer, em Setembro. Não criei expectativas contudo. Achei Fabuloso. O desconforto da câmara que segue a personagem na rua, a rudeza da iluminação, o limiar real/irreal. Mr. Aronofsky é perito em misturar realidades dentro do próprio filme e confundir o espectador. E a personagem de Nina é a imagem da perfeição aparente levada ao extremo. Se a Natalie não ganha o Óscar então está tudo combinado na Academia.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Estou a ver o Diogo na Operação Triunfo e a pensar que, tivesse eu menos 7 anos, era menina para lhe achar muita piada. Deve ser do blusão de cabedal! Tirava-lhe o piercing, mas de resto o puto tem muita pinta. 7 ano, Meu Deus, sou quase pedófila!





When life says you to, learn to let go


A vida dele está a compor-se para melhor lá. O que pagam é incomparavelmente melhor, o trabalho é também ele incomparavelmente melhor. Os currículos que envia para aqui vêm todos sem resposta. E eu convenço-me cada dia que passa que isto vai ser por muito mais que seis meses. E que eu não estou disposta a estar aqui pelo tempo que for. Quando é que será que ele percebe que não me pode manter à espera baseada num tempo indefinido e indefinível em que supostamente regressará?! Quando é que ele percebe que um dia desligo o telefone e o e-mail de vez? Quando é que percebe que mais do que amor, importa ter um amor presente, concretizável. Ou então amor nenhum. Escolho a paz de espírito a esta agitação ansiosa de não saber e só esperar sem saber se aquilo que se espera irá alguma vez acontecer. Meu amor, o optimismo fica-te bem, mas só quando não é irrealista.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

25 anos de Vitinho!



Um quarto de século inteiro, cresci com isto e fico com um sorriso aparvalhado hoje ao ver o vídeo. A minha mãe conta que via o Vitinho religiosamente todas as notes e faia questão de ir para a cama logo em seguida...mas que passado 10 minutos estava de novo a pé, a dizer que afinal ainda não tinha sono. É pena hoje as crianças não terem direito à mesma inocência na televisão. Os miúdos de hoje não vão ter um Vitinho para recordar, e é triste. Eu gosto de ter nascido nos anos 80'. Parece que se fecha agora um determinado ciclo e que há coisas que as crianças hoje em dia perdem irremediavelmente. Boa noite e até amanhã!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O meu corpo deve ter um mecanismo diferente do da maioria das pessoas. Há gente que faz desporto para dormir melhor à noite. Faz sentido, o corpo está mais cansado e, na teoria, deveria facilitar adormecer rapidamente. Mas não no meu caso, aliás a minha cabeça sempre foi um grande adversário do meu próprio corpo no que toca a dormir bem. E agora, nos dias em que venho do ginásio é certo e sabido que já estamos na madrugada e eu ás voltas na cama. E hoje, que queria seguir o meu programa de treino, estou tão ou mais cansada do que ontem

Fevereiro